14 de janeiro de 2023

Primeira semana tempo comum- Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – I SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, ofício do dia da I semana)

 

Antífona da entrada

 

– Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo o poder é eterno.

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, atendei como o Pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Hb 4,12-16

 

– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 12a Palavra de Deus é viva, eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Ela julga os pensamentos e as intenções do coração. 13E não há criatura que possa ocultar-se diante dela. Tudo está nu e descoberto a seus olhos, e é a ela que devemos prestar contas. 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 19b,8.9.10.15 (R: Jo 6,63c)

 

– Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.
R: Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.

– A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

R: Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.

– Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

R: Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.

– É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

R: Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.

– Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!

R: Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 2,13-17

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

– Glória a vós, Senhor!  


– Naquele tempo, 13Jesus saiu de novo para a beira mar. Toda a multidão ia a seu encontro, e Jesus os ensinava. 14Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu. 15E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam. 16Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus comia com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: “Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?” 17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: “Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

Santa Elisabete Ana Bayley Seton

- por Pe. Alexandre

 

Primeira norte-americana a ser canonizada, Santa Elisabete foi reconhecida santa no ano de 1975 sob o pontificado do Papa Paulo VI. Nasceu nos Estados Unidos, no ano de 1774, dentro de uma família cuja mãe era uma cristã não católica, e o pai conhecido como médico muito atarefado e famoso. A mãe faleceu e, infelizmente, a madrasta fazia sofrer Santa Elisabete. Seu refúgio era a oração e a Palavra de Deus. Era alguém que buscava cumprir os mandamentos do Senhor, responder como Cristo respondeu aos sofrimentos do seu tempo.

Santa Elisabete Ana Bayley Seton chegou a casar-se, teve vários filhos, mas, por falência de seu esposo, tiveram que entrar no ritmo da migração dos Estados Unidos para a Itália. Com as dificuldades da viagem e a fragilidade de seu esposo, ele faleceu. Ela continuou até chegar à Itália e ser acolhida por uma família amiga. Era uma família feliz, porque seguiam a Cristo como católicos praticantes. Tudo aquilo foi mexendo com o coração de Santa Elisabete e ela quis se tornar católica. Não se sabe ao certo quando se tornou católica, se ali na Itália ou nos Estados Unidos, mas o fato é que retornou para os Estados Unidos, foi acolhida pela Igreja Católica, mas pelos familiares que eram cristãos não-católicos não foi bem acolhida; foi até perseguida.

De fato, o ecumenismo é uma conquista de cada dia e em todos os tempos. Santa Elisabete Ana Bayley teve uma dificuldade (como uma minoria católica nos Estados Unidos) de tal forma, pois não encontrava espaço para a educação dos filhos, que, inspiradamente, começou uma obra que chegou a ser uma Congregação das Irmãs de São José, com o objetivo de formar as crianças numa fé cristã e católica.

Santa Elisabete, com apenas 47 anos, faleceu, mas deixou para todos os cristãos católicos do mundo inteiro o testemunho de um coração que buscou a obediência ao Senhor em tudo.

Santa Elisabete Ana Bayley, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Ele comia com os pecadores… (Mc 2,13-17)

 

Todos sabem que uma das imagens do Reino de Deus é a mesa de um banquete. São Lucas registra a promessa de que os servos fiéis se assentarão à mesa do festim, e o próprio Senhor os servirá (Lc 12,37). No Apocalipse, temos esta bem-aventurança: “Felizes os convidados para a ceia nas núpcias do Cordeiro!” (Ap 19,9.)

 

Por seu lado, o famoso Ícone da Trindade, de Roublev, retrata a família trinitária em volta de uma mesa eucarística, onde o lado frontal do altar está aberto, como uma convocação a mergulhar na vida divina e participar de sua plena comunhão. Ser um conviva de Jesus é participar do seu banquete (em latim, convivium).

 

Os judeus do tempo de Jesus, no entanto, haviam desenvolvido a tese de que era preciso merecer essa participação. Só os justos – aqueles que cumpriam os 10 mandamentos e… os 613 preceitos! – teriam entrada no banquete de Deus. E tal participação incluía longos rituais de ablução, estritos critérios de pureza em relação aos alimentos, às vasilhas e, claro… aos convivas.

 

Que decepção quando vem o Messias e se mistura à gentinha desclassificada, como nas bodas de Caná, bebendo com os publicanos (como Mateus) e com as prostitutas (como Madalena). Até os discípulos se espantam, à beira do poço de Jacó, ao flagrar Jesus em conversa com uma mulher samaritana! E o Mestre vê-se obrigado a dizer aquilo que devia ser óbvio: “Eu não vim para os justos, mas para os pecadores. Quem precisa de médico não são os sadios, mas os que estão enfermos!” (Cf. Mc 2,17.)

 

Ainda hoje, em nosso meio eclesial, há pessoas boas e honestas que imaginam uma espécie de contabilidade espiritual, um “sistema de débitos e créditos”, segundo o qual o céu deve ser merecido, conquistado a golpes de… boas obras. Depois de alguns anos de sacrifícios e jejuns, esmolas e vigílias, estaremos em condição de apresentar a Deus uma fatura e… cobrar nosso direito de entrar no céu…

 

Ledo engano! O preço do banquete já foi previamente pago por Jesus quando morreu por nós no Calvário. Diante de tal preço (cf. 1Cor 6,20), não há mérito nosso que se possa transformar em direito adquirido. O festim do Cordeiro é puro dom, é graça, nada custa. Ou não teria sido inaugurado por Dimas, o ladrão esperto, que antes de morrer ainda roubou o céu, com um simples apelo à misericórdia do Senhor.

 

Algum honesto há de protestar: “Então, de que adiantaram aqueles longos rosários rezados de joelhos, sobre os grãos de milho? E todos aqueles pecados que, saudosamente, deixei de cometer se, no fim, um ladrão se arrepende e inaugura o Paraíso?”

 

Por certo, os pecadores se alegram com esta Boa Nova…

 

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