10 de Maio de 2022

4a Semana da Páscoa- Terça-feira

- por Pe. Alexandre

TERÇA FEIRA – IV SEMANA DA PÁSCOA

(branco, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Alegremo-nos, exultemos e demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6).

 

Oração do dia

 

– Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, celebrando o mistério da ressurreição do Senhor, possamos acolher com alegria a nossa redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 11,19-26

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 19aqueles que se haviam espalhado por causa da perseguição que se seguiu à morte de Estêvão chegaram à Fenícia, à ilha de Chipre e à cidade de Antioquia, embora não pregassem a Palavra a ninguém que não fosse judeu. 20Contudo, alguns deles, habitantes de Chipre e da cidade de Cirene, chegaram a Antioquia e começaram a pregar também aos gregos, anunciando-lhes a Boa Nova do Senhor Jesus. 21E a mão do Senhor estava com eles. Muitas pessoas acreditaram no Evangelho e se converteram ao Senhor. 22A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então enviaram Barnabé até Antioquia. 23Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia concedido, ficou muito alegre e exortou a todos para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. 24É que ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor. 25Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26Tendo encontrado Saulo, levou-o a Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia os discípulos foram, pela primeira vez, chamados com o nome de cristãos.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 87,1-3.4-5.6-7 (R: Sl 117, 1a)

 

– Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.
R: Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

– O Senhor ama a cidade que fundou no Monte santo; ama as portas de Sião

mais que as casas de Jacó. Dizem coisas gloriosas da Cidade do Senhor.

R: Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

– Lembro o Egito e Babilônia entre os meus veneradores. Na Filistéia ou em Tiro ou no país da Etiópia, este ou aquele ali nasceu. De Sião, porém, se diz: “Nasceu nela todo homem; Deus é sua segurança”.

R: Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

– Deus anota no seu livro, onde inscreve os povos todos: “Foi ali que estes nasceram”. E por isso todos juntos a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: “Estão em ti as nossas fontes!”

R: Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem

(Jo 10,27).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 10,22-30

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

22Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da Dedicação do Templo. Era inverno. 23Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão. 24Os judeus rodeavam-no e disseram: “Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente”. 25Jesus respondeu: “Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; 26vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. 27As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. 29Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. 30Eu e o Pai somos um”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santo Antonino

- por Pe. Alexandre

Neste dia, lembramos de um grande santo que nasceu na Itália, no ano de 1389, cujo nome de batismo era Antônio (e que ficou conhecido como Antonino devido à sua estatura). Pertencente a uma família nobre, foi educado na fé e tinha o costume de ir todos os dias à igreja de São Miguel. Antonino caminhou para os estudos de Direito, mas devido ao forte chamado do Senhor, tomou a decisão de ser religioso.

Em 1404, com 15 anos, Antonino decidiu ingressar para a ordem dos Dominicanos. Com humildade e perseverança superou barreiras e expectativas, pois, por sua radicalidade na vivência do Evangelho, tornou-se um exemplo como religioso. Obediente à regra e perseverante, ele começou a ocupar grandes responsabilidades de serviço chegando a Superior.

Convocado pelo Papa, Antonino, o pequeno gigante, foi chamado para ser Bispo e, logo, Arcebispo de Florença. Cheio do Espírito Santo, trabalhou com prudência e energia contra tudo o que atrapalhava as famílias e, por isso, sofreu muito, mas por uma causa justa, ou seja, para levar muitos para Deus.

Devido à sua fé inabalável, ao seu trabalho e à oração, todos recorriam a ele para pedir conselhos e orações, assim ficou conhecido como “Antonino dos conselhos”.

No ano de 1459, Antonino adoeceu e entrou na Igreja triunfante com 70 anos. Em decorrência dos milagres ocorridos em sua sepultura, o Papa Adriano VI, no ano de 1523, realizou a canonização de Santo Antonino. Seu corpo foi encontrado incorrupto cem anos após sua morte no ano de 1559. A Ordem Dominicana o celebra no dia 10 de maio.

Santo Antonino, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Eu lhes dou a vida eterna… (Jo 10,22-30)

 

Atualmente, já não se fala muito em eternidade. Mesmo no meio “pastoral”, as preocupações parecem inclinar-se mais para a organização da comunidade, as obras de misericórdia materiais e – sempre me espanto! – o “marketing” cristão…

 

É como se a promessa de uma vida eterna fosse algo infantil demais para uma sociedade mergulhada em contas a pagar, ações da bolsa, investimentos e segurança. Em consequência, amputa-se o Evangelho de um elemento essencial: Jesus morreu por nós para que tivéssemos a vida eterna.

 

O teólogo suíço H. U. von Balthasar comenta este Evangelho, lembrando que “ele contém uma promessa que ultrapassa toda medida; seria possível dizer que ele ultrapassa toda prudência. Às ovelhas de Jesus, que ele conhece e que o seguem, é assegurado, por três vezes, que elas pertencem definitivamente a ele e ao Pai. E isto porque, desde já, elas receberam o dom da ‘vida eterna’”.

 

O teólogo se explica: “Aquilo que Jesus nos dá aqui embaixo, por sua vida, sua paixão, sua ressurreição, sua Igreja, seus sacramentos, já é vida eterna. Quem a recebe e não a recusa, jamais pode ‘perecer’, ninguém pode ‘arrancá-lo de minha mão’. E isto não é pouca coisa: ninguém pode mais arrancá-lo da mão de Deus Pai, de quem Jesus diz que é maior que ele (porque ele é o seu princípio) e, portanto, que ele, o Filho, é um com este Pai Maior”.

 

Ser “posse” do Pai parece pouco para motivar uma vida segundo o Evangelho, uma vida submissa à vontade de Deus?

 

Prossegue von Balthasar: “As ovelhas abrigadas nesta unidade entre o Pai e o Filho possuem a vida eterna; nenhum poder terrestre, nem mesmo a morte, tem domínio sobre elas. Entretanto, não é de qualquer modo, não é por acaso que o céu é prometido aqui, mas apenas àquelas que ‘escutam minha voz’ e ‘seguem’ o pastor. Uma condição prévia absolutamente ínfima para uma consequência infinita, imensamente grande. Esta é a palavra de Paulo: ‘Pois a leve tribulação de um momento nos prepara, além de toda medida, um volume incomensurável e eterno de glória’ (2Cor 4,17).

 

A figura deste mundo passa (1Cor 7,31). Os edifícios ruem. As moedas se desvalorizam. Os impérios passam. A beleza não resiste ao tempo. O campeão mundial de boxe morre com o mal de Parkinson. A vida que Deus nos dá permanece para sempre.

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