11 de Abril de 2022

Semana Santa.- Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA – SEMANA SANTA

(roxo, pref. Da paixão II, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Acusai, Senhor, meus acusadores; combatei aqueles que me combatem! Tomai escudo e armadura, levantai-vos, vinde em meu socorro! Senhor, meu Deus, força que me salva!  (Sl 34,1; Sl 139,8).

 

Oração do dia

 

– Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela paixão do vosso Filho. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 42,1-7

 

– Leitura do livro do profeta Isaías: 1“Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos”. 5Isto diz o Senhor Deus, que criou o céu e o estendeu, firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração aos seus habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6“Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.  

 

Salmo Responsorial: Sl 27,1 – 3.13-14 (R:1a)

 

– O Senhor é minha luz e salvação.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?

R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Quando avançam os malvados contra mim, querendo devorar-me, são eles, inimigos e opressores, que tropeçam e sucumbem.

R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei.

R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!

R: O Senhor é minha luz e salvação.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 12,1-11

 

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!

 

– Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros (Ez 33,11)

 

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.  4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

Santa Gema Galgani, a virgem intercessora dos farmacêuticos

- por Pe. Alexandre

Intercessora dos farmacêuticos

Trajetória nesta terra
Gemma, conforme nome original em italiano, teve uma curta existência nesta terra. Nasceu em Camigliano, na Toscana, em 1878, e morreu em Lucca, aos 25 anos. É uma história de fervorosa piedade, de caridade e de contínuos sofrimentos.

Saúde frágil e bullying
Seus sofrimentos foram causados, em parte, por uma saúde débil, em parte pela pobreza em que sua família caiu, em parte pela zombaria daqueles que se ofendiam com suas práticas devocionais, seus êxtases e outros fenômenos, e em parte por aquilo que ela acreditava serem assaltos do demônio. Mas ela contava com o consolo da comunhão constante com Nosso Senhor, que lhe falava como se estivesse corporalmente presente, e também encontrou muita bondade por parte da família Giannini, que a tratou nos seus últimos anos de vida depois da morte do pai quase como uma filha adotiva.

Uma jóia
Ao nascer, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa jóia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos.

Infância católica x orfandade
Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.

Religião como refúgio
Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.

Sobrenatural
Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de São Gabriel, de Nossa Senhora das Dores, devoção passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.

Últimos dias
Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.

Devoção
Imediatamente após sua morte, começou a devoção e veneração à “Virgem de Luca”, como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

A minha oração
“Ó Senhor, quantos são os órfãos de pai e mãe! Socorrei-os, te pedimos. Tantos também não reconhecem o Pai do céu e Nossa Senhor como mãe. Iluminai-os.”

Santa Gema Galgani, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

A casa se encheu do perfume… (Jo 12,1-11)

 

Uma cena doméstica. Jesus visita os amigos de Betânia, nas encostas de Jerusalém: Lázaro, Marta e Maria. A tradição de hospitalidade oriental incluía três gestos (cf. Lc 7,44-46): o ósculo de boas-vindas, a lavagem dos pés do visitante (geralmente feita por um escravo ou servidor) e a unção dos cabelos com óleo perfumado.

 

Imprevistamente, porém, a própria Maria põe-se a ungir os pés de Jesus. E o faz com um frasco de precioso nardo, caríssimo aroma importado da Índia. Um “desperdício” que faz cintilar os olhos de Judas Iscariotes, expert em contabilidade: “Por que não se vendeu por 300 denários para dar aos pobres?” Ou seja, o equivalente a 300 dias de trabalho de um operário da época!

 

Olhos profanos veriam a irmã de Lázaro no papel de um escravo. Os olhos de Jesus percebem o amor latente no gesto da mulher. “A vocação fundamental do discípulo é a de servir”, diz Claude Rault, Bispo do Saara argelino. “Não como escravo, mas servir por amor à humanidade, apaixonado por ela. Esta é a condição de servidor que Jesus escolheu para viver desde o início de sua missão.”

 

Bem que o Inimigo tentou desviá-lo desse caminho, oferecendo-lhe os atalhos da autossuficiência, da glória e do poder (cf. Mt 4). Mas Jesus se manteve todo o tempo como aquele que serve: curando o enfermo, tocando os intocáveis, anunciando o amor do Pai e, afinal, dando o próprio sangue para nos salvar.

Isto, sim, é desperdício! Ele não derramou perfumes, derramou seu sangue. Doou sua vida, nada guardou para si. Por isso mesmo, ele soube acolher o gesto inesperado de Maria que parecia transpor os limites do bom senso.

Aliás, se existe uma coisa que os apaixonados desconhecem, é exatamente o tal bom senso. As coisas ponderadas. Os passos calculados. A censura prévia. O amor mergulha, salta no escuro, se entrega. Amor sem medidas…

 

Mas todo gesto de amor tem consequências. Como bem registra o evangelista João, “toda a casa ficou cheia do perfume”. Sim, o amor irradia, se espalha, comunica. Mesmo depois que o convidado se retirasse, a casa permaneceria marcada pela fragrância do nardo. Uma casa vazia de amor acaba cheirando mal. Ao contrário, se o amor se põe a serviço, logo se percebe no ar.

De volta ao Evangelho, Jesus soube dar sentido pascal ao gesto de Maria: “É para o dia de meu sepultamento que ela guardou o perfume”. Logo a seguir, Jesus será preso, crucificado e morto. O amor de Maria já o preparou para o sepulcro…

 

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