10 de Junho de 2019
10ª semana do tempo Comum -Segunda-feira
- por Padre Alexandre Fernandes
SEGUNDA FEIRA – MARIA MÃE DE DEUS
(branco, pref. de Maria,modelo e Mae da Igreja- ofício da memória)
Antífona da entrada
– Os discípulos unidos perseveravam em oração com Maria, a Mãe de Jesus (At 1,14)
Oração do dia
– Deus, Pai de misericórdia, vosso Filho, pregado na cruz, nos deu por mãe a sua Mãe. Pela interseção amorosa da Virgem Maria, fazei que a vossa Igreja se torne cada vez mais fecunda e se alegre pela santidade de seus filhos e filhas, atraindo para seu convívio as famílias de todos os povos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Gn 3,9-15.20
– Leitura do livro de Gênesis: Depois que Adão comera do fruto da árvore 9 o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: “Onde estás?” 10Ele respondeu: “Ouvi teu ruído no jardim. Fiquei com medo, porque estava nu, e escondi-me”. 11Deus perguntou: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12O homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. 13Então o Senhor Deus perguntou à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi”. 14E o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Rastejarás sobre teu ventre e comerás pó todos os dias de tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. “Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. 20O homem chamou à sua mulher “Eva”, porque ela se tornou a mãe de todos os viventes.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 34,2-9 (R: 9a)
– Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
– O Senhor ama a cidade que fundou no monte santo; ama as portas de Sião mais que as casa de Jacó.
R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
– Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor. De Sião, porém, se diz: “Nasceu nela todo homem; Deus é sua segurança”.
R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
– Deus anota no seu livro, onde inscreve os povos todos: “Foi ali que estes nasceram”. E por isso todos juntos a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: “Estão em ti as nossas fontes!”
R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Sois feliz, Virgem Maria, e mereceis todo louvor, pois de vós se levantou o Sol brilhante da justiça!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 19,25-34
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo: 25Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” 27Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. [A morte. “Está consumado”] 28Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura até o fim, disse: “Tenho sede”! 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo de hissopouma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. 30Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. [O lado aberto] 31Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene.Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e depois ao outro.33Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, 34mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santo Anjo da Guarda de Portugal
- por Padre Alexandre Fernandes
Santo Anjo da Guarda de Portugal, Anjo da paz, da pátria e da Eucaristia
Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. As 3 aparições deste anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima.
Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.
A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.
Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.”
Esta oração nos une com Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santíssima Trindade.
Santo Anjo da Guarda de Portugal, rogai por nós!
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
Junto à cruz… (Jo 19,25-34)
Os evangelhos sinóticos registram que, na crucifixão de Jesus, um grupo de mulheres estava observando de longe (cf. Mt 27,55; Mc 15,40). No Evangelho de João – aliás, testemunha ocular da história, pois ele não fugiu com a prisão do Mestre – ao contrário, quatro mulheres permanecem firmes “junto à cruz” [para toi stauroi]. Quatro soldados inimigos (Jo 19,23), quatro mulheres amigas (Jo 19,25)…
O evangelista chega a nomear estas quatro mulheres: a Mãe de Jesus, a irmã dela, Maria de Cléofas e Maria Madalena. Juntamente com o discípulo narrador, estas mulheres são a Igreja fiel, que acompanha o Senhor até o fim, até a cruz.
Apesar da economia de detalhes, recusando-se a explorar aspectos de crueza, o texto registra que Jesus abrange com um só olhar (v. 26) sua Mãe e o discípulo amado. Num extremo gesto de ternura, o Filho quer garantir para ela a solicitude filial de João: “Eis a tua mãe!” Mas, ao mesmo tempo, quer assegurar para João, isto é, para a Igreja, a presença espiritual da Mãe. A partir desta cena, não é possível ignorar a maternidade de Maria para com a Igreja de Jesus: “Eis a tua mãe!”
“A partir dessa hora” – anota o Evangelho – “o discípulo a acolheu no que era seu”, “entre as coisas de sua propriedade” ou “em sua casa”, em diferentes traduções. De qualquer modo, vê-se aí o germe da maternidade espiritual da Mãe de Deus em relação aos que creem em Jesus.
Num patamar meramente humano, nota-se o cuidado oriental (naquela época como hoje) pelas viúvas desamparadas; num degrau mais alto, consegue-se ver que a Mulher escolhida para gerar o Verbo na carne também tem importante papel na geração do Corpo de Cristo, que é a Igreja.
O título de Mãe da Igreja, atribuído a Maria, foi utilizado pela primeira vez por Santo Ambrósio de Milão [338–397], e assumido de forma oficial durante o Concílio Vaticano II pelo Papa Paulo VI. Comentando esta passagem, André Scrima observa: “Sua mãe parece ser, doravante, o lugar de uma maternidade que pode, e até deve, envolver a outros, uma vez que seu Filho único foi elevado em glória”.
Como não seriam filhos de Maria aqueles que acolhem a Palavra de Deus tal como ela mesma a acolheu na Anunciação?
Orai sem cessar: “De Sião se dirá: todos nasceram nela!” (Sl 87,5)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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