14 de Agosto de 2022

20a Semana do Tempo Comum - Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – XX SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio – IV semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Ó Deus nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar e contemplai a face do vosso ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil

(Sl 83,10).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Jr 38,4-6.8-10

 

– Leitura do livro do profeta Jeremias: Naqueles dias, 4disseram os príncipes ao rei: “Pedimos que seja morto este homem; ele anda com habilidade lançando o desânimo entre os combatentes que restaram na cidade e sobre todo o povo, dizendo semelhantes palavras; este homem, portanto, não se propõe o bem-estar do povo, mas sim a desgraça”. 5Disse o rei Sedecias: “Ele está em vossas mãos; o rei nada vos poderá negar”. 6Agarraram então Jeremias e lançaram-no na cisterna de Melquias, filho do rei, que havia no pátio da guarda, fazendo-o descer por meio de cordas. Na cisterna não havia água, somente lama; e assim ia-se Jeremias afundando na lama. 8Ebed-Melec saiu da casa do rei e veio ter com ele, e falou-lhe: 9“Ó rei, meu senhor, muito mal procederam esses homens em tudo o que fizeram contra o profeta Jeremias, lançando-o na cisterna para aí morrer de fome; não há mais pão na cidade”. 10O rei deu, então, esta ordem ao etíope Ebed-Melec: “Leva contigo trinta homens e tira da cisterna o profeta Jeremias, antes que morra”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 40,2-4.18 (R: 14b)

 

– Socorrei-me, ó Senhor, vinde logo em meu auxílio!

R: Socorrei-me, ó Senhor, vinde logo em meu auxílio!

– Esperando, esperei no Senhor, e inclinando-se, ouviu meu clamor.

R: Socorrei-me, ó Senhor, vinde logo em meu auxílio!

– Retirou-me da cova da morte e de um charco de lodo e de lama. Colocou os meus pés sobre a rocha, devolveu a firmeza a meus passos.

R: Socorrei-me, ó Senhor, vinde logo em meu auxílio!

– Canto novo ele pôs em meus lábios, um poema em louvor ao Senhor. Muitos vejam, respeitem, adorem e esperem em Deus, confiantes.

R: Socorrei-me, ó Senhor, vinde logo em meu auxílio!

– Eu sou pobre, infeliz, desvalido, porém, guarda o Senhor minha vida, e por mim se desdobra em carinho. Vós me sois salvação e auxílio: vinde logo, Senhor, não tardeis!

R: Socorrei-me, ó Senhor, vinde logo em meu auxílio!

2ª Leitura: Hb 12,1-4

 

– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos: 1Rodeados como estamos por tamanha multidão de testemunhas, deixemos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve. Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, 2com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus. 3Pensai pois naquele que enfrentou uma tal oposição por parte dos pecadores, para que não vos deixeis abater pelo desânimo. 4Vós ainda não resististes até ao sangue na vossa luta contra o pecado.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Minhas ovelhas escutam minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar

(Jo 10,27).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 12,49-53

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 49Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas 53e duas contra três; ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Maximiliano Maria Kolbe

- por Pe. Alexandre

Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, numa família operária que o introduziu no seguimento de Cristo e, mais tarde, ajudou-o entrar para a família franciscana, onde tomou o nome de Maximiliano Maria.

Ao ser mandado para terminar sua formação em Roma, Maximiliano, inspirado pelo seu desejo de conquistar o mundo inteiro a Cristo, por meio de Maria Imaculada, fundou o movimento de apostolado mariano chamado ‘Milícia da Imaculada’. Como sacerdote foi professor, mas em busca de ensinar o caminho da salvação, empenhou-se no apostolado através da imprensa e pôde, assim, evangelizar em muitos países, isto sempre na obediência às autoridades, tanto assim que deixou o fecundo trabalho no Japão para assumir a direção de um grande convento franciscano na Polônia.

Com o início da Segunda Grande Guerra Mundial, a Polônia foi tomada por nazistas e, com isto, Frei Maximiliano foi preso duas vezes, sendo que a prisão definitiva, ocorrida em 1941, levou-o para Varsóvia, e posteriormente, para o campo de concentração em Auschwitz, onde no campo de extermínio heroicamente evangelizou com a vida e morte. Aconteceu que diante da fuga de um prisioneiro, dez pagariam com a morte, sendo que um, desesperadamente, caiu em prantos:

“Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!”. Movido pelo amor que vence a morte, São Maximiliano Maria Kolbe dirigiu-se ao Oficial com a decisão própria de um mártir da caridade, ou seja, substituir o pai de família e ajudar a morrer os outros nove e, foi aceita, pois se identificou: “Sou um Padre Católico”.

A 10 de Outubro de 1982, o Papa João Paulo II canonizou este seu compatriota, já beatificado por Paulo VI em 1971.

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Fogo eu vim trazer! (Lc 12,49-53)

 

Este Evangelho figura entre aquelas palavras de Jesus de Nazaré que costumam provocar arrepios, testas franzidas e dolorosas hesitações. Então, seria este o mesmo Jesus que entra no salão e diz: “Eu vos dou a paz”? Seria este o “manso cordeiro” que não ergue a voz nas praças e se deixa tosquiar sem protestos?

Esperávamos pelo Príncipe da Paz que constrói a unidade e ele vem trazer a espada que corta a família em dois pedaços? Não basta um mundo em chamas, e ele ainda vem atiçar mais fogo? Ouçamos o comentário do monge André Louf…

“O próprio Jesus é este fogo e esta espada. Sinal de contradição e pedra de tropeço, contra os quais o ódio e o mal vêm se chocar e esmagar. É a luz que as trevas não acolhem, profeta rejeitado por sua própria terra. Tal como no tempo de Jeremias, o profeta reduzido por Deus ao papel de um homem de disputas e discórdias.

Assim também Jesus é essencialmente contestado pelo mundo ao qual ele se dirige. Sua presença acende inevitavelmente um braseiro, exacerba o conflito e, igual a uma espada, volta-o contra si mesmo. A tal ponto que Jesus morre por isso, primeira vítima da contestação que ele veio atiçar.”

Isto me leva a pensar em certas pregações que tenho ouvido, macias e suaves, palavras hidroaçucaradas que não incomodam a ninguém e, por isso mesmo, não levam à conversão e à santidade. Pregadores que pretendem agradar, ser populares e, se possível, aplaudidos… Certamente, não estão pregando o Evangelho de Jesus Cristo: uma “boa nova” áspera, dura, difícil de tragar…

“O parto não acontece sem dor – prossegue André Louf. Quando a mulher sofre as dores do parto, disse Jesus, ao mesmo tempo ela se alegra ao pensar na criança que vai nascer (Jo 16,21). A alegria se sobrepõe ao sofrimento, um sofrimento dominado pela alegria. Assim é incomparável o sofrimento do tempo presente com a alegria e a glória a serem reveladas em nós (Rm 8,18).

Assim o crente caminha neste mundo, nas pegadas de Jesus. Ele mergulha seu próprio enxadão através da crosta terrestre. Ele a revolve e a revira, e por sua vez provoca o ódio: ‘assim como me odiaram, hão de odiar-vos’. E aí está seu único consolo, sua única força. O fiel é chamado a ser na terra tal como foi o seu mestre. O discípulo não é maior que seu Mestre…”

A vida dos santos é uma descrição exata deste quadro: contestados, perseguidos, caluniados, alvo de zombaria e de reclusão, vítimas de processos e reduzidos ao silêncio. Incômodos e detestados, acusados e subversão, “inimigos de César”, atearam fogo sobre a terra. E acabarão nos altares, como modelos de vida cristã…

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