09 de Junho de 2021

10a semana comum Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – SÃO JOSÉ DE ANCHIETA PRESBÍTERO E APÓSTOLO DO BRASIL
(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)

Antífona da entrada

– Estes são homens santos que se tornaram amigos de Deus, gloriosos arautos de sua mensagem.

Oração do dia

– Derramai, Senhor, sobre nós a vossa graça, a fim de que, a exemplo do bem-aventurado José de Anchieta, apóstolo do Brasil, sirvamos fielmente ao evangelho, tornando-nos tudo para todos, e nos esforcemos em ganhar para vós nossos irmãos no amor de Cristo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 2 Cor 3, 4-11

– Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios – Irmãos, 4é por Cristo que temos tal confiança perante Deus, 5não porque sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos, mas essa nossa capacidade vem de Deus. 6Ele é que nos tornou capazes de exercer o ministério de uma aliança nova. Esta não é uma aliança da letra, mas do Espírito. Pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida. 7Se o ministério da morte, gravado em pedras com letras, foi cercado de tanta glória, que os israelitas não podiam fitar o rosto de Moisés, por causa do seu fulgor, ainda que passageiro, 8quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito? 9Pois, se o ministério, da condenação foi glorioso, muito mais glorioso há de ser o ministério ao serviço da justificação. 10Realmente em comparação com uma glória, tão eminente, já não se pode chamar glória o que então tinha sido glorioso. 11Pois se o que era passageiro foi marcado de glória, muito mais glorioso será o que permanece.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Salmo Responsorial Sl 99,5-9 (R: 9c)

– Santo é o Senhor nosso Deus!

R: Santo é o Senhor nosso Deus!

– Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos perante seus pés, pois é santo o Senhor nosso Deus!
R: Santo é o Senhor nosso Deus!

– Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes. E também Samuel invocava seu nome, e ele mesmo, o Senhor, os ouvia.
R: Santo é o Senhor nosso Deus!

– Da coluna de nuvem falava com eles. E guardavam a lei e os preceitos divinos,
que o Senhor nosso Deus tinha dado.

 R: Santo é o Senhor nosso Deus!

– Respondíeis a eles, Senhor nosso Deus, porque éreis um Deus paciente com eles, mas sabíeis punir seu pecado.
R: Santo é o Senhor nosso Deus!

– Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos perante seu monte, pois é santo o Senhor nosso Deus!
R: Santo é o Senhor nosso Deus!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– Fazei-me conhecer vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza!

(Sl 24,4).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Mt 5, 17-19

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento.
18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. l9Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São José de Anchieta

- por Pe. Alexandre

Nascido nas Ilhas Canárias, pertencente a uma grande família de 12 irmãos, o santo de hoje viveu no século XVI. Por motivos de estudo, foi enviado para Coimbra, Portugal, local onde teve o primeiro contato com a Companhia de Jesus e com o testemunho de São Francisco Xavier.

Muitas coisas o levaram a discernir seu chamado à vida religiosa, e aos 17 anos, diante de uma imagem de Nossa Senhora, ele fazia o seu compromisso de abandonar tudo e servir a Deus. Anchieta entrou na Companhia de Jesus, em 1551, onde fez um noviciado exigente, e, mesmo com a saúde frágil, fez os seus votos de castidade, pobreza e obediência em 1553.

Neste mesmo ano, foi enviado para o Brasil, e chegando na Terra de Santa Cruz ele pôde evangelizar. Ainda não era sacerdote. Estudava Filosofia, Teologia, e sempre evangelizando, dando aulas, indo ao encontro dos indígenas. Respeitava a cultura do povo, conheceu a língua Tupi-Guarani para melhor evangelizar. Homem fiel à santa doutrina, à sua congregação e, acima de tudo, fiel ao Espírito Santo. Esteve em diversos lugares do Brasil, como São Paulo, Rio de janeiro, Espírito Santo, Bahia etc. Consumia-se na missão.

José de Anchieta é um modelo para todos os tempos, para uma nova evangelização no poder do Espírito Santo e com profundo respeito a quem nos acolhe, a quem é chamado também a ser inteiro de Jesus.

Considerado o “Apóstolo do Brasil”, José de Anchieta foi beatificado, em 22 de junho de 1980, pelo Papa João Paulo II; e no dia 3 de abril de 2014, foi declarado santo por intermédio de um decreto assinado pelo Papa Francisco.

São José de Anchieta, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Não vim abolir, mas cumprir… (Mt 5,17-19)

Se os pais amam de verdade os filhos, esse amor se manifestará concretamente em recomendações, conselhos e… proibições. Todos os dias a mãe adverte: “Não brinque com fogo! Cuidado com o carro! Atravesse na faixa! Não fale com estranhos! Tira isso da boca!” Tudo por amor…

A Lei antiga – as Dez Palavras – mostra que Deus ama seu povo e quer protegê-lo de inúmeros riscos da caminhada. Imaginem uma multidão que vagueia pelo deserto e, enquanto isto, desejam a mulher do próximo, surrupiam os objetos alheios, perdem o respeito pelos pais, roubam e matam! Teríamos uma espécie de guerra civil, semelhante à que se vive, hoje, nas grandes cidades brasileiras…

Uma Lei que brota do amor do Pai pelos filhos não é um decreto que possa

ser abolido, ainda que venha a evoluir conforme o grau de amadurecimento dos mesmos filhos, a caminho de uma liberdade crescente e responsável. Por isso mesmo, Jesus afirma a respeito da Lei mosaica: “Eu não vim abolir, mas cumprir”.

Naturalmente, se forem rompidos os laços de amor entre Pai e filhos, aquelas normas de amor passam a ser vistas como decretos opressivos, cabrestos inaceitáveis. Sem a prévia experiência do amor, a obediência pode parecer absurda.

Isto ajuda a entender o surgimento da atual gritaria que clama por uma certa “modernização” da Igreja Católica, acusada de retrógrada, conservantista e ultrapassada. Para tais críticos, “modernizar” significa, na prática, aceitar que a pessoa humana seja tratada como matéria-prima, com seus embriões imolados à pesquisa científica. Significa jogar no lixo a santidade do matrimônio, transformado em simples acasalamento. Significa autorizar que alguém decida quem deve nascer e quem não deve vir à luz, pelo aborto legal. Significa, enfim, não ter a quem obedecer.

Ora, Jesus não aboliu a Lei. A voz do Sinai continua a clamar: “Não matarás! Não cometerás adultério! Honrarás teu pai e tua mãe!” (Dt 5.) Não perderam o seu valor os preceitos morais do Antigo Testamento, pois estão ligados à própria natureza humana, e não a modismos que passam com o tempo. Mesmo que alguns vejam neles apenas muros opressivos, são de fato defensas que protegem a própria humanidade.

Na prática, o Evangelho de Jesus Cristo veio mostrar-se ainda mais exigente, superando a letra fria da Lei e chamando a uma existência orientada pelo amor, que sabe sacrificar-se e dar a vida pelo amigo.

            Obedeço por amor a meu Pai? Ou sou daqueles que veem a Deus como um feitor de escravos?

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