09 de Maio de 2019

3ª Semana da Páscoa - Quinta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

QUINTA FEIRA – III SEMANA DA PÁSCOA

(Branco, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Cantemos ao Senhor: ele se cobriu de glória. O Senhor é minha força e o meu cântico: foi pra mim a salvação, aleluia!  (Ex 15,1).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus eterno e onipotente, que nestes dias vos mostrais tão generoso, dai-nos sentir de mais perto de vosso amor paterno para que, libertados das trevas do erro, sigamos com firmeza a luz da verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 8,26-40

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 26um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: “Prepara-te e vai para o sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza. O caminho é deserto”. Filipe levantou-se e foi. 27Nisso apareceu um eunuco etíope, ministro de Candace, rainha da Etiópia, e administrador geral do seu tesouro, que tinha ido em peregrinação a Jerusalém. 28Ele estava voltando para casa e vinha sentado no seu carro, lendo o profeta Isaías. 29Então o Espírito disse a Filipe: “Aproxima-te desse carro e acompanha-o”. 30Filipe correu, ouviu o eunuco ler o profeta Isaías e perguntou: “Tu compreendes o que estás lendo?” 31O eunuco respondeu: “Como posso, se ninguém mo explica?” Então convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. 32A passagem da Escritura que o eunuco estava lendo era esta: “Ele foi levado como ovelha ao matadouro; e qual um cordeiro diante do seu tosquiador, ele emudeceu e não abriu a boca. 33Eles o humilharam e lhe negaram justiça; e seus descendentes, quem os poderá enumerar? Pois sua vida foi arran­cada da terra”. 34E o eunuco disse a Filipe: “Peço que me expliques de quem o profeta está dizendo isso. Ele fala de si mesmo ou se refere a algum outro?” 35Então Filipe começou a falar e, partindo dessa passagem da Escritura, anunciou Jesus ao eunuco. 36Eles prosseguiram o caminho e chegaram a um lugar onde havia água. 37Então o eunuco disse a Filipe: “Aqui temos água. O que impede que eu seja batizado?” 38O eunuco mandou parar o carro. Os dois desceram para a água e Filipe batizou o eunuco. 39Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe. O eunuco não o viu mais e prosseguiu sua viagem, cheio de alegria. 40Filipe foi parar em Azoto. E, passando adiante, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesareia.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 66,8-9.16-17.20 (R: 1)

 

– Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

– Nações, glorificai ao nosso Deus, anunciai em alta voz o seu louvor! É ele quem dá vida à nossa vida, e não permite que vacilem nossos pés.

R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

– Todos vós que a Deus temeis, vinde escutar: vou contar-vos todo bem que ele me fez! Quando a ele o meu grito se elevou, já havia gratidão em minha boca!

R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

– Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, não rejeitou minha oração e meu clamor, nem afastou longe de mim o seu amor!

R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu sou o pão e o vinho descido do céu, quem deste pão come sempre há de viver (Jo 6,51).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 6,44-51.

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.

 

– Palavra da salvação.

Glória a vós, Senhor!  

 

São Pacômio

- por Padre Alexandre Fernandes

Pacômio nasceu no Egito, em 287, na Tebaida.

Filho de pais pagãos, cheios de superstições e idolatrias, desde a infância mostrou grande aversão a tudo isso. Aos vinte anos de idade foi convocado para o exército imperial e acabou ficando prisioneiro em Tebes.

Foi quando fez o seu primeiro contato com os cristãos, cuja religião até então lhe era desconhecida.

À noite, na prisão, recebeu um pouco de alimento de alguns cristãos, que, escondidos, conseguiram entrar. Comovido com esse gesto de pessoas desconhecidas, perguntou quem havia mandado que fizessem aquilo e eles responderam: "Deus que está no céu".

Nessa noite, Pacômio rezou com eles para esse Deus, sentindo já nas primeiras palavras ouvidas que esta seria a sua doutrina. O Evangelho o tocou de tal forma que ele se converteu e voltou para o Egito, onde recebeu o batismo. 
 

Depois, compartilhou durante sete anos a companhia de um ancião eremita de nome Palemon, que vivia dedicado à oraçãoA princípio, o ancião não quis aceitá-lo a seu lado, porque sabia que a vida de solidão e orações não era nada fácil. Mas Pacômio estava determinado e convenceu-o de que deveria ficar. 
 

