10 de Setembro de 2022

23a Semana do Tempo Comum - Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – XXIII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa sentença; tratai o vosso servo segundo a vossa misericórdia (Sl 118,137.124).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que crêem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Cor 10,14-22

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: 14Meus caríssimos, fugi da idolatria. 15Eu vos falo como a pessoas esclarecidas. Então, ponderai bem o que eu digo: 16O cálice da bênção, o cálice que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo? 17Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão. 18Considerai os filhos de Israel: Os que comem as vítimas sacrificais não estão em comunhão com o altar? 19Então, que dizer? Que a carne de um sacrifício idolátrico tem algum valor? Ou que o ídolo vale alguma coisa? 20Nada disso. O que eu digo é que os idólatras oferecem seus sacrifícios aos demônios e não a Deus. Ora, eu não quero que entreis em comunhão com os demônios. 21Vós não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; vós não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 22Ou, quem sabe, queremos excitar o zelo santo do Senhor? Somos porventura mais fortes do que ele?

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 116,12-13.17-18 (R: 17a)

 

– Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
R: Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.

– Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

R: Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.

– Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.

R: Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Quem me ama realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos! (Jo 14,23).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6,43-49

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas. 45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala o que transborda do coração 46Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo?  47Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48É semelhante a um homem que construiu uma casa: cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra a casa, mas não conseguiu der­rubá-la, porque estava bem construída. 49Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A torrente deu contra a casa, e ela imediatamente desabou; e foi grande a ruína dessa casa”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Nicolau de Tolentino

- por Pe. Alexandre

O santo de hoje nasceu na Itália, em 1245, dentro de uma família muito religiosa. Seus pais, não podendo ter filhos e para conseguir do Céu a graça de que lhes chegasse algum herdeiro, fizeram uma peregrinação ao Santuário de São Nicolau de Mira na cidade de Bari. No ano seguinte, nasceu este menino. Em agradecimento ao santo que lhes tinha conseguido o presente do Céu, puseram no filho o nome Nicolau.

Com vinte anos, Nicolau ficou impressionado com a pregação de um monge eremita agostiniano. A partir disso, acolheu o desafio da vida monástica como eremita. Ordenado sacerdote, em 1270, foi visitar um convento de sua comunidade e lhe pareceu muito formoso e muito confortável, e dispôs pedir que o deixassem ali, mas, ao chegar à capela, ouviu uma voz que lhe dizia: “A Tolentino, a Tolentino, ali perseverará”. Comunicou esta notícia a seus superiores, e a essa cidade o mandaram.

Ao chegar a Tolentino, deu-se conta de que a cidade estava arruinada moralmente por uma espécie de guerra civil entre dois partidos políticos, o guelfos e os gibelinos, que se odiavam até a morte. E se propôs dedicar-se a pregar como recomenda São Paulo: “Oportuna e inoportunamente”. E aos que não iam ao templo, pregava-lhes nas ruas.

São Nicolau percorria os bairros mais pobres da cidade consolando os aflitos, levando os sacramentos aos moribundos, tratando de converter os pecadores, e levando a paz aos lares desunidos. Passava horas e horas no confessionário, absolvendo aos que se arrependiam ao escutar seus sermões.

São Nicolau de Tolentino viu em um sonho que um grande número de almas do Purgatório lhe suplicavam que oferecesse orações e missas por elas. Desde então, dedicou-se a oferecer muitas Santas Missas pelo descanso das benditas almas.

Morreu em 10 de setembro de 1305, e quarenta anos depois de sua morte foi encontrado seu corpo incorrupto. Em 1446, São Nicolau de Tolentino foi canonizado pelo papa Eugênio IV, e sua festa foi mantida para o dia de sua morte.

São Nicolau de Tolentino, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O que transborda do coração… (Lc 6,43-49)

 

A boca fala da abundância do coração. Aquilo que aflora da boca é como a fonte da montanha, mas lá embaixo, nas profundezas da rocha, está o manancial. E se o manancial é puro, a água da fonte também o será. Se, porém, o manancial é tóxico, assim também a fonte…

 

Habitualmente, quais são os nossos assuntos dominantes? De nossas palavras, que sentimentos se manifestam? Até a música de nossa voz (mais grave ou aguda, mais rápida ou pausada) pode revelar nosso mundo interior. Nosso “coração”. Li, em artigo do foniatra Pedro Bloch, que um dos critérios para seleção dos astronautas americanos era o timbre de sua voz: vozes agudas denotam excessiva emotividade, incompatível com as situações de risco que deveriam encontrar em suas missões.

 

Durante anos, senti-me incomodado por um companheiro que insistia em contar piadas inadequadas, que sempre envolviam como personagens padres e freiras. Um dia, perdi a paciência e disse ao companheiro: “Você já notou que está sempre a denegrir a imagem dos padres e das freiras. Isto é sinal de algum problema aí dentro… Você nunca pensou em procurar um psiquiatra?” Para meu espanto, ele nunca mais voltou às piadas em minha presença. E eu fiquei pensando: “Por que demorei tanto tempo a tomar uma atitude? Quanto tempo eu perdi!”

 

Com certeza, você também conhece pessoas de voz amável, pacífica, que sempre estão a falar de aspectos luminosos da vida, realçando o lado positivo das pessoas, capazes de enxergar um fiapo de luz na escuridão. Deve conhecer também o oposto: gente que enxerga logo o único ponto negro na superfície da folha branca de papel e, se necessário, providencia uma boa lupa para ampliar o ponto.

 

Conhecerá, talvez, pessoas amargas, que vivem a se lamentar, a reclamar da ingratidão e da maldade alheia. Gente que ignora a alegria de abençoar e bendizer. Gente que desconhece a ação de graças, o sorriso amigo, o silêncio que finge não ver…

Nossa “Seleta” escolar dos tempos do ginásio trazia uma pequena narrativa. Na Palestina, à beira da estrada, apodrecia a carcaça de um cão morto. As pessoas passavam, desviavam o rosto e reclamavam do mau cheiro. Passou um Rabi, olhou e comentou: “Que belos dentes ele tinha!” Dizem que o Rabi era Jesus Cristo…

 

            Será que a beleza não está nas coisas, mas dentro de nós?

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