14 de Agosto de 2019

19ª semana comum Quarta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

 QUARTA – SÃO MAXIMILIANO KOLBE –  PRESBÍTERO E MÁRTIR

(Vermelho, pref. comum ou dos  mártires – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor. Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes (Mt 25,34.40).

 

Oração do dia

 

-Ó Deus, inflamastes são Maximiliano Kolbe, presbítero e mártir, com amor à virgem imaculada e lhe destes grande zelo pastoral e dedicação ao próximo. Concedei-nos, por sua intercessão, que trabalhemos intensamente pela vossa glória no serviço do próximo, para que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho até a morte. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Dt 34, 1-12

– Leitura do livro do Deuteronômio – Naqueles dias, 1Subiu Moisés das planícies de Moab ao monte Nebo, ao cume do Fasga, defronte de Jericó. O Senhor mostrou-lhe toda a terra, desde Galaad até Dá, 2todo o Neftali, a terra de Efraim e de Manassés, todo o território de Judá até o mar ocidental, 3o Negeb, a planície do Jordão, o vale de Jericó, a cidade das palmeiras, até Segor. 4O Senhor disse-lhe: Eis a terra que jurei a Abraão, a Isaac e a Jacó dar à sua posteridade. Viste-a com os teus olhos, mas não entrarás nela. 5E Moisés, o servo do Senhor, morreu ali na terra de Moab, como o Senhor decidira. 6E ele o enterrou no vale da terra de Moab, defronte de Bet-Fogor, e ninguém jamais soube o lugar do seu sepulcro. 7Moisés tinha cento e vinte anos no momento de sua morte: sua vista não se tinha enfraquecido, e o seu vigor não se tinha abalado. 8Os israelitas choraram-no durante trinta dias nas planícies de Moab; e, passado esse tempo, acabaram-se os dias de pranto consagrados ao luto por Moisés. 9Josué, filho de Nun, ficou cheio do Espírito de Sabedoria, porque Moisés lhe tinha imposto as suas mãos. Os israelitas obedeceram-lhe, assim como o Senhor tinha ordenado a Moisés. 10Não se levantou mais em Israel profeta comparável a Moisés, com quem o Senhor conversava face a face. 11(Ninguém o igualou) quanto a todos os sinais e prodígios que o Senhor o mandou fazer na terra do Egito, diante do faraó, de seus servos e de sua terra, 12nem quanto a todos os feitos e às terríveis ações que ele operou sob os olhos de todo o Israel.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 66, 1-3a.5.16-17 (R: 20a.9a)

 

– Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, é ele que dá à nossa vida.

R: Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, é ele que dá à nossa vida.

 

Aclamai a Deus, toda a terra, Cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glorioso louvor. Dizei a Deus: Vossas obras são estupendas! Tal é o vosso poder que os próprios inimigos vos glorificam.

R: Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, é ele que dá à nossa vida.

 

Vinde contemplar as obras de Deus: ele fez maravilhas entre os filhos dos homens. Vinde, ouvi vós todos que temeis ao Senhor. Eu vos narrarei quão grandes coisas Deus fez à minha alma. Meus lábios o invocaram, com minha língua o louvei.

R: Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, é ele que dá à nossa vida.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 – Em Cristo, Deus reconciliou consigo mesmo a humanidade; e a nós ele entregou essa reconciliação, aleluia! (2Cor 5,19).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 18, 15-20

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

 

 -Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos 15Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. 16Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. 17Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. 18Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu. 19Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus. 20Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

São Maximiliano Maria Kolbe

- por Padre Alexandre Fernandes

São Maximiliano dirigiu-se ao oficial com a decisão própria de um mártir da caridade

Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, numa família operária que o introduziu no seguimento de Cristo e, mais tarde, ajudou-o entrar para a família franciscana, onde tomou o nome de Maximiliano Maria.

Ao ser mandado para terminar sua formação em Roma, Maximiliano, inspirado pelo seu desejo de conquistar o mundo inteiro a Cristo por meio de Maria Imaculada, fundou o movimento de apostolado mariano chamado ‘Milícia da Imaculada’. Como sacerdote foi professor, mas em busca de ensinar o caminho da salvação, empenhou-se no apostolado através da imprensa e pôde, assim, evangelizar em muitos países, isto sempre na obediência às autoridades, tanto assim que deixou o fecundo trabalho no Japão para assumir a direção de um grande convento franciscano na Polônia.

