10 de Dezembro de 2020

2a semana do Advento - Ano B. Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA II SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

– Estais perto, Senhor, e todos os vossos caminhos são verdadeiros. Desde muito aprendi que vossa Aliança foi estabelecida para sempre (Sl 118,151s).

(Is 40,10;34,5).

 

Oração do dia

– Despertai, ó Deus, os nossos corações, afim de prepararmos os caminhos de vosso Filho, para que possamos, pelo seu advento, vos servir de coração purificado. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 41, 13-20

– Leitura do livro do profeta Isaías: 13Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tomo pela mão e te digo: “Não temas; venho em teu socorro. 14Não tenhas medo, Jacó, pobre verme, não temais, homens de Israel. Eu vos ajudarei”, diz o Senhor e Salvador, o Santo de Israel. 15Eis que te transformei num carro novo de triturar, guarnecido de dentes de serra. Hás de triturar e despedaçar os montes, e reduzirás as colinas a poeira. 16Ao expô-los ao vento, o vento os levará e o temporal os dispersará; exultarás no Senhor e te alegrarás no Santo de Israel. 17Pobres e necessitados procuram água, mas não há, estão com a língua seca de sede. Eu, o Senhor, os atenderei, eu, Deus de Israel, não os abandonarei. 18Farei nascer rios nas colinas escalvadas e fontes no meio dos vales; transformarei o deserto em lagos e a terra seca em nascentes d’água. 19Plantarei no deserto o cedro, a acácia a murta e a oliveira; crescerão no ermo o pinheiro, o olmo e o cipreste juntamente, 20para que os homens vejam e saibam, considerem e compreendam que a mão do Senhor fez essas coisas e o Santo de Israel tudo criou.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 145, 1.9.10-11.12-13ab (R: 8)

 

– Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!
R: Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!

– Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, e bendizer o vosso nome pelos séculos. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.

R: Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!

– Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!

R: Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!

– Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.

R: Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Que os céus, lá do alto, derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado, que a terra se abra e germine o Senhor! (Is 45,8)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 11, 11-15

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 11“Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. 12Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam. 13Com efeito, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. 14E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. 15Quem tem ouvidos, ouça”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Nossa Senhora do Loreto

- por Pe. Alexandre

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

 

Hoje a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora de Loreto. Segundo uma antiga tradição, conserva-se no Santuário de Loreto a santa casa em que a Virgem nasceu e recebeu o anúncio da sua divina maternidade. O pequeno edifício  consiste num recinto retangular, construído com pedras arenosas unidas por argamassa de barro. As paredes não são visíveis do exterior, pois receberam no século XVI um revestimento de mármore. A imagem da Virgem é obra recente, e substitui uma anterior do século XVI, que foi destruída no incêndio de 1921. Loreto é um centro de peregrinação e foco de piedade cristã.

 

O culto da Santíssima Virgem sob a invocação de Nossa Senhora de Loreto “está ligado, conforme uma antiga e viva tradição, à casa de Nazaré, a casa em que a Virgem Maria morou depois do casamento com José, a casa da Sagrada Família. O lar que São José deve ter instalado com tanto carinho para receber Santa Maria.

 

Deus deseja “que os filhos da família humana, ao virem ao mundo, tenham um teto sobre a sua cabeça, que tenham uma casa. No entanto, a casa de Nazaré, como sabemos, não foi o lugar onde nasceu o Filho de Maria. Isso não foi concedido a Cristo. Ele nasceu como um estranho em Belém, num estábulo. E não pôde voltar à casa de Nazaré, porque, foi obrigado a fugir para o Egito pela crueldade de Herodes, só depois da morte do rei é que José se atreveu a levar Maria e o Menino para o lar de Nazaré. E daí por diante essa casa foi o lugar da vida cotidiana, o lugar da vida oculta do Messias, a casa da Sagrada Família. Foi o primeiro templo, a primeira igreja em que a Mãe de Deus irradiou a sua luz com a sua maternidade.

 

As paredes dessa casa testemunharam o amor entranhado dos membros da Sagrada Família, o trabalho escondido daqueles a quem Deus mais amou neste mundo. Cheia de luz e de amor, limpa, alegre, essa casa é o modelo de todos os lares cristãos.

 

Nela devia refletir-se a alma de Maria. Os modestos objetos de adorno, a ordem, a limpeza, deviam fazer com que Jesus e José, depois de um dia de trabalho, encontrassem descanso junto de Nossa Senhora.

 

Perante o céu, aquela casa de Nazaré resplandecia de luz, porque ali estava a Luz do mundo. No calor da intimidade daquele lar, o Filho de Deus foi crescendo, até que chegou o tempo pré-fixado desde a eternidade para iniciar a sua pregação pelas cidades e aldeias. Contudo, deve ter recordado sempre aquelas paredes e aquele lugar pobre, mas humanamente grato. E quando, no seu ministério público, voltou a Nazaré, recordou certamente os momentos inesquecíveis passados junto de sua Mãe e São José.

 

Na Sagrada Família, temos o modelo que devemos contemplar muitas vezes. “Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho. Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa muito simples, muito humilde e muito bela manifestação do Filho de Deus entre os homens. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitar essa vida”.

