10 de Junho de 2020

10a Semana comum Terça-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – X SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

– O Senhor é minha luz e salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida, perante quem temerei? Meus opressores e inimigos, são eles que vacilam e sucumbem (Sl 26,1)

 

Oração do dia

– Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1 Rs 18,20-39

– Leitura do primeiro livro dos Reis: Naqueles dias, 20Acab convocou todos os filhos de Israel e reuniu os profetas de Baal no monte Carmelo. 21Então Elias, aproximando-se de todo o povo, disse: “Até quando andareis mancando com os dois pés? Se o Senhor é o verdadeiro Deus, segui-o; mas, se é Baal, segui a ele”. O povo não respondeu uma palavra. 22Então Elias disse ao povo: “Eu sou o único profeta do Senhor que resta, ao passo que os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta. 23Dêem-nos dois novilhos; que eles escolham um novilho e, depois de cortá-lo em pedaços, coloquem-no sobre a lenha, mas sem pôr fogo por baixo. Eu prepararei depois o outro novilho e o colocarei sobre a lenha e tampouco lhe porei fogo. 24Em seguida, invocareis o nome de vosso deus e eu invocarei o nome do Senhor. O Deus que ouvir, enviando fogo, este é o Deus verdadeiro”. Todo o povo respondeu, dizendo: “Ótima proposição”. 25Elias disse então aos profetas de Baal: “Escolhei vós um novilho e começai, pois sois maioria. E invocai o nome de vosso deus, mas não lhe ponhais fogo”. 26Eles tomaram o novilho que lhes foi dado e prepararam-no. E invocaram o nome de Baal desde a manhã até o meio-dia, dizendo: “Baal, ouve-nos!” Mas não se ouvia voz alguma e ninguém que respondesse. E dançavam ao redor do altar que tinham levantado. 27Ao meio-dia, Elias zombou deles, dizendo: “Gritai mais alto, pois sendo um deus, tem suas ocupações. Porventura ausentou-se ou está de viagem; ou talvez esteja dormindo e é preciso que o acordem”. 28Então eles gritavam ainda mais forte, e retalhavam-se, segundo o seu costume, com espadas e lanças, até o sangue escorrer.
29Passado o meio-dia, entraram em transe até a hora do sacrifício vespertino. Mas não se ouviu voz nenhuma, nem resposta nem sinal de atenção. 30Então Elias disse a todo o povo: “Aproximai-vos de mim”. Todo o povo veio para perto dele. E ele refez o altar do Senhor que tinha sido demolido. 31Tomou doze pedras, segundo o número das doze tribos dos filhos de Jacó, a quem Deus tinha dito: “Teu nome será Israel”, 32e edificou com as pedras um altar ao nome do Senhor. Fez em redor do altar um rego, capaz de conter duas medidas de sementes. 33Empilhou a lenha, esquartejou o novilho e colocou-o sobre a lenha, 34e disse: “Enchei quatro talhas de água e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha”. Depois, disse: “Outra vez”. E eles assim fizeram uma segunda vez. E acrescentou: “Ainda uma terceira vez”. E assim foi feito. 35A água correu em volta do altar e o rego ficou completamente cheio. 36Chegada a hora do sacrifício, o profeta Elias aproximou-se e disse: “Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostra hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que é por ordem tua que fiz estas coisas. 37Ouve-me, Senhor, ouve-me, para que este povo reconheça que tu, Senhor, és Deus, e que és tu que convertes os seus corações!” 38Então caiu o fogo do Senhor, que devorou o holocausto, a lenha, as pedras e a poeira, e secou a água que estava no rego. 39Vendo isto, o povo todo prostrou-se com o rosto em terra, exclamando: “É o Senhor que é Deus, é o Senhor que é Deus!”

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 16,1-2a.5.7-8.9-10.11 (R: 1)

 

– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!

– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!

– Multiplicam, no entanto, suas dores os que correm para os deuses estrangeiros; seus sacrifícios sanguinários não partilho, nem seus nomes passarão pelos meus lábios.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!

– Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!

– Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– Fazei-me conhecer vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza! (Sl 24,4)

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 5, 17-19

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento.  18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santo Anjo da Guarda de Portugal

- por Pe. Alexandre

Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. As 3 aparições deste anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima.

Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.

A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.

Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.”

Esta oração nos une com Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santíssima Trindade.

Santo Anjo da Guarda de Portugal, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Não vim abolir a Lei… (Mt 5,17-19)

 

Os primeiros pregadores da História da Igreja viram a necessidade de demonstrar que a novidade cristã não abolia os mandamentos do Sinai nem desprezava a rica contribuição das tradições de Israel. Um desses comentaristas foi S. Ireneu de Lião [+202]. Eis o seu ensinamento:

“Os preceitos naturais da Lei, isto é, aqueles pelos quais o homem se torna justo e que, mesmo antes do dom da Lei, observavam os homens que eram justificados por sua fé e assim agradavam a Deus, o Senhor não aboliu esses preceitos, mas os amplificou e levou à perfeição. ‘Se vossa justiça – disse Ele mesmo – não ultrapassar aquela dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus’. (Mt 5,20)

Imposta a escravos, a Lei educava a alma a partir do exterior e do corporal, conduzindo-a, como por uma corrente, até a submissão aos mandamentos, a fim de que o homem aprendesse a se ajustar com Deus. Mas o Verbo liberou a alma e ensina a purificar o corpo pelo interior, a partir da vontade e do coração.

Era preciso, desde então, que fossem suprimidas as cadeias da servidão graças às quais o homem pudera formar-se, e doravante ele seguisse a Deus sem correntes; mas também era necessário que fossem amplificados os preceitos da liberdade e fosse acrescida a submissão ao Rei, para que ninguém, voltando atrás, se mostrasse indigno de seu Libertador.

É por isso que o Senhor nos deu, como palavra de ordem, em lugar de não cometer o adultério, nem mesmo cobiçar; em lugar de não matar, nem mesmo nos pôr em cólera; em lugar de amar somente nossos próximos, amar também os inimigos; não somente ser generoso e pronto a repartir, mas ainda doar graciosamente nossos bens àqueles que no-los tomam: ‘A quem toma a tua túnica – diz Ele – dá também o teu manto’. (Mt 5,40).

Assim, em todas as coisas, tu te tornarás útil a teu próximo, sem considerar a maldade dele, mas levando ao cúmulo a tua bondade, e te tornarás semelhante ao Pai ‘que faz o sol erguer-se sobre os maus e os bons, e chover sobre os justos e os injustos’ (Mt 5,45).”

Esta era a pregação dos apóstolos, não muito preocupados em contestar as estruturas sociais de seu tempo, mas dedicados a orientar para Deus o coração dos homens. A que se apega o meu coração?

 

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