09 de Março de 2022

1a Semana da Quaresma Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA I SEMANA DA QUAESMA 

(roxo, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Lembrai-vos de vossa misericórdia e de vosso amor, pois são eternos. Nossos inimigos não triunfem sobre nós; libertai-nos, ó Deus de toda angustia! (Sl 24, 6.3.22).

 

Oração do dia

 

– Considerai, ó Deus, com bondade o fervor do vosso povo. E enquanto mortificamos o corpo, sejamos espiritualmente fortalecidos pelos frutos das boas obras.  Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Jn 3,1-10

 

– Leitura da profecia de Jonas: 1A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, pela segunda vez: 2“Levanta-te e põe-te a caminho da grande cidade de Nínive e anuncia-lhe a mensagem que eu te vou confiar”. 3Jonas pôs-se a caminho de Nínive, conforme a ordem do Senhor. Ora, Nínive era uma cidade muito grande; eram necessários três dias para ser atravessada. 4Jonas entrou na cidade, percorrendo o caminho de um dia; pregava ao povo, dizendo: “Ainda quarenta dias, e Nínive será destruída”.  5Os ninivitas acreditaram em Deus; aceitaram fazer jejum, e vestiram sacos, desde o superior ao inferior. 6A pregação chegara aos ouvidos do rei de Nínive; ele levantou-se do trono e pôs de lado o manto real, vestiu-se de saco e sentou-se em cima de cinza. 7Em seguida, fez proclamar, em Nínive, como decreto do rei e dos príncipes: “Homens e animais bovinos e ovinos não provarão nada! Não comerão e não beberão água. 8Homens e animais se cobrirão de sacos, e os homens rezarão a Deus com força; cada um deve afastar-se do mau caminho e de suas práticas perversas. 9Deus talvez volte atrás, para perdoar-nos e aplacar sua ira, e assim não venhamos a perecer”. 10Vendo Deus as suas obras de conversão e que os ninivitas se afastavam do mau caminho, compadeceu-se e suspendeu o mal, que tinha ameaçado fazer-lhes, e não o fez.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 51,3-4.12.13.18-18 (R: 19b)

 

– Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!
R: Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!

– Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

R: Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!

– Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

R: Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!

– Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!

R: Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11, 29-32

 

Jesus Cristo, sois bendito, sois ungido de Deus Pai!

Jesus Cristo, sois bendito, sois ungido de Deus Pai!

 

-Voltai ao Senhor, vosso Deus, ele é bom, compassivo e clemente (Jl 2,12-13)

 

Jesus Cristo, sois bendito, sois ungido de Deus Pai!

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. 30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. 32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santa Francisca Romana

- por Pe. Alexandre

Santa Francisca Romana nasceu em Roma no ano de 1384. Seu pai, Paulo Busa di Leoni, pertencia à nobreza romana. Desde sua infância, sentiu-se atraída pela pureza e obrigou-se por voto a ser religiosa. Mas teve de condescender com os desejos do pai, que a deu em matrimônio aos 12 anos ao jovem aristocrata Lourenço de Ponziani. Teve com ele três filhos: Inês, João Evangelista e João Baptista.

A história de Santa Francisca confunde-se com a da Cidade Eterna naquela época. Roma estava dividida em dois bandos que se guerreavam: os Orsíni, que lutavam em favor do Papa; e os Colonnas, que apoiavam Ladislau de Nápoles.

Lourenço ficou gravemente ferido e, perdida a batalha, Ladislau entrou vitorioso em Roma e levou como refém os filhos das famílias mais distintas. Santa Francisca viu-se obrigada a entregar seu filho para João Baptista.

Apesar de o marido estar ferido, o filho cativo e o palácio saqueado, Francisca não perdeu a paz da alma, a resignação e o fervor, que a levavam a fazer o bem a todos. Tudo o que caía em suas mãos era em favor dos pobres e doentes.