 

Examinemos hoje se os nossos lares são um reflexo do lar de Nazaré: se procuramos que Jesus ocupe o centro dos nossos pensamentos e do amor de todos, se mantemos aceso o espírito de serviço, se nos esforçamos por tornar amável a vida dos outros; ou se, pelo contrário, se dão brigas frequentes, se nos preocupamos excessivamente com as nossas coisas, se por pressão do ambiente abandonamos esses costumes cristãos que tanto ajudam a ter Deus presente: a bênção dos alimentos, a recitação de alguma oração em comum, a participação da Missa aos domingos.

 

Pedimos à Virgem de Loreto que nos ensine a cuidar do nosso lar como lugar querido por Deus para aprendermos e praticarmos as virtudes humanas e sobrenaturais, para restaurarmos as forças perdidas e alcançarmos assim uma maior eficácia no serviço que prestamos à sociedade com o nosso trabalho e por meio do apostolado. Pedimos-lhe que as nossas casas “sejam esses lares vivos de amor onde o homem pode encontrar calor todos os dias”, e que sejam uma antecipação da Casa do Céu, um céu aqui na terra.

 

Nossa Senhora do Loreto, rogai por nós.

 

Abençoe-vos o Deus todo Poderoso. Pai, e Filho e Espírito Santo. Amém

 

 

 

 

 

Meditação

- por Pe. Alexandre

55. NOSSA SENHORA DE LORETO

Memória

– A casa de Nazaré.

– O lar de Nazaré, modelo a ser imitado.

– Tornar amável a vida dos que convivem conosco.

Segundo uma antiga tradição, conserva-se no Santuário de Loreto a santa casa em que a Virgem nasceu e recebeu o anúncio da sua divina maternidade. O pequeno edifício, tal como aparece hoje, consiste num recinto retangular, construído com pedras arenosas unidas por argamassa de barro; a parte superior é de tijolo. As paredes não são visíveis do exterior, pois receberam no século XVI um revestimento de mármore. A imagem da Virgem é obra recente, e substitui uma anterior do século XVI, que foi destruída no incêndio de 1921. Loreto é desde há muito tempo centro de peregrinação e foco de piedade cristã.

I. O CULTO DA SANTÍSSIMA VIRGEM sob a invocação de Nossa Senhora de Loreto “está ligado, conforme uma antiga e viva tradição, à casa de Nazaré, a casa em que, como recorda o Evangelho da Missa de hoje, Maria morou depois dos desposórios com José, a casa da Sagrada Família”1: o lar que São José deve ter instalado com tanto carinho para receber Santa Maria. Essa casa foi em primeiro lugar a casa de Maria, “pois toda a casa é, antes de tudo, santuário da mãe. E ela configura-o de modo especial com a sua maternidade”2.

Deus deseja “que os filhos da família humana, ao virem ao mundo, tenham um teto sobre a sua cabeça, que tenham uma casa. No entanto, a casa de Nazaré, como sabemos, não foi o lugar onde nasceu o Filho de Maria e Filho de Deus. Provavelmente, todos os antepassados de Cristo – de que nos fala a genealogia do Evangelho de hoje segundo São Mateus – vieram ao mundo sob o teto de uma casa. Isso não foi concedido a Cristo. Nasceu como um estranho em Belém, num estábulo. E não pôde voltar à casa de Nazaré, porque, obrigado a fugir para o Egito pela crueldade de Herodes, só depois da morte do rei é que José se atreveu a levar Maria e o Menino para o lar de Nazaré. E daí por diante essa casa foi o lugar da vida cotidiana, o lugar da vida oculta do Messias, a casa da Sagrada Família. Foi o primeiro templo, a primeira igreja em que a Mãe de Deus irradiou a sua luz com a sua maternidade”3.

As paredes dessa casa testemunharam o amor entranhado dos membros da Sagrada Família, o trabalho escondido daqueles a quem Deus mais amou neste mundo. Cheia de luz e de amor, limpa, alegre, essa casa é o modelo de todos os lares cristãos. Nela devia refletir-se a alma de Maria. Os modestos objetos de adorno, a ordem, a limpeza, deviam fazer com que Jesus e José, depois de um dia de trabalho, encontrassem descanso junto de Nossa Senhora. O cuidado material dos nossos lares, às vezes marcados por uma grande pobreza, instalados com uns móveis modestos, nunca deixa de ter importância para essa convivência em que devemos encontrar a Deus. A Virgem Maria ensina-nos hoje que deve ser também demonstração de caridade para com os outros.

