13 de Agosto de 2022

19a Semana do Tempo Comum - Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – XIX SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Considerai, Senhor, vossa aliança, e não abandoneis para sempre o vosso povo. Lembrai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ex 18,1-10.13b.30-32

 

– Leitura da profecia de Eze­quiel: 1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Que provérbio é esse que andais repetindo em Israel: ‘Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos ficaram embotados? ’ 3Juro por minha vida — oráculo do Senhor Deus —, já não haverá quem repita esse provérbio em Israel. 4Todas as vidas me pertencem. Tanto a vida do pai como a vida do filho são minhas. Aquele que pecar é que deve morrer. 5Se um homem é justo e pratica o direito e a justiça, 6não participa de refeições rituais sobre os montes, não levanta os olhos para os ídolos da casa de Israel, não desonra a mulher do próximo, nem se aproxima da mulher menstruada; 7se não oprime ninguém, devolve o penhor devido, não pratica roubos, dá alimento ao faminto e cobre de vestes o que está nu; 8se não empresta com usura, nem cobra juros, afasta sua mão da injustiça, e julga imparcialmente entre homem e mulher; 9se vive conforme as minhas leis e guarda os meus preceitos, praticando-os fielmente, tal homem é justo e, com certeza, viverá — oráculo do Senhor Deus. 10Mas, se tiver um filho violento e assassino, que pratica uma dessas ações, 13porque fez todas essas coisas abomináveis, com certeza, morrerá; ele é responsável pela sua própria morte. 30Pois bem, vou julgar cada um de vós, ó casa de Israel, segundo a sua conduta — oráculo do Senhor Deus. Arrependei-vos, convertei-vos de todas as vossas transgressões, a fim de não terdes ocasião de cair em pecado. 31Afastai-vos de todos os pecados que praticais. Criai para vós um coração novo e um espírito novo. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel? 32Pois eu não sinto prazer na morte de ninguém — oráculo do Senhor Deus. Convertei-vos e vivereis! ”

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 51,12-15.18-19 (R: 12a)

 

– Ó Senhor, criai em mim um coração que seja puro!
R: Ó Senhor, criai em mim um coração que seja puro!

– Criai em mim, um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

R: Ó Senhor, criai em mim um coração que seja puro!

– Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.

R: Ó Senhor, criai em mim um coração que seja puro!

– Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!

R: Ó Senhor, criai em mim um coração que seja puro!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores (Mt 11,25).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 19,13-15

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 13levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam. 14Então Jesus disse: “Deixai vir a mim as criançinhas, porque delas é o Reino dos Céus”. 15E depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santa Dulce dos Pobres

- por Pe. Alexandre

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, filha de Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes, nasceu no dia 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador (BA).

Ao tornar-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, passou a ser chamada de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe. Irmã Dulce era popularmente conhecida como o “Anjo bom da Bahia”.

Determinada e com uma fé inabalável, consagrou sua vida a Deus servindo aos mais necessitados. Irmã Dulce andava pelas ruas do centro de Salvador em busca de doações para aqueles que não tinham dignidade e direitos reconhecidos. No ano de 1949, Irmã Dulce improvisou, no galinheiro do convento, um abrigo para acolher os doentes  que eram resgatados por ela nas ruas de Salvador.

No ano de 1959, um terreno foi doado para a construção do Albergue Santo Antônio. Anos mais tarde, ao lado do albergue, foi fundado o Hospital Santo Antônio, coração das Obras Sociais de Irmã Dulce.

Sofrendo com problemas respiratórios, Irmã Dulce foi internada no dia 11 de novembro de 1990. Deixando-nos grandes lições de vida como a humildade, a caridade, o serviço, a solidariedade e a partilha, motivada pela fé em Cristo e animada por uma vida intensa de oração, faleceu no dia 13 de março de 1992, em sua casa, no Convento Santo Antônio.

Sua beatificação foi realizada no dia 22 de maio de 2011. A celebração reuniu mais de 70 mil fiéis para a coroação da primeira beata nascida na Bahia. A freira passou a se chamar “Bem-Aventurada Dulce dos Pobres”, tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa litúrgica.

No dia 13 de outubro de 2019, em uma cerimônia presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, Irmã Dulce foi proclamada “Santa Dulce dos Pobres”, tornando-se a primeira santa brasileira.

Santa Dulce dos Pobres, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Não as impeçais! (Mt 19,13-15)

 

A cena é banal, à primeira vista: um rápido instantâneo do cotidiano gravado em apenas três versículos. As mães levam seus pequenos até Jesus para receberem sua bênção. Os discípulos tentam enxotar as crianças. E o Mestre reage com um imperativo: “Não as impeçais!”

 

Bem intencionados, os discípulos? Talvez. O Mestre podia estar cansado. Aliás, estava de saída (cf. v. 15). Mesmo assim, a “bronca” permanece. Jesus quer as crianças junto de si. Ele ama os pequeninos.

 

Sim, todos sabem: criança faz barulho, criança dá trabalho, criança “enche” … Não é à toa que os casais fazem tudo para “evitá-las”. Não é estranho? Há uma lista de coisas a serem evitadas: evitar doenças, evitar acidentes, evitar… filhos?!

 

Pois Jesus ama as crianças. Ele está dizendo que não se deve impedir que elas se aproximem dele. E a advertência vale para os pais, os educadores e os poderosos que traçam as políticas do ensino. O regime soviético fez de tudo para desviar as crianças do caminho da fé. Chegaram a retirar água benta das pequenas pias que ficavam na entrada das igrejas e, com o microscópio, mostravam aos pequenos a presença de bactérias. As mesmas que se encontram em todo tipo de água. O objetivo era afastá-las da religião, mesmo à custa de trapaças!

 

Eis o ensinamento de João Paulo II, na Encíclica Familiaris Consortio:

 

“Na família, comunidade de pessoas, deve reservar-se uma especial atenção à criança, desenvolvendo uma estima profunda pela sua dignidade pessoal, como também grande respeito e generoso serviço pelos seus direitos. Isto vale para cada criança, mas adquire uma urgência singular quanto mais for a criança pequena e desprovida, doente, sofredora ou diminuída.

 

Solicitando e vivendo um cuidado terno e forte por toda criança que vem a este mundo, a Igreja cumpre uma sua missão fundamental: revelar e repetir na história o exemplo e o mandamento de Cristo, que quis pôr a criança em destaque no Reino de Deus: ‘Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, pois deles é o reino de Deus’. (Mt 19,14)

 

O acolhimento, o amor, a estima, o serviço múltiplo e unitário – material, afetivo, educativo, espiritual – a cada criança que vem a este mundo deverão constituir sempre uma nota distintiva irrenunciável dos cristãos, em particular das famílias cristãs.” (FC, 26)

 

A História registra que, em todas as épocas, nenhuma instituição dedicou mais esforços materiais e pessoais à criança do que a Igreja de Jesus. Numerosas congregações foram criadas exatamente para acompanhar as crianças, dando a estas a formação humana, moral e espiritual que as próprias famílias não estavam em condição de lhes proporcionar.

 

E uma das raras maldições de Jesus foi dirigida para quem escandaliza “um destes pequeninos” (cf. Mc 9,42).

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