12 de Maio de 2019
4ª Semana da Páscoa - Domingo
- por Padre Alexandre Fernandes
DOMINGO – IV SEMANA DA PÁSCOA
(Branco,glória, creio, IV semana do saltério)
Antífona da entrada
– A terra está repleta do amor de Deus; por sua palavra foram feitos os céus, aleluia! (Sl 32,5).
Oração do dia
– Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do pastor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: At 13,14.43-52
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, Paulo e Barnabé 14partindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia. E, entrando na sinagoga em dia de sábado, sentaram-se. 43Muitos judeus e pessoas piedosas convertidas ao judaísmo seguiram Paulo e Barnabé. Conversando com eles, os dois insistiam para que continuassem fiéis à graça de Deus. 44No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra de Deus. 45Ao verem aquela multidão, os judeus ficaram cheios de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia. 46Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que vamos dirigir-nos aos pagãos. 47Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra’”. 48Os pagãos ficaram muito contentes, quando ouviram isso, e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna, abraçaram a fé. 9Desse modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região. 50Mas os judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território. 51Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. 52Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 100,2.3.5 (R: 3ac)
– Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
R: Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
– Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!
R: Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
– Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
R: Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
– Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente.
R: Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
2ª Leitura: Ap 7,9.14b-17
– Livro do Apocalipse de são João: Eu, João, 9vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. 14bEntão um dos anciãos me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro. 15Por isso, estão diante do trono de Deus e lhe prestam culto, dia e noite, no seu templo. E aquele que está sentado no trono os abrigará na sua tenda. 16Nunca mais terão fome nem sede. Nem os molestará o sol, nem algum calor ardente. 17Porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água da vida. E Deus enxugará as lágrimas de seus olhos”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu sou o bom pastor, diz o Senhor; eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem (Jo 10,14).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 10,27-30
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus: 27“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. 29Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. 30Eu e o Pai somos um”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Pancrácio
- por Padre Alexandre Fernandes
As catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio.
Pancrácio nasceu na cidade de Roma, filho de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda muito criança foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu retiro o papa Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e profunda fé.
Mas como a perseguição de Diocleciano não dava tréguas a nenhum cristão, Pancrácio, então com catorze anos de idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri.
O tio foi imediatamente morto. Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a morte, pois a levaria direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou logo decapitá-lo. Era o dia 12 de maio de 304.
O seu túmulo se encontra numa das estradas mais famosas de Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde, no século VI, o papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem, existente atualmente.
Há muitas outras igrejas em louvor a são Pancrácio na Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. A ele também foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por são Gregório Magno, e o de Londres, fundado por santo Agostinho de Canterbury.
A fama de santidade de são Pancrácio se espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos enfermos na Itália, padroeiro dos trabalhadores na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação Católica na América Latina.
FONTE: DERRADEIRAS GRAÇAS
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
Ninguém vai arrancá-las da minha mão! (Jo 10,27-30)
Esta afirmativa de Jesus deve ser nosso consolo, nossa segurança inabalável: estamos em boas mãos. Não somos um rebanho abandonado no deserto, inermes diante do lobo e do assaltante. Existe, porém, uma condição: ouvir a voz do Pastor…
Dou a palavra ao monge beneditino François Trévedy, que comenta esta passagem do Evangelho:
“As ovelhas escutam a minha voz”. Elas ‘seguem’ a minha voz. Vale dizer que elas caminham de orelha em pé, ouvindo-se mutuamente (que atenção!) para caminharem juntas diante da voz comum, da qual a voz do Pastor é de algum modo o redil.
Elas estão na mão (a mão não é uma prisão, mas um ninho a céu aberto). Elas estão na mão da mesma voz (a mão e a voz são do mesmo estado, do mesmo estágio). Elas estão na mão do Filho e logo se encontram na ‘mão do Pai’, pois também o Pai e o Filho se dão as mãos, passam as ovelhas de mão a mão.
‘Elas eram tuas’ – diz o Filho – ‘e tu as deste a mim’. E as ovelhas, todas juntas, formam o rebanho guiado por sua mão, ou, para seguir o Salmo invitatório mais ao pé da letra, ‘o rebanho de sua mão’.
Elas caminham, elas vão adiante, veem a região ao longe. Elas têm olhos para ver a mão que as guia e para ver a região aonde as conduz a mão. O país, a pátria, o Pai. A distância onde se juntam a mão que mostra e aquele que é mostrado, pois, diz a Voz – a própria Mão – ‘o Pai e eu somos um’.
Vamos resumir: o ouvido, a voz, as mãos, os pés, os olhos – tudo isto caminha em conjunto, tudo se harmoniza. “Tudo isto junto compõe a anatomia ou, antes, o organismo, o corpo vivo do homem que canta, o Corpo inteiro que canta como um só Homem novo.”
Como não ver em tudo isto a imagem da Igreja? Do Corpo de Cristo que nele mesmo tem sua existência e sua subsistência? Como não ficar sereno e tranquilo diante das tempestades da história, quando sabemos que “nidificamos” no côncavo das mãos de Deus?
A leitura da vida dos santos – os de ontem e os de hoje – nos mostra o itinerário de homens e mulheres que realizaram tarefas aparentemente impossíveis, no meio de perseguições e calúnias, pois sabiam ouvir a Voz…
Orai sem cessar: “É a voz do meu amado!” (Ct 2,8)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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