13 de Dezembro de 2022

3a Semana do Advento ano A. Terça-feira

- por Pe. Alexandre

TERCA FEIRA – SANTA LUZIA, VIRGEM E MÁRTIR.

(vermelho, pref. do Advento I ou dos santos – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Vem, esposa de Cristo, receber a coroa que o Senhor te preparou para a eternidade.

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que a intercessão da gloriosa virgem santa Luzia reanime o nosso fervor, para que possamos hoje celebrar o seu martírio e contemplar, um dia, a sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Sf 3,1-2.9-13

 

– Leitura da profecia de Sofonias: Assim fala o Senhor: 1Ai de ti, rebelde e desonrada, cidade desumana. 2Ela não prestou ouvidos ao apelo, não aceitou a correção; não teve confiança no Senhor, nem se aproximou de seu Deus. 9Darei aos povos, nesse tempo, lábios purificados, para que todos invoquem o nome do Senhor e lhe prestem culto em união de esforços. 10Desde além-rios da Etiópia, os que me adoram, os dispersos do meu povo, me trarão suas oferendas. 11Naquele dia, não terás de envergonhar-te por causa de todas as tuas obras com que prevaricaste contra mim; pois eu afastarei do teu meio
teus fanfarrões arrogantes, e não continuarás a fazer de meu santo monte
motivo de tuas vanglórias. 12E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres’. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. 13Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará.

 

– Palavra do Senhor.

 Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 34,2-3.6-7.17-19.23 (R: 7a)

 

– Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

– Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

– Mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta.
R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

– Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido.
Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, e castigado não será quem nele espera.

R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Vinde ó Senhor, não tardeis mais; fazei o povo acabar com os seus crimes.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 21,28-32

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: 28Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: `Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: `Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa.
Este respondeu: `Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?’ Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: ‘O primeiro.’ Então Jesus lhes disse: ‘Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso,
não vos arrependestes para crer nele.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santa Luzia

- por Pe. Alexandre

O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a “janela da alma”, canal de luz.

Ela nasceu em Siracusa, na Itália, no fim do século III. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um jovem de distinta família, porém, pagão.

Ao pedir um tempo para o discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia inspiradamente propôs à mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, em Catânia, e que a cura da grave doença seria a confirmação do “não” para o casamento.

Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras e, assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimentos pelos quais passaria, assim como Santa Águeda.

Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses nem quebrar o seu santo voto, ela teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar. Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é muitas vezes representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes diante dela, até que por fim a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no dia 13 dezembro de 304.

Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus – Luz do Mundo – até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.

Santa Luzia, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

 

Não quero… (Mt 21,28-32)

 

Grande mistério é a liberdade humana! Quando o Gênesis anota que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, fica subentendido que a criatura foi dotada de liberdade. Um Deus infinitamente livre não criaria escravos nem robôs… Mesmo correndo o risco de ser rejeitado por sua criatura…

 

É exatamente esta liberdade, a capacidade de escolha, que traça a linha divisória entre a pessoa humana e os demais seres regidos por determinismos, desde os minerais submetidos às leis da física até os animais dominados por instintos. Em suma, ser humano é ser capaz do sim e do não.

 

Na parábola deste Evangelho, dois filhos são convocados pelo pai a trabalharem na colheita da uva. O primeiro se nega: “Não quero! ” Depois, porém, repensou e acabou assumindo a tarefa. Qual teria sido a motivação de sua mudança? Medo de algum castigo ou represália? Preocupação com a própria imagem diante dos outros? Ou seria por amor ao pai?

 

O fato é que ele refletiu, avaliou que sua negativa não era a resposta adequada e decidiu mudar de atitude. É isto que podemos chamar de “conversão”. Depois de passar pelo erro, por escolhas de qualidade inferior – por pecados, diz a moral cristã – o filho age como filho. E obedece…

 

Este filho é a imagem de muitos pecadores do tempo de Jesus, na figura de “publicanos e prostitutas”, isto é, pessoas que viviam à margem da Lei mosaica, mas acabaram por fazer um ato de fé e aderir a Jesus Cristo.

 

Sim, há um segundo filho: o que disse “sim, senhor”, mas não foi. Este outro encarna a figura das lideranças religiosas daquele tempo – anciãos e sacerdotes -, que pareciam fiéis e obedientes a Deus, mas se recusaram a acolher o Messias enviado por Deus. Diziam sim, mas viviam não…

 

Um olhar atento logo saberá associar a liberdade e o amor. Para um filho, a obediência não é pesada quando ele se sente amado pelos pais. Ao dizer sim, o filho responde ao amor com amor. Pelo mesmo motivo, na cerimônia do casamento, quando os noivos celebram uma união para a vida, bem no centro do sacramento encontra-se um “sim”, sem o qual a união seria nula pela raiz. O amor humano é o mais elevado exercício da liberdade.

 

            Já dissemos não tantas vezes! Por que não mudar de vida?

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