Um dia, durante suas caminhadas, Pacômio ouviu uma voz que lhe dizia para inaugurar ali, exatamente naquele lugar, um mosteiro onde receberia e acolheria muitos religiosos. Depois, apareceu-lhe um anjo que o ensinou como deveria organizar o mosteiro. 
 

Pacômio pôs-se a trabalhar arduamente e o deixou pronto. As profecias que ele ouviu se concretizaram e muitas pessoas se juntaram a ele.

Monges, eremitas e religiosos de todos os lugares pediram admissão no mosteiro de Pacômio, que obteve a aprovação do bispo Atanásio, santo e doutor da Igreja. Até seu irmão João, que distribuiu toda a sua riqueza entre os pobres, uniu-se a ele. 
 

Com Pacômio nasceu a vida monástica, ou cenobítica, no Egito, não mais com um chefe carismático que agregava ermitãos reunidos em pequenos grupos em torno de si, mas uma comunidade de religiosos, com regras precisas de vida em comum na oração, contemplação e trabalho, a exemplo dos primeiros apóstolos de Jesus. 

Pacômio ainda abriu mais oito mosteiros masculinos e um feminino. Sua fama de santidade espalhou-se pelo Egito e pela Ásia Menor. Foi agraciado por Deus com o dom da profecia e morreu no ano de 347, vítima de uma peste que assolava o Egito na época. Até o século XII, havia, ainda, cerca de quinhentos monges da Ordem de São Pacômio. 
 

São Pacômio, o eremita, até hoje é considerado um dos representantes de Deus que mais prestaram serviço à Igreja católica.

 

Sua festa litúrgica ocorre no dia 9 de maio.

FONTE: DERRADEIRAS GRAÇAS 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Serão todos instruídos por Deus… (Jo 6,44-51)

 

            Deus é a fonte de toda sabedoria (Eclo 1,1). É Deus quem derrama sobre nós a luz da ciência (Eclo 24,44). O Espírito de Deus é definido pela Escritura Sagrada como o “educador das almas” (Sb 1,5). Foi ele quem falou pelos profetas – como rezamos no Credo de Niceia e Constantinopla – revelando-nos os desígnios de Deus e seus planos de amor para a humanidade inteira.

 

            O próprio Jesus disse aos discípulos que o conhecimento deles ainda era incompleto, mas o Espírito Santo viria para recordar-lhes tudo o que lhes ensinara (cf. Jo 14,26). Esse Mestre interior é que deu à Igreja, desde o início, a condição de levar adiante sua missão evangelizadora (cf. At 6,10; 9,31…).

 

            E como é delicada sua ação educadora em nossos corações! Cioso de nossa liberdade – dom recebido quando criados à imagem e semelhança de um Deus absolutamente livre! -, o Espírito Santo se disfarça em nossa própria consciência. Os pensamentos mais íntimos, as sugestões mais profundas, certos movimentos de nossa memória, nossa sensibilidade, nossa vontade – tudo manifesta a ação do Espírito de Deus em nossas vidas.

 

            E nos momentos de decisão, nas crises e tentações, tendo diante de nós as escolhas e opções capazes de definir nosso futuro eterno, aí “sopra” em nós de modo palpável o Espírito Santo. Conhecendo nossas fraquezas e as sequelas do pecado original, o Paráclito – advogado de defesa! – vem em nosso socorro, sugerindo (nunca impondo!) caminhos ao nosso livre arbítrio.

 

            Quem procura ser dócil às moções do Espírito, vai sendo iluminado pela Sabedoria eterna, e se torna, por sua vez, capaz de acompanhar o caminho de outros irmãos. É assim com os pais que buscam na Palavra de Deus princípios e critérios para a educação dos filhos. Ou com os dirigentes que buscam na mesma fonte as diretrizes para conduzir o povo que lhes foi confiado.

 

            O século XX teve o privilégio de testemunhar a notável ação do Espírito Santo na vida de homens e mulheres admiráveis: papas como João XXIII e João Paulo II; fundadores como São João Bosco e Madre Teresa de Calcutá; místicos como Charles de Foucauld e Marthe Robin; governantes como Konrad Adenauer e o Rei Balduíno, da Bélgica. Seus contemporâneos notavam neles uma “sabedoria” especial, que não brotava simplesmente da experiência humana, mas manifestava um “sopro do alto”.

 

            Depende de nós a aquisição desta sabedoria…

 

Orai sem cessar: “No segredo, me ensinas a sabedoria.” (Sl 51,8)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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