13 de Outubro de 2022

28a Semana do Tempo Comum- Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA – XXVIII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Senhor, se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel! (Sl 129,3).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ef 1,1-10

 

– Início da carta de são Paulo aos Efésios: 1Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, aos santos e fiéis em Cristo Jesus: 2a vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 3Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos abençoou com toda a bênção do seu Espírito em virtude de nossa união com Cristo, no céu. 4Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor. 5Ele nos predestinou para sermos os seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo, conforme a decisão da sua vontade, 6para o louvor da sua glória e da graça com que ele nos cumulou no seu Bem-amado. 7Pelo seu sangue, nós somos libertados. Nele, as nossas faltas são perdoadas, segundo a riqueza da sua graça, 8que Deus derramou profusamente sobre nós, abrindo-nos a toda a sabedoria e prudência. 9Ele nos fez conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio benevolente que de antemão determinou em si mesmo, 10para levar à plenitude o tempo estabelecido e recapitular em Cristo, o universo inteiro: tudo o que está nos céus e tudo o que está sobre a terra.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 98,1-6 (R: 2a)

 

– O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte a santo alcançaram-lhe a vitória!

R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

– O Senhor fez conhecer a salvação, e as nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

– Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!

R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

– Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!

R: O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim

(Jo 14,6).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 11,47-54

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse o Senhor: 47“Ai de vós, porque cons­truís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. 48Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. 49É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, 50a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, 51desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração. 52Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não en­trastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”. 53Quando Jesus saiu daí os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. 54Armaram ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Beata Alexandrina Maria da Costa

- por Pe. Alexandre

Alexandrina Maria nasceu em Balasar (Portugal), no dia 30 de março de 1904. Aos 14 anos não hesitou em jogar-se pela janela para fugir de três homens que ameaçavam a sua pureza. As consequências foram terríveis, mas não imediatas; depois de alguns anos, ela foi obrigada a ficar em cama por causa de uma paralisia, que foi agravando-se durante os trinta anos que lhe restou de vida. Ela não se desesperou e abandonou-se nas mãos de Jesus com essas palavras: “Jesus, Tu és prisioneiro no tabernáculo como eu sou na minha cama, assim fazemos companhia um ao outro”.

Em seguida, começou a ter experiências místicas cada vez mais fortes, que começaram numa sexta-feira, 3 de outubro de 1938 e terminaram no dia 24 de março de 1942. Experimentou 182 vezes, todas as sextas-feiras, os sofrimentos da Paixão e, desde 1942 até o dia da sua morte, Alexandrina alimentou-se unicamente da Eucaristia por mais de treze anos.

Depois dos dez longos anos de paralisia, que ela havia oferecido para a reparação Eucarística e para a conversão dos pecadores, no dia 30 de julho de 1935, Jesus apareceu-lhe e lhe disse: “Eu te coloquei no mundo para que vivas somente de Mim, para testemunhar ao mundo o valor da Eucaristia (…) A cadeia mais forte que acorrenta as almas a Satanás é a carne, é a impureza. Nunca se viu antes uma expansão de vícios, de maldades e crimes como hoje! Nunca se pecou tanto (…) A Eucaristia, o meu Corpo e o Meu Sangue! A Eucaristia: eis a salvação do mundo”.

Também a Virgem Maria apareceu-lhe no dia 2 de setembro de 1949 com um terço na mão, dizendo: “O mundo agoniza e morre no pecado. Quero oração, quero penitência. Protege com o meu terço aos que amas e a todo o mundo”. No dia 13 de outubro de 1955, aniversário da última aparição de Nossa Senhora de Fátima, Alexandrina exclamou: “Sou feliz porque vou ao Céu”, e às 19h30, desse mesmo, ela dia expirou.

Conhecida como a “Santinha de Balasar”, Alexandrina foi beatificada pelo Papa João Paulo II, a 25 de Abril de 2004. A cura milagrosa de uma devota emigrada na França serviu para concluir o seu processo de Beatificação. Balasar, atualmente, é o segundo local de maior peregrinação em Portugal (o primeiro local é Fátima).

Beata Alexandrina Maria da Costa, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

A chave da ciência… (Lc 11,47-54)

 

A Torah – a Lei do Sinai – fora dada a Israel para iluminar o seu caminho. No entanto, os doutores da Lei a transformaram em um fardo impossível de suportar, sobrecarregando o povo com uma enxurrada de preceitos que envolviam toda a vida social e familiar. Por isso a recriminação de Jesus contra os “doutores” que tornaram impenetrável o Reino de Deus.

Como comenta Romano Guardini, “proclamada em sua substância no Sinai, a Lei foi amplificada no decorrer do tempo, levando em conta mudanças históricas e necessidades sociais. Acabou por enquadrar completamente a vida do povo. Ela regulava as relações dos homens entre si, da autoridade e do povo, dos grupos entre si, de um membro da família com outro, dos cidadãos com os estrangeiros. Regrava os diferentes aspectos da vida pública: propriedade, direito civil e criminal etc.”

“Regulava também as relações com Deus: o serviço do Templo, dias sagrados, festas e calendário. Tudo era regrado em detalhes, minuciosamente. Nisto se manifestava uma profunda concepção das coisas, uma grande sabedoria, um judicioso conhecimento da psicologia humana, tanto individual quanto familiar e social.”

O sistema de preceitos e normas tornou-se tão complexo, que exigiu o nascimento da nova profissão: o doutor da lei. Sua atuação transformou a Lei de Deus em rede que sufocava toda a vida do povo. Ajunte-se a isso a hipocrisia decorrente da tentativa de simular uma fidelidade à Lei impossível de viver.

“No exterior – comenta Guardini – havia um impecável conformismo; no interior, o endurecimento do coração. Por fora, a fidelidade material à Lei; por dentro, o pecado, mas o pecado que não se reconhecia, pecado do qual não se arrependia e para o qual não se desejava a redenção.

 

Jesus manteve distância dessa mentalidade que o acusava continuamente – a ele, o livre Filho de Deus – de pecar contra a Lei, desobedecer a seus mandamentos, quebrar as tradições, profanar o Templo, trair o povo, impedir o cumprimento da Promessa.”

Não admira que a mensagem de Jesus – fundamentada em uma obediência livre e amorosa ao Pai – fosse rejeitada pelos religiosos de seu tempo. O sagrado passara a ser instrumento de pecado.

Em tempos de Nova Aliança, evitemos repetir o erro da Antiga…

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