11 de Setembro de 2021

23a semana comum Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – XXIII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa sentença; tratai o vosso servo segundo a vossa misericórdia (Sl 118,137.124).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Tm 1,15-17

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo a Timóteo: 15Caríssimo, segura e digna de ser acolhida por todos é esta palavra: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles! 16Por isso encontrei misericórdia, para que em mim, como primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza de seu coração; ele fez de mim um modelo de todos os que crerem nele para alcançar a vida eterna. 17Ao Rei dos séculos, ao único Deus, imortal e invisível, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 113,1-2.3-4.5a.6-7 (R: 2)

 

– Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!
R: Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!

– Louvai, louvai, ó servos do Senhor; louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!

R: Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!

– Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus.

R: Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!

– Quem pode comparar-se a nosso Deus, que se inclina para olhar o céu e a terra? Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho.

R: Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Quem me ama realmente, guardará minha Palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos! (Jo 14,23).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6,43-49

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas. 45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala o que transborda do coração 46Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo?  47Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48É semelhante a um homem que construiu uma casa: cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra a casa, mas não conseguiu der­rubá-la, porque estava bem construída. 49Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A torrente deu contra a casa, e ela imediatamente desabou; e foi grande a ruína dessa casa”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São João Gabriel Perboyre

- por Pe. Alexandre

João Gabriel Perboyre nasceu, em 5 de janeiro de 1802, em Mongesty (França), numa família de agricultores, numerosa e profundamente cristã. Era o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai. O menino, no entanto, era muito piedoso, demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim, aos quatorze anos, junto com dois de seus irmãos, Luís e Tiago, decidiu seguir o exemplo do seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote.

Ingressou na Congregação da missão fundada por São Vicente de Paulo para tornar-se um padre vicentino ou lazarista, como também são chamados os sacerdotes desta Ordem. João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos seminários vicentinos. Porém, seu desejo era ser um missionário na China, onde os vicentinos atuavam e onde, recentemente, Padre Clet fora martirizado.

Em 1832, seu irmão, Padre Luís foi designado para lá. Mas ele morreu em pleno mar, antes de chegar nas Missões na China. Foi assim que João Gabriel pediu para substituí-lo. Foi atendido e, três anos depois, em 1835, chegou em Macau, deixando assim registrado: “Eis-me aqui. Bendito o Senhor que me guiou e trouxe”.

Na Missão, aprendeu a disfarçar-se de chinês, porque a presença de estrangeiros era proibida por lei. Estudou o idioma e os costumes e seguiu para ser missionário nas dioceses Ho-Nan e Hou-Pé. Entretanto, foi denunciado e preso na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado a uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840.

Beatificado em 1889, João Gabriel Perboyre foi proclamado santo pelo Papa João Paulo II em 1996. Festejado no dia de sua morte, tornou-se o primeiro missionário da China a ser declarado santo pela Igreja.

São João Gabriel Perboyre, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O Senhor se inclina… (Sl 113 [112])

 

Na mitologia clássica, os deuses gregos e romanos habitavam as altitudes do Olimpo e – para empregar uma expressão nada acadêmica – “não estavam nem aí” para os reles mortais. As raras incursões de alguma divindade em nosso planeta apenas causavam confusão e terror.

 

Não é assim no mundo bíblico. O Senhor Yahweh – o Deus das Escrituras – toma a iniciativa de se revelar aos homens que havia criado. Dialoga com eles. Convoca Abrão para dar ao início a um povo “seu”: meu povo! Transmite a Moisés as tábuas da Lei. Fala pelos profetas. Quer ser um “Deus-conosco” …

 

Apenas uma experiência desta natureza justifica o versículo deste Salmo: “Quem é igual ao Senhor nosso Deus, que mora no alto e se inclina para olhar para os céus e para a terra?” Sim, o homem não precisa realizar o esforço atlético de olhar acima das nuvens, nem galgar os árduos degraus de uma escada celeste, como no antigo ícone do Oriente. É do próprio Senhor a iniciativa de se inclinar, rebaixando-se, e descer ao nível da criatura, tornando-se acessível e imanente.

 

Natural, o salmista não podia imaginar, na meia-luz da Primeira Aliança, que esta “inclinação” divina chegaria ao extremo de nos enviar seu próprio Filho. Encarnado, nascido de Mulher, viria a nós o Verbo eterno, despido da glória que cegava os anjos, para se abandonar às mãos humanas e permitir o mais íntimo e próximo contato. Cumpria-se a profecia do Emanuel…

 

Em comentário a este Salmo, Santo Agostinho interroga seus ouvintes: “Nas alturas em que habita, o Senhor também vê as coisas humildes?” Deus se interessa por nossa miserável condição? E ele mesmo responde: “O Senhor não somente os ergue do estrume para os colocar entre os príncipes de seu povo, mas ainda ‘faz habitar a estéril em casa, mãe e feliz com seus filhos’, ele que habita nas alturas e vê o que é humilde no céu e na terra, a descendência de Abraão como as estrelas do céu…”

 

Movidos pelo verbo “inclinar”, como não mentalizar a imagem da mãe que se debruça sobre o leito de seu pequeno filho? Após reclinar o bebê em seu berço, a mãe se inclina para beijá-lo. É o retrato acabado de uma relação íntima e amorosa.

 

Daqui em diante, ninguém se espante com os versos iniciais do “Cântico dos Cânticos”, aplicados pelos Padres da Igreja à relação entre a alma e seu Deus: “Que ele me beije com os beijos de sua boca”. (Ct 1,1)

 

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.