Com o início da Segunda Grande Guerra Mundial, a Polônia foi tomada por nazistas e, com isto, Frei Maximiliano foi preso duas vezes, sendo que a prisão definitiva, ocorrida em 1941, levou-o para Varsóvia, e posteriormente, para o campo de concentração em Auschwitz, onde no campo de extermínio heroicamente evangelizou com a vida e morte. Aconteceu que diante da fuga de um prisioneiro, dez pagariam com a morte, sendo que um, desesperadamente, caiu em prantos:

“Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!”. Movido pelo amor que vence a morte, São Maximiliano Maria Kolbe dirigiu-se ao Oficial com a decisão própria de um mártir da caridade, ou seja, substituir o pai de família e ajudar a morrer os outros nove e, foi aceita, pois se identificou: “Sou um Padre Católico”.

A 10 de Outubro de 1982, o Papa João Paulo II canonizou este seu compatriota, já beatificado por Paulo VI em 1971.

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova

 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Terás ganho o teu irmão… (Mt 18,15-20)

 

            Ganhar e perder. Nossa sociedade capitalista entende muito bem de lucros e perdas. Mas cuidamos, em geral, de lucros e perdas materiais. Temos aquele livro de três colunas: deve/ haver/ saldo. Neste Evangelho, porém, está em questão a salvação das almas. Ou sua perdição eterna. No Juízo Final, virá o balanço inexorável…

 

            Certa mentalidade individualista – aliás, bem ao gosto de nosso tempo! – poderia levar o fiel a preocupar-se apenas em salvar a própria alma: cada um pra si e… Deus pra todos. Não cometer pecados mortais, cumprir os 10 mandamentos de Deus e os 5 da Igreja. Enfim, só para desencargo de consciência, uma esmolinha aqui e uma prenda para o leilão da paróquia. Ufa! Estou salvo!

 

            Graças a Deus, não é assim. Ninguém se salva sozinho! Tanto que nossa omissão diante daqueles que correm o risco de se perder é sempre um pecado grave. Viver uma vidinha tecida de comodismos e preferências, lazeres e conveniências, quando Deus se esgoela a clamar por operários para colher a messe que está madura (cf. Jo 4,35b), certamente causará a nossa perdição! Eis uma certeza: seremos severamente cobrados por nossa indiferença diante do próximo caído na estrada de Jericó.

 

            No Evangelho de hoje, o ensinamento de Jesus Cristo aponta para nosso compromisso em advertir o irmão que se desvia para, assim, lhe dar uma oportunidade de correção e conversão. Aponta para a responsabilidade dos educadores em corrigir o educando que erra, puni-lo adequadamente e reanimá-lo a voltar ao caminho do bem. Aponta igualmente para a irrecusável solidariedade que envolve a sociedade humana, independentemente de raça e cor, classe e nacionalidade. E ainda aponta para o nosso dever de oferecer ao próximo um estilo de vida e modelos de comportamento pautados na verdade e na justiça. Estamos todos no mesmo barco!

 

            Exemplos não nos faltam. A freira que é professora de ricos e deixa seu conforto para cuidar dos miseráveis de Calcutá. O jovem da nobreza espanhola que abre mão de seu brasão para levar o Evangelho à Índia, ao Japão e à China. O Papa já alquebrado que atravessa o planeta para falar de Jesus. O pastor negro que arrisca sua vida para defender os direitos de seus irmãos. A professora branca que ensina balé clássico na favela para ajudar os pequenos favelados a descobrirem a beleza…

 

            Madre Teresa, Francisco Xavier, João Paulo II, Martin Luther King e tantos outros mostram que isto é possível. Nossa vida existe para ser dada, perdida, sacrificada. É assim que o outro será salvo.

 

Orai sem cessar: “Anunciarei vosso Nome aos meus irmãos!” (Sl 22,23)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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