12 de Julho de 2020

15a Semana Comum Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – XV SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – III semana do saltério)

 

Antífona da entrada

– Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando manifestar a vossa glória. (Sl 1615)

 

Oração do dia

– Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 55,10-11

– Leitura do livro do profeta Isaías: Isto diz o Senhor: 10“Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 65,10.11.12.13.14 (R: Lc 8,8)

 

– A semente caiu em terra boa e deu fruto.
R: A semente caiu em terra boa e deu fruto.

– Visitais a nossa terra com as chuvas, e transborda de fartura. Rios de Deus que vêm do céu derramam águas, e preparais o nosso trigo.

R: A semente caiu em terra boa e deu fruto.

– É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras.

R: A semente caiu em terra boa e deu fruto.

– O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos; transborda a fartura onde passais, brotam pastos no deserto.

R: A semente caiu em terra boa e deu fruto.

– As colinas se enfeitam de alegria, e os campos, de rebanhos; nossos vales se revestem de trigais: tudo canta de alegria!

R: A semente caiu em terra boa e deu fruto.

 

2ª Leitura: Rm 8,18-23

– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos: 18Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus.
22Com efeito, sabemos que toda a criação, até ao tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– Semente é de Deus a Palavra, o Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou! (Lc 8,11).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13,1-23

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

1Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. 2Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso, Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. 3E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu para semear. 4Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram.  5Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. 6Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.  7Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. 8Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 9Quem tem ouvidos, ouça!”10Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que falas ao povo em parábolas?” 11Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. 12Pois à pessoa que tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será tirado até o pouco que tem.  13É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutam, nem compreendem. 14Desse modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. 15Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’.16Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram. 18Ouvi, portanto, a parábola do semeador: 19Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. 20A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; 21mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento; quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. 22A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto. 23A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São João Gualberto

- por Pe. Alexandre

Com muita alegria nos deparamos com a santidade de vida de São João Gualberto, que pertenceu a uma nobre família de Florença, a qual muito bem o educou na cultura, porém, deixou falhas no essencial, ou seja, na vida religiosa. Por isso, facilmente, ele foi se entregando às liberdades perigosas e às vaidades do mundo.

Aconteceu que, com o assassinato do seu irmão, João Gualberto – como o pai – revoltou-se a ponto de jurar o causador de morte; mas um certo dia, numa estreita estrada, Gualberto encontrou-se com o assassino desarmado, por isso arrancou sua espada para vingar o irmão, quando de repente a súplica: “Por amor de Jesus que neste dia morreu por nós, tem piedade de mim, não me mates!”.

Era uma Sexta-feira Santa, e assim, tocado pela misericórdia de Deus, João Gualberto não só acolheu o malvado com seu perdão, mas também ao entrar numa igreja, recebeu aos pés do Crucificado a graça do perdão e a vida nova.

No processo de conversão de São João Gualberto, Deus o encaminhou à vida religiosa, à vida eremítica e depois à fundação de uma nova Ordem, chamada de Vallombrosa, na qual São João Gualberto tornou-se pai do monges e modelo, já que, antes de entrar na Vida Eterna em 1073, com 73 anos partilhou para os irmãos: “Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado”.

São João Gualberto, rogai por nós!

 

Meditação

- por Pe. Alexandre

Saiu o semeador… (Mt 13, 1-23)

 

Nesta parábola – a primeira de uma série de parábolas a respeito do Reino de Deus – Jesus usa uma bela imagem para mostrar como a Palavra de Deus age em nossa vida. Uma semente que cai sobre diversos tipos de terreno, com diferentes resultados.

Uma vez, ouvi um pregador que comparou os quatro terrenos a quatro figuras do Evangelho. Judas Iscariotes seria a terra de onde os demônios (aves do céu, na parábola) arrebatam a boa semente. Simão Pedro encarnaria a terra pedregosa onde a semente chega a brotar, mas não tem raízes firmes para enfrentar a hora da provação. O jovem rico serviria de exemplo para a terra cujos espinhos (preocupações mundanas e fascínio das riquezas) acabam por sufocar a semente que brotou. Enfim, a Virgem Maria é a “terra boa” que acolhe a Palavra, dando abundante fruto.

 

Quanto a nós, evangelizadores, não nos basta acolher a Palavra; temos o compromisso de tomar parte no trabalho de semear. Os desesperados se calam. E é a esperança que nos impele ao anúncio. Se nos calamos, toda uma seara deixa de existir.

Medite em meu soneto Semeadura”:

 

Sopra o vento violento e da paineira

Arranca os flocos cândidos de paina

Que revoam na bruma da bocaina

E se dispersam logo na ladeira.

 

Sopra o vento veloz a tarde inteira,

Sem se cansar jamais de sua faina,

Até que chega a noite e o vento amaina,

Mudado em brisa tépida e ligeira.

 

Vem a chuva molhar a madrugada,

Fecundando a semente semeada,

Assim como do céu vinha o maná…

 

Assim semearemos o Evangelho:

Sementes novas para um mundo velho,

Na esperança da Vida que virá…

 

Você esconderia em seu coração a semente de amor que Deus aí semeou?

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