13 de Janeiro de 2020

1a Semana Comum - Segunda-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

SEGUNDA FEIRA   I SEMANA COMUM

(verde, ofício do dia da I semana)

 

Antífona da entrada

 

– Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo o poder é eterno.

 

Oração do dia

– Ó Deus, atendei como o Pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Sm 1,1-8

 

– Leitura do primeiro livro de Samuel: 1Havia um homem sufita, oriundo de Ramá, no monte Efraim, que se chamava Elcana, filho de Jeroam, filho de Eliú, filho de Tou, filho de Suf, efraimita; 2Elcana tinha duas mulheres; uma chamava-se Ana e a outra Fenena. Fenena tinha filhos; Ana, porém, não tinha. 3Todos os anos, esse homem subia da sua cidade para adorar e oferecer sacrifícios ao Senhor Todo-poderoso, em Silo. Os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias, eram sacerdotes do Senhor naquele santuário. 4Quando oferecia sacrifício, Elcana dava à sua mulher Fenena e a todos os seus filhos e filhas as porções que lhes cabiam.5A Ana, embora a amasse, dava apenas uma porção escolhida, pois o Senhor a tinha deixado estéril. 6Sua rival também a magoava e atormentava, humilhando-a pelo fato de o Senhor a ter tornado estéril. 7E isso acontecia todos os anos. Sempre que subiam à casa do Senhor, ela a provocava do mesmo modo. E Ana chorava e não comia. 8Então, Elcana, seu marido, lhe disse: “Ana, por que estás chorando e não te alimentas? E por que se aflige o teu coração? Acaso não sou eu melhor para ti do que dez filhos”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 116,12-13.14.17.18.19 (R: 17a)

 

– Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.

R: Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor

 

– Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

R: Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor

 

– Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido. Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor.

R: Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor

 

– Vou cumprir minhas promessas ao Senhor, na presença de seu povo reunido; nos átrios da casa do Senhor, em teu meio, ó cidade de Sião!

R: Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 – Convertei-vos e crede no evangelho, pois o reino de Deus está chegando! (Mc 1,15).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 1,14-20

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

– Glória a vós, Senhor!  

14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos, e crede no Evangelho!” 16E, passando à beira do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. 18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. 19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santo Hilário de Poitiers

- por Padre Alexandre Fernandes

Santo Hilário de Poitiers, mesmo exilado não deixou de evangelizar

Um dos santos padres da Igreja de Cristo, ele nasceu no ano de 315, em Poitiers, na França. Buscava a felicidade; mas sua família, pagã, vivia segundo a filosofia hedonista, ligada ao povo grego-romano; ou seja, felicidade como sinônimo de prazeres, com puro bem-estar. Então, aquele jovem dado aos estudos, se perguntava quanto ao fim último do ser humano; não podia acabar tudo ali com a morte; foi perseguindo a verdade.

O Espírito Santo foi agindo até ele conhecer as Sagradas Escrituras. O Antigo Testamento o levou proclamar o Deus uno, que merece toda a adoração. Passando para o Novo Testamento, Santo Hilário foi evangelizado e, numa busca constante, ele se viu necessitado do santo batismo, entrar para Igreja de Cristo e se fazer membro deste Corpo Místico. Em 345, foi batizado. Não demorou muito já era sacerdote e, depois, ordenado bispo para o povo de Poitiers.

Ele sofria com as heresias do arianismo. Santo Hilário, pela sua pregação e seus escritos, foi chamado “O Atanásio do Ocidente”, porque ele combateu o Arianismo do Oriente. No tempo em que o imperador Constâncio começou a apoiar esta heresia, Santo Hilário não teve medo das autoridades. Se era para o bem do povo, ele anunciava com ousadia até ser exilado, mas não deixou de evangelizar nem mesmo na cadeia. Por conselho, o próprio imperador o assumiu de volta em 360, porque os conselheiros sabiam da grande influência desse santo bispo que não ficava apenas em Poitiers, mas percorria toda a França.

Ele voltou, convocou um Concílio em Paris, participou de tantos outros conselhos no ocidente, mas sempre defendendo essa verdade que é Jesus Cristo, verdadeiro Deus, verdadeiro homem.

Santo Hilário de Poitiers foi se consumindo por essa verdade. Pelos seus escritos que chegam até o tempo de hoje, percebe-se este amor por Jesus Cristo. Não só numa busca pessoal, mas de promover a salvação dos outros. No século IV, ele partiu para a glória.

Santo Hilário de Poitiers, rogai por nós!

 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Crede no Evangelho! (Mc 1,14-20)

 

            Uma pregação muito simples. Um discurso sóbrio, reduzido ao essencial: fazer penitência, crer no Evangelho. E que será isso: crer no Evangelho?

 

            Se o Evangelho é uma Boa Notícia – o anúncio de que a salvação está ao nosso alcance e o Salvador está no meio de nós -, o primeiro passo da fé é aderir a Jesus Salvador.

 

            Certamente, esta adesão trará exigências e rupturas, como deixar o lago das pescarias, a barca da família e… o velho pai Zebedeu. Os mercenários ficarão (cf. Mc 1,20). Os crentes partirão…

 

            Crer no Evangelho é aceitar a simplicidade dos pobres, que tudo esperam de um Pai providente, o mesmo que alimenta os pardais e reveste de ouro os lírios do campo.

 

            Crer no Evangelho é abrir mão do troco e da vingança, estendendo a mão sem rancores ao inimigo de ontem (que, talvez, venha a ser também o inimigo de amanhã).

 

            Crer no Evangelho é trocar o conforto e as sedas dos palácios pela poeira das estradas e a multidão suada das praças, pois é ali que se encontram os preferidos de Deus.

 

            Crer no Evangelho é acolher a bem-aventurança lançada sobre os perseguidos e caluniados “por causa da justiça”, e alegrar-se com os insultos e as mentiras dos adversários.

 

            Crer no Evangelho é erguer bem alto a lâmpada que Deus acendeu em nossas vidas, mesmo sabendo que seremos apedrejados e, do canto mais escuro, alguém estará gritando: “Apaga! Apaga!”

 

            Crer no Evangelho é repetir a Palavra ouvida, conservando os pingos dos iii e dos jjj, ainda que isto signifique ser contra o aborto legal e a enxurrada de homossexualismo.

 

            Crer no Evangelho é lutar pela vida, de modo incondicional, mesmo a vida do homicida que está no corredor da morte, à espera de uma injeção letal.

 

            Crer no Evangelho é sentar-se à mesa com Jesus, tirar as sandálias, deixar-se lavar e subir até o Calvário, com um ombro de Cireneu oferecido ao Mestre.

 

            Crer no Evangelho é descer ao túmulo em paz, pois a Ressurreição da carne é uma certeza para nós…

 

Orai sem cessar: “Creio! Ajuda a minha falta de fé!” (Mc 9,24)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança

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