II. PERANTE O CÉU, aquela casa de Nazaré resplandecia de luz, porque ali estava a Luz do mundo. No calor da intimidade daquele lar, o Filho de Deus foi crescendo, até que chegou o tempo pré-fixado desde a eternidade para iniciar a sua pregação pelas cidades e aldeias. Contudo, deve ter recordado sempre aquelas paredes e aquele lugar pobre, mas humanamente grato. E quando, no seu ministério público, voltou a Nazaré, recordou certamente os momentos inesquecíveis passados junto de sua Mãe e São José. Por sua vez, entre as coisas que Santa Maria guardava em seu coração4, estariam sem dúvida tantos pequenos episódios correntes do seu Filho, que foram a alegria da sua alma. “Não esqueçamos que a quase totalidade dos dias que Nossa Senhora passou na terra decorreram de forma muito parecida à de milhões de outras mulheres, ocupadas em cuidar da família, em educar os filhos, em levar a cabo as tarefas do lar. Maria santifica as coisas mais pequenas, aquelas que muitos consideram erroneamente como intranscendentes e sem valor: o trabalho de cada dia, os pormenores de atenção com as pessoas queridas, as conversas e visitas por motivos de parentesco ou de amizade. Bendita normalidade, que pode estar repassada de tanto amor de Deus!”5

Deus quer que os seus filhos nasçam, vivam e se formem num lar, que deve ser imitação do de Nazaré. Ainda que a mulher possa ser chamada a desempenhar funções capitais em outros trabalhos para o bem da sociedade, a dedicação ao cuidado do lar ocupará sempre um lugar central na sua vida, pois é ali que, através de uma infinidade de detalhes, exerce principalmente a sua maternidade, a missão mais excelsa que recebeu do Senhor. E marido e mulher não devem esquecer “que o segredo da felicidade conjugal está no quotidiano, não em sonhos. Está em encontrar a alegria escondida de chegarem ao lar; no trato afetuoso com os filhos; no trabalho de todos os dias, em que toda a família colabora; no bom-humor perante as dificuldades, que é preciso enfrentar com esportivismo; e também no aproveitamento de todos os avanços que nos proporciona a civilização, para tornar a casa agradável, a vida mais simples, a formação mais eficaz”6.

Na Sagrada Família, temos o modelo que devemos contemplar muitas vezes. “Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho. Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa muito simples, muito humilde e muito bela manifestação do Filho de Deus entre os homens. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitar essa vida”7. Quantas vezes, na nossa oração mental, não teremos entrado nessa modesta casa de Nazaré e contemplado Jesus, Maria e José enquanto trabalhavam, e nos inúmeros pormenores de carinho que teriam entre eles na convivência diária!

Examinemos hoje se os nossos lares são um reflexo do lar de Nazaré: se procuramos que Jesus ocupe o centro dos nossos pensamentos e do amor de todos, se mantemos aceso o espírito de serviço, se nos esforçamos por tornar amável a vida dos outros; ou se, pelo contrário, se dão brigas freqüentes, se nos preocupamos excessivamente com as nossas coisas, se por pressão do ambiente abandonamos esses costumes cristãos que tanto ajudam a ter Deus presente: a bênção dos alimentos, a recitação de alguma oração em comum, a assistência à Missa do domingo…

III. “QUE GRANDE EXEMPLO de convivência quotidiana! – afirmava Leão XIII, referindo-se à Sagrada Família –. Que imagem perfeita de um lar! Ali vive-se com simplicidade de costumes e calor humano; em constante harmonia de sentimentos; sem desordem, com respeito mútuo; com amor sincero, sem fingimentos, plenamente operativo pela perseverança no cumprimento do dever, que tanto atrai os que o contemplam”8. É para ali que devemos olhar, se queremos reproduzir nas nossas famílias o exemplo de Jesus, Maria e José.

calor de lar não depende apenas da mãe – ainda que a sua função não seja facilmente substituível –, mas do contributo pessoal de cada um. Devemos viver pensando nos outros, usar das coisas de tal maneira que sempre haja algo a oferecer aos outros, cuidar das tradições próprias de cada família…

Quanta semelhança pode haver entre a nossa vida e a de Jesus, Maria e José no lar de Nazaré! Ali, tudo transcorreu na mais completa normalidade, sem acontecimentos de grande relevo externo. O Senhor não nos pede coisas chamativas. Busca-nos, porém, na nossa família, em mil pequenos pormenores de entrega: sorrir para aquele que está mais cansado, antecipar-se a servir os outros, não manifestar desagrado por coisas de pouca importância, vencer o mau-humor para não azedar a vida dos outros, festejar em família esses aniversários e festas especialmente ligados a todos…

“Aceita, ó Senhora de Loreto – orava o Papa João Paulo II nesse Santuário –, Mãe da casa de Nazaré, esta minha e nossa peregrinação, que é uma grande oração comum pela casa do homem da nossa época: pela casa que prepara os filhos de toda a terra para a casa eterna do Pai no Céu”9. Pedimos à Virgem de Loreto que nos ensine a cuidar do nosso lar como lugar querido por Deus para aprendermos e praticarmos as virtudes humanas e sobrenaturais, para restaurarmos as forças perdidas e alcançarmos assim uma maior eficácia no serviço que prestamos à sociedade com o nosso trabalho e por meio do apostolado. Pedimos-lhe que as nossas casas “sejam esses lares vivos de amor onde o homem pode encontrar calor todos os dias”10, e que sejam uma antecipação da Casa do Céu, um céu aqui na terra.

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