À sua volta reuniram-se depois outras senhoras, desejosas de imitar seus impulsos generosos. Ela dirigia-as espiritualmente, apartando-as das vaidades do mundo e ensinando-lhes o caminho evangélico da caridade e do sacrifício. Assim nasceu a confraria de Oblatas Beneditinas.

Em 1436, seu esposo faleceu. Francisca retirou-se para a casa das suas Oblatas, que a nomearam Superiora Geral, cargo que desempenhou até a morte.

A vida de Santa Francisca se sobressaiu pelas graças extraordinárias, como o poder de fazer milagres e de penetrar nos segredos do outro mundo. Via seu anjo da guarda. Viu o inferno com o seu fogo e os suplícios horríveis, e o purgatório com o seu fogo.

Levada pela mão de Deus, penetrou no paraíso no ano de 1440. Em 1608, o Cardeal São Roberto Belarmino, junto ao seu voto favorável à declaração de que esta Santa – tendo vivido primeiro em virgindade e depois uma série de anos em casto matrimônio, tendo suportado os incômodos da viuvez e tendo seguido finalmente a vida de perfeição no claustro – merecia tanto mais as honras dos altares, quanto mais podia ser apresentada como modelo de virtude a todos. Francisca foi canonizada no dia 29 de maio de 1608.

Santa Francisca Romana, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Nenhum sinal lhe será dado… (Lc 11,29-32)

 

Este Evangelho confirma aquilo que se percebe durante toda a vida de Jesus Cristo: ele é odiado. O máximo dom de Deus – o próprio Filho que se encarnou para nos salvar – é repelido como incômoda ameaça. Mesmo depois de sua morte e ressurreição, esse ódio não se diluiu, ainda quando assume, em nosso tempo, ares mais “civilizados”.

Como se não bastasse a água mudada em vinho, o pão multiplicado, os doentes curados, cegos que veem, paralíticos que carregam sua padiola pelas ruas, os inimigos de Jesus insistem em tentá-lo: “mostra-nos um sinal”.

Santo Efrém de Nísibe (306-373 d.C.) comenta este Evangelho:

“Nosso Senhor deixou de lado os reis e os profetas, suas testemunhas, e apelou aos ninivitas. São eles que irão julgar aqueles que, depois de terem visto numerosos sinais, continuam sem crer. Jonas tinha anunciado a destruição aos ninivitas, inspirando neles o temor; ele havia semeado o espanto entre eles, que apresentaram os frutos da contrição e da penitência; aqueles pagãos se aproximaram de Deus e receberam a vida.

Se os ninivitas tivessem desprezado Jonas, teriam descido vivos à mansão dos mortos, tal como Jonas no ventre do peixe. Mas como fizeram penitência, foram reconduzidos da morte para a vida, como Jonas. Assim é também em relação a nosso Senhor: ou os homens vivem por sua morte, ou então eles morrem por causa dela.

Para aqueles que pedem uma pregação proveniente do alto, nosso Senhor oferece uma pregação que vem das profundezas; é que eles tinham ouvido uma pregação proveniente do alto, mas não haviam crido. Por isso a pregação sobe das profundezas, como a de Jonas saiu da barriga do peixe. Nosso Senhor, por sua ressurreição, saiu vivo do ventre da terra e enviou os apóstolos entre as nações: a pregação deles é pregação da ressurreição que sobe das profundezas; por ela as nações se convertem e recebem a plenitude da vida. Assim é o sinal de Jonas: uma palavra proveniente das profundezas e que nos dá a vida.”

De fato, a Palavra de Deus deveria ser suficiente para nossa conversão. Muitos, porém, continuam em busca de sinais. No interior da comunidade cristã, existem os afeiçoados a pretensas revelações, aparições jamais confirmadas pelo Magistério, sinais no sol e profecias tenebrosas. Do lado de fora, ao contrário, estão aqueles sábios que sabem “ler” os sinais do Evangelho como casos de epilepsia, alucinações coletivas, e chegam a ver no maná uma produção de “polissacarídeos” pelas árvores do… deserto…

Bem-aventurados os que não viram e creram…

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