10 de Outubro de 2021

28a tempo comum Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – XXVIII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio –IV semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Senhor, se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel! (Sl 129,3).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Sb 7,7-11

 

– Leitura do livro da Sabedoria: 7“Orei, e foi-me dada a prudência; supliquei, e veio a mim o espírito da sabedoria. 8Preferi a Sabedoria aos cetros e tronos e, em comparação com ela, julguei sem valor a riqueza; 9a ela não igualei nenhuma pedra preciosa, pois, a seu lado, todo o ouro do mundo é um punhado de areia e, diante dela, a prata será como a lama. 10Amei-a mais que a saúde e a beleza, e quis possuí-la mais que a luz, pois o esplendor que dela irradia não se apaga. 11Todos os bens me vieram com ela, pois uma riqueza incalculável está em suas mãos”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 90.12-13.14-15.16-17 (R: 14)

 

– Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor, e exultaremos de alegria!
R: Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor, e exultaremos de alegria!

– Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!

R: Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor, e exultaremos de alegria!

– Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Alegrai-nos pelos dias que sofremos, pelos anos que passamos na desgraça!

R: Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor, e exultaremos de alegria!

– Manifestai a vossa obra a vossos servos, e a seus filhos revelai a vossa glória! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza! Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.

R: Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor, e exultaremos de alegria!

2ª Leitura: Hb 4,12-13

 

– Leitura da carta aos Hebreus: 12A Palavra de Deus é viva, eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Ela julga os pensamentos e intenções do coração. 13E não há criatura que possa ocultar-se diante dela. Tudo está nu e descoberto aos seus olhos, e é a ela que devemos prestar contas.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 10,17-30

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” 18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe”. 20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” 22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!” 24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” 26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”. 28Pedro então começou a dizer-lhe: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. 29Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, 30receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Daniel Comboni

- por Pe. Alexandre

São Daniel Comboni nasceu em Limone (Itália), em 1831. Único sobrevivente de oito irmãos. Aos dez anos ingressou num internato de Verona. Quando tinha dezessete anos, ouvindo contar as vicissitudes dos missionários na África, decidiu dedicar sua vida à evangelização dos africanos.

Em 1854 é ordenado sacerdote aos 23 anos de idade. Depois de uma cuidadosa preparação, estudando árabe, medicina, música etc., partiu para África em 1857.

Estando lá, impressionou-se com a terrível situação dos escravos. A prática do tráfico de escravos estava de tal maneira arraigada que, no Egito e no Sudão, o único local onde os escravos encontravam asilo eram as missões de Daniel Comboni.

Após dois anos, teve de regressar à Itália. Porém, Comboni não desanima e idealiza um projeto que ele chamou “Plano para a regeneração da África”. A ideia central do projeto era salvar a África por meio dos próprios africanos. Propunha-se fundar escolas, hospitais, universidades, ao longo de toda a costa africana. Nestes centros, se formariam os futuros cristãos, professores, enfermeiros, sacerdotes e religiosas, que depois penetrariam no interior, a fim de evangelizar as populações africanas e promover o seu desenvolvimento.

Fundou em 1867 o Instituto para as Missões na África que deu lugar ao que hoje são os Missionários Combonianos.

Em 1877 é ordenado Bispo da África Central e, logo a seguir, ordena a sacerdote um antigo escravo, primeiro padre africano daquele lugar, quando, na Europa, alguns ainda negavam ao africano a evidência de ser pessoa.

Grande missionário, Comboni era capaz de atravessar o deserto para fundar um centro missionário no sul do Sudão, como também empenhava-se em falar para associações missionárias, Bispos, em Paris, Colônia (Alemanha) etc., com o objetivo de arrecadar auxílio econômico e de pessoal, organizando grupos e equipes de missionários para a Missão na África Central.

Morreu aos 50 anos, a 10 de outubro de 1881, no meio desta gente que tanto amou. No momento da morte, abençoa os seus companheiros dizendo: “Não temais; eu morro, mas a minha obra não morrerá”. Beatificado por João Paulo II a 17 de março de 1996, São Daniel Comboni foi canonizado pelo mesmo Sumo Pontífice em 5 de outubro de 2003.

São Daniel Comboni, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O camelo e a agulha… (Mc 10,17-30)

 

Curioso este Evangelho! Um jovem na multidão sente-se atraído por Jesus e pretende entrar no grupo de seus discípulos. Evidentemente, alguma coisa o atraiu…

 

Talvez tenha admirado a alegria do grupo. Talvez tenha percebido o magnetismo de Jesus sobre a turba. Talvez tenha sentido o coração bater mais forte ao ouvir o ensinamento do Mestre. Seja como for, era um jovem verdadeiramente “amável”. Jesus olha para ele com amor (cf. Mc 10,21) e o convida a segui-lo, mas com uma condição: libertar-se previamente de seus apegos materiais, que seriam uma espécie de peso morto na caminhada até o Calvário.

 

O jovem ouve com tristeza essa proposta e se afasta. É quando Jesus dá aos discípulos esta breve lição sobre camelos e agulhas. Segundo ele, é bem mais fácil o camelo passar pelo buraco da agulha do que um rico entrar no reino dos céus. Isto é, o apego às riquezas é sério obstáculo à salvação.

 

Neste ponto, pregadores e teólogos passam a praticar as mais

contorcidas ginásticas para contornar a dura exigência do Mestre. Entre esses exercícios mentais, dizem que “camelo” não era o conhecido animal, mas uma corda usada pelos marinheiros, tecida de pelo de camelo. A “agulha” não seria a usual ferramenta das costureiras, mas uma portinhola embutida no portão da cidade antiga, para permitir a entrada, à noite, de algum retardatário.

Entretanto, Joachim Jeremias discorda. Para ele – e para mim também! – Jesus simplesmente escolheu o maior animal da Palestina – o camelo – e o menor furo então conhecido, o buraco de uma agulha. Foi a sua forma didática de deixar bem claro que só Deus pode realizar o grande milagre de nossa salvação.

Não percamos tempo e energia, tentando aumentar o furo da agulha ou emagrecer o camelo. Ricos e apegados, somos um “elefante” obeso que não passará pela porta. Todo missionário sabe muito bem como apegos familiares e a gerência de recursos materiais tornariam impossível a sua missão. Um sacerdote das Escolas Pias me disse certa vez: “Uma coisa boa de ser religioso é que, a cada dois anos, sou transferido e só posso levar o que couber em duas malas”.

 

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