10 de Abril de 2021

1a Semana da Páscoa Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – OITAVA DA PÁSCOA
(branco, glória, prefácio da páscoa I – ofício próprio)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor fez o seu povo sair com grande júbilo; com gritos de alegria, os seus eleitos, aleluia! (Sl 104,43)

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que pela riqueza da vossa graça multiplicastes os povos que crêem em vós, contemplai solícito aqueles que escolhestes e daí aos que renasceram pelo batismo a veste da imortalidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 4, 13-21

– Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas 13ficaram admirados ao ver a segurança com que Pedro e João falavam, pois eram pessoas simples e sem instrução. Reconheciam que eles tinham estado com Jesus. 14No entanto viam, de pé, junto a eles, o homem que tinha sido curado. E não podiam dizer nada em contrário. 15Mandaram que saíssem do Sinédrio, e começaram a discutir entre si: 16“Que vamos fazer com esses homens? Eles realizaram um milagre claríssimo, e o fato tornou-se de tal modo conhecido por todos os habitantes de Jerusalém, que não podemos negá-lo. 17Contudo, a fim de que a coisa não se espalhe ainda mais entre o povo, vamos ameaçá-los, para que não falem mais a ninguém a respeito do nome de Jesus”. 18Chamaram de novo Pedro e João e ordenaram-lhes que, de modo algum, falassem ou ensinassem em nome de Jesus. 19Pedro e João responderam: “Julgai vós mesmos, se é justo diante de Deus que obedeçamos a vós e não a Deus! 20Quanto a nós, não nos podemos calar sobre o que vimos e ouvimos”. 21Então, insistindo em suas ameaças, deixaram Pedro e João em liberdade, já que não tinham meio de castigá-los, por causa do povo. Pois todos glorificavam a Deus pelo que havia acontecido.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 118, 1.14-15.16ab-18.19-21 (R: 21a)

 

– Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.
R: Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

– Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” O Senhor é minha força e o meu canto, e tornou-se para mim o Salvador. “Clamores de alegria e de vitória ressoem pelas tendas dos fiéis”.

R: Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

– A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas! O Senhor severamente me provou, mas não me abandonou às mãos da morte.

R: Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

– Abri-me vós, abri-me as portas da justiça: quero entrar para dar graças ao Senhor! “Sim, esta é a porta do Senhor, por ela só os justos entrarão!” Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ou­vis­tes e vos tornastes para mim o Salvador!

R: Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!

(Sl 117, 24).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 16, 9-15

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

– Glória a vós, Senhor!

 

9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram nela. 12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

Santa Madalena de Canossa

- por Pe. Alexandre

A santa de hoje é fundadora das ‘Filhas da Caridade’, congregação que iniciou em Veneza, Itália. Nasceu em Verona, no ano de 1774, e faleceu com 61 anos. Mas viveu o céu já aqui, na Terra, acolhendo a salvação e sendo canal dela para muitos. Perdeu seus pais muito cedo.

Teve seu chamado à vocação religiosa, numa consagração total, mas não foi aceita na primeira tentativa, porém, não parou no primeiro obstáculo. Uma mulher mística. Pela sua vida de oração e seu amor a Jesus Crucificado, galgou degraus para uma mística profunda, sendo muito sensível à dor dos irmãos.

Viveu num tempo difícil, de guerras, precisando refugiar-se em Veneza. Ali, ela discerniu o carisma como fundadora; e, na prática, por causa dos órfãos, enfermos e vítimas da guerra – sua caridade era ardente e reconhecida por muitos. Napoleão Bonaparte conhecia seu testemunho e a chamava de ‘anjo da caridade’. Entrou na glória de Deus porque deixou a glória de Deus a transformar aqui.

Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Não acreditaram nela… (Mc 16,9-15)

 

Mais uma vez, em uma sociedade que deixava a mulher em segundo plano, o Evangelho nos mostra Maria Madalena como precursora no anúncio da Ressurreição de Jesus, tal como outra mulher – a Samaritana – fora também pioneira em anunciar o Messias a seus conterrâneos (cf. Jo 4). Os discípulos choravam, guardando luto. Ela, ao contrário, traz uma notícia de vida e eles se recusam a crer.

Vale lembrar que não poucos “teólogos” racionalistas têm atribuído os evangelhos da ressurreição à piedosa imaginação das comunidades cristãs, negando-lhes o caráter de testemunhas oculares. Teriam sido criações posteriores, sem valor histórico. Ora, basta olhar de perto a dificuldades dos próprios apóstolos e discípulos em crer que, de fato, Jesus vencera as barreiras da morte e se manifestava vivo, para verificar de modo cabal como eles haviam sido atropelados pelos acontecimentos, os quais superavam de longe a mais “piedosa” de suas expectativas… Até mesmo para eles, os seguidores mais íntimos, aquilo era demais!

Segundo o evangelista São Marcos (cf. Mc 16,12-13), a mesma incredulidade se manifesta diante do relato dos dois caminheiros de Emaús. Por isso mesmo, Jesus vem agora censurar-lhes a incredulidade e a “dureza de coração”. Aqui, um alerta: a atitude de não crer nas testemunhas de Cristo denuncia o “coração duro”. Tomé mereceria repreensão semelhante ao limitar sua fé aos fatos sensíveis. (Cf. Jo 20,27.)

Pois é a esse mesmo grupo de incrédulos que Jesus vai encarregar do anúncio do Evangelho, ponto de partida para o despertar da fé (cf. Rm 10,14.) Quando, no futuro, seus ouvintes demonstrarem dificuldades em crer, os apóstolos poderão dizer-lhes: “Comigo também foi assim!”

 

São eles, agora, portadores de uma tarefa que os onera pesadamente e cobre de responsabilidades: “Quem crer e for batizado, será salvo; quem não crer será condenado”. Leia-se: o anúncio de que Jesus me encarregou é essencial para a salvação de muitos. Não se trata de uma tarefa optativa, que posso abandonar sem consequências. Se eu me recuso a cumprir minha missão, serei responsabilizado por isso!

Não há limites para este anúncio. Jesus afirma que ele deve ser dirigido “a todas as criaturas”. Ninguém é tão bom que dele não precise. Ninguém é tão decaído que não possa ser salvo pelo Evangelho.

 

            Tenho cumprido minha missão de evangelizador? Ou minha omissão contribui para a perda de meus irmãos?

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