11 de maio de 2020

5a Semana de Páscoa Segunda-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

SEGUNDA FEIRA – V SEMANA DA PÁSCOA

(Branco, ofício do dia)

Antífona da entrada

– Ressuscitou o bom pastor, que deu a vida por suas ovelhas e quis morrer pelo rebanho, aleluia!

Oração do dia

– Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 14,5-18

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, em Icônio, 5pagãos e judeus, tendo à frente seus chefes, estavam dispostos a ultrajar e apedrejar Paulo e Barnabé. 6Ao saberem disso, Paulo e Barnabé fugiram e foram para Listra e Derbe, cidades de Licaônia, e seus arredores. 7Aí começaram a anunciar o Evangelho. 8Em Listra, havia um homem paralítico das pernas, que era coxo de nascença e nunca fora capaz de andar. 9Ele escutava o discurso de Paulo. E este, fixando nele o olhar e notando que tinha fé para ser curado, 10disse em alta voz: “Levanta-te direito sobre os teus pés”. O homem deu um salto e começou a caminhar. 11Vendo o que Paulo acabara de fazer, a multidão exclamou em dialeto licaônico: “Os deuses desceram entre nós em forma de gente!” 12Chamavam a Barnabé Júpiter e a Paulo Mercúrio, porque era Paulo quem falava. 13Os sacerdotes de Júpiter, cujo templo ficava defronte à cidade, levaram à porta touros ornados de grinaldas e queriam, com a multidão, oferecer sacrifícios. 14Ao saberem disso, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as vestes e foram para o meio da multidão, gritando: 15“Homens, que estais fazendo? Nós também somos homens mortais como vós, e vos estamos anunciando que precisais deixar esses ídolos inúteis para vos converterdes ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe. 16Nas gerações passadas, Deus permitiu que todas as nações seguissem o próprio caminho. 17No entanto, ele não deixou de dar testemunho de si mesmo através de seus benefícios, mandando do céu chuvas e colheitas, dando alimento e alegrando vossos corações”. 18E assim falando, com muito custo, conseguiram que a multidão desistisse de lhes oferecer um sacrifício.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 115,1-2.3-4.15-16 (R: 1)

– Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.
R: Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.

– Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória, porque sois todo amor e verdade! Por que hão de dizer os pagãos: “Onde está o seu Deus, onde está?”

R: Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.

– É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas.

R: Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.

– Abençoados sejais do Senhor, do Senhor que criou céu e terra! Os céus são os céus do Senhor, mas a terra ele deu para os homens.

R: Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.
Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– O Espírito Santo, o paráclito, haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado, aleluia (Jo14,26).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 14,21-26

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santo Inácio de Láconi

- por Padre Alexandre Fernandes

Francisco Inácio Vincenzo Peis, o segundo de nove irmãos, nasceu na cidade de Láconi, Itália, no dia 17 de novembro de 1701. Seus pais eram muito pobres, mas ricos de virtudes humanas e cristãs, educando os filhos no fiel seguimento de Jesus Cristo.

Inácio, desde a infância, sentiu um forte chamado para a vida religiosa. Possuía dons especiais de profecia, de cura e um forte carisma. Costumava praticar severas penitências, mantendo seu espírito sereno e alegre, em estreita comunhão com Cristo.

Antes de completar os vinte anos de idade, ele adoeceu gravemente e por duas vezes quase morreu. Nessa ocasião, decidiu que seguiria os passos de São Francisco de Assis e se dedicaria aos pobres e doentes, se ficasse curado. E assim o fez. Foi para a cidade de Cagliari para viver entre os frades capuchinhos do Convento do Bom Caminho. Mas não pôde ser aceito, devido à sua frágil saúde. Depois de totalmente recuperado, em 1721, vestiu o hábito dos franciscanos.

Frei Inácio de Láconi, como era chamado, foi enviado para vários conventos e, após quinze anos, retornou ao Convento do Bom Caminho em Cagliari, onde permaneceu em definitivo. Ali, ficou encarregado da portaria, função que desempenhou até à morte. Tinha o verdadeiro espírito franciscano: exemplo vivo da pobreza, entretanto de absoluta disponibilidade aos pobres, aos desamparados, aos doentes físicos e aos doentes espirituais, ou seja, aos pecadores, muitos dos quais conseguiu recolocar no caminho cristão.

Santo Inácio de Láconi tinha o verdadeiro espírito franciscano: exemplo vivo da pobreza

Durante seus últimos cinco anos de vida, Inácio ficou completamente cego. Mesmo assim continuou cumprindo com rigor a vida comum com todos os regulamentos do convento. Morreu no dia 11 de maio de 1781. Depois da morte, a fama de sua santidade se fortaleceu com a relação dos milagres alcançados pela sua intercessão.

Frei Inácio de Láconi foi beatificado pelo Papa Pio XII em 1940 e depois canonizado por este mesmo Santo Padre em 1951. O dia designado para sua celebração litúrgica foi o de sua morte: 11 de maio.

Santo Inácio de Láconi, rogai por nós!

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Se alguém me ama… (Jo 14,21-26)

A prova real do amor é a obediência. Ao contrário daquilo que se afirma no mundo pagão, sedento de autoafirmação e soberba, quem ama obedece… Um filho que se sente amado não assumirá ares de rebeldia em relação aos pais. A mulher que se sente amada não terá arrepios ao ler o Apóstolo Paulo, que fala de submissão ao marido (cf. Ef 5,22-23). Muito ao contrário, os gestos e atitudes de obediência constituem uma espécie de resposta ao amor recebido. É o amor traduzido em entrega e abandono.

Em nossa vida espiritual, que pensar de alguém que afirma amar a Deus e, ao mesmo tempo, se rebela contra seus mandamentos, autênticas defensas que o Pai celeste nos deu para seguirmos com segurança na estrada da vida? Como avaliar que amamos a Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, repelir o ensinamento da Igreja, seu Corpo? Como conciliar as emocionadas declarações de amor com o sentimento íntimo de ser tolhido pelo Amado? Que amor é esse que chega a incomodar?

Fazendo um retiro espiritual no Foyer de Charité, em Mendes, RJ, veio-me a inspiração para este soneto, intitulado “OBEDECER”:

Obedecer… Deixar que sua Mão

            Aponte cada passo do caminho,

            Sem escolher a flor, fugir do espinho,

            Sem afastar as pedras do meu chão…

           

Obedecer… Queimar os meus navios

            E seguir arrastado pelos rios

            E remoinhos do querer de Deus…

 

E, assim, sem resistir ao seu transporte,

Deixar que Ele decida a minha morte,

Transfigurando em luz os erros meus…

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