12 de Agosto de 2019

19ª semana comum Segunda-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

SEGUNDA FEIRA – XIX SEMANA DO TEMPO COMUM

(Verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Considerai, Senhor, vossa aliança, e não abandoneis para sempre o vosso povo. Lembrai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Dt 10,12-22

– Leitura do livro do Deuteronômio: Moisés falou ao povo dizendo: 12“E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e sirvas ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, 13e que guardes os mandamentos e preceitos do Senhor, que hoje te prescrevo para que sejas feliz. 14Vê: é ao Senhor teu Deus que pertencem os céus, o mais alto dos céus, a terra e tudo o que nela existe. 15No entanto, foi a teus pais que o Senhor se afeiçoou e amou; e, depois deles, foi à sua descendência, isto é, a vós, que ele escolheu entre todos os povos, como hoje está provado. 16Abri, pois, o vosso coração, e não endureçais mais vossa cerviz, 17porque o vosso Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas nem aceita suborno. 18Ele faz justiça ao órfão e à viúva, ama o estrangeiro e lhe dá alimento e roupa. 19Portanto, amai os estrangeiros, porque vós também fostes estrangeiros na terra do Egito. 20Temerás o Senhor teu Deus e só a ele servirás; a ele te apegarás e jurarás por seu nome. 21Ele é o teu louvor, ele é o teu Deus, que fez por ti essas coisas grandes e terríveis que viste com teus próprios olhos. 22Ao descerem para o Egito, teus pais eram apenas setenta pessoas, e agora o Senhor teu Deus te fez tão numeroso quanto as estrelas do céu”.

 

– Palavra do Senhor.

Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 147b,12-13.14-15.19-20 (R: 12a)

 

– Glorifica o Senhor, Jerusalém!
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.

R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz.

R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, e nenhum outro revelou os seus preceitos.

R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!
 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 17,22-27

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?” 25Pedro respondeu; “Sim, pa­ga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santa Joana Francisca de Chantal

- por Padre Alexandre Fernandes

Santa Joana Francisca de Chantal, seguindo o exemplo de Maria, fez um grande bem à sociedade

Neste dia queremos lembrar a vida da santa Joana Francisca de Chantal, modelo de jovem, mãe, irmã e, por fim, de religiosa. Nasceu em Dijon, centro da França, em 1572 e foi pelas provações modelada até a santidade.

A mãe tão amada faleceu quando Joana era criança; o pai, homem de caráter exemplar, era presidente da câmara dos vereadores e por causa de maquinações políticas chegou a sofrer pobreza e muitas humilhações. Joana, que recebeu da família a riqueza da fé, deu com 5 anos um exemplo marcante quanto a presença de Jesus no Santíssimo Sacramente, pois falou a um calvinista que questionava o pai: “O Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse. Se pretendeis não aceitar o que Ele falou, fazeis dele um mentiroso”.

Santa Joana Francisca com 20 anos casou-se com um Barão (Barão de Chantal), tiveram quatro filhos, e juntos começaram a educar os filhos, principalmente com o exemplo. Joana era sempre humilde, caridosa para com o esposo, filhos e empregados; amava e muito amada.

Tristemente perdeu seu esposo que foi vítima de um tiro durante uma caça e somente com a graça de Deus conseguiu perdoar os causadores, e corajosamente educar os filhos. Como santa viúva, Joana conheceu o Bispo Francisco de Sales que a assumiu em direção espiritual e encontrou na santa a pessoa ideal para a fundação de uma Ordem religiosa. Isto no ano de 1604. A partir disso, começou e se desenvolveu uma das mais belas amizades que se têm conhecido entre os santos da Igreja.

Santa Joana Francisca de Chantal, já com os filhos educados, encontrou resistência dos seus familiares, porém, diante do chamado de Cristo, tornou-se fundadora das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora. Seguindo o exemplo de Maria, a santa de hoje com suas irmãs fizeram um grande bem à sociedade e à toda Igreja. A longa vida religiosa da Senhora de Chantal foi cheia de trabalhos, sofrimentos e consolações. Faleceu em Moulins, no ano de 1641. Nessa época, já existiam na França noventa casas da sua Ordem.

São Francisco de Sales nunca abandonou a filha espiritual; sobreviveu-lhe ela dezenove anos e repousa a seu lado na capela da Visitação, em Annecy (local da fundação da primeira casa da Ordem das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora).

No dia 12 de agosto de 1767, santa Joana Francisca de Chantal, foi canonizada para ser venerada como modelo de perfeição evangélica em todos os estados de vida.

Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!

 

FONTE: Canção Nova

 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

O imposto do Templo… (Mt 17,22-27)

 

            Curiosa passagem do Evangelho que os outros dois sinóticos – Marcos e Lucas – não registram, talvez por não lhe darem maior importância. São Mateus, porém, um publicano, ex-cobrador de impostos, achou por bem incluí-la.

            De fato, desde Moisés, os israelitas eram instados a pagar um imposto – a taxa do incenso – no pequeno valor de cinco gramas de prata, ou meio siclo. A importância devia ser aplicada na manutenção dos serviços do Templo, mas tinham acima de tudo um valor simbólico, como se lê no Livro do Êxodo (30,16b): “Servirá para os israelitas para serem lembrados diante do Senhor e como resgate de vossas vidas”.

 

            Quando Jesus dialoga com Pedro e lhe pergunta quem deveria pagar impostos, os cidadãos ou os “outros”, a palavra grega do original – allótrios – não designa propriamente os “estrangeiros” (aliás, pagar os dízimos e os impostos eram um “direito” do israelita, proibido ao escravo e ao estrangeiro), mas tem o sentido de “outro”, “diferente”. Já no Império Romano, os patrícios não pagavam impostos, mas apenas as outras nações dominadas por Roma.

 

            De qualquer modo, essas taxas judaicas estavam incluídas no lado formal do culto prestado a Deus. Enquanto Filho de Deus, o próprio Jesus estava, pois, dispensado de pagá-las. Mas não quis eximir-se delas e, mesmo na soberana liberdade de um Filho, prefere submeter-se aos deveres do comum dos mortais.

 

            No entanto, a forma como Jesus “produz” os fundos necessários para pagar o imposto supera decididamente os limites humanos. Manda que Pedro vá pescar um peixe no Lago de Genesaré e, sob a língua do peixe, iria encontrar a moeda – um estáter, no valor de duas didracmas.

 

            Hébert Roux comenta: “Ao pagar esse imposto, Jesus afirma sua submissão à Lei”. Aliás, ele que se apresenta como o Senhor do sábado, como “maior que o Templo”, nem por isso deixa de ter ‘nascido sob a Lei’ (cf. Gl 4,5). Ademais, sua submissão é voluntária. Sua conversa com Pedro deixa entender claramente que ele, o Filho de Deus, e eles, os filhos do Reino, poderiam considerar-se dispensados em relação à Lei. Jesus poderia invocar sua filiação divina para se dispensar de um costume tornado caduco por sua própria Vinda.

 

            Entretanto, ‘para não escandalizar’ os israelitas, aqueles filhos que estão prontos a desprezar a herança de seu Pai, ao rejeitarem a graça, Jesus ordena a Pedro que pague o imposto. “Só que, através de um milagre, mais uma vez Jesus se revela como o Senhor a quem pertencem todas as coisas, e a quem elas estão submissas.”

 

            É pena que, para nós, católicos, o dízimo seja apresentado como um “dever”, deixando de lado o fato de que o dízimo é um “direito” exclusivo dos membros do Corpo de Cristo…

 

Orai sem cessar: “Oferece a Deus um sacrifício de louvor!” (Sl 50,14)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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