14 de Novembro de 2021

33a semana do tempo comum. Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO DA XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – I semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes (Jr 29,11.14).

 

Oração do dia

 

– Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Dn 12, 1-3

– Leitura da profecia de Daniel – 1Naquele dia vai prevalecer Miguel, o grande comandante, sempre de pé ao lado do teu povo. Será hora de grandes apertos, tais como jamais houve, desde que as nações começaram a existir até o tempo atual. Só escapará, então, quem for do teu povo, quem tiver seu nome inscrito no livro. 2A multidão dos que dormem no pó da terra acordará, uns para a vida, outros para a rejeição eterna. 3Os conscientes hão de brilhar como relâmpagos, os que educaram a muitos para a justiça brilharão para sempre como estrelas.

 

– Palavra do senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 16, 5.8.9-10.11 (R: 1a)

 

– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 

– Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Tenho sem­pre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 

– Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 

– Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

 

2ª Leitura: Hb 10, 11-14.18

 

– Leitura da carta aos Hebreus – 11Todo sacerdote se apresenta diariamente para  celebrar o culto oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, incapazes  de  apagar os pecados, 12Cristo ao contrário, depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados sentou-se para sempre à direita de Deus, 13Não lhe resta mais senão esperar até que seus inimigos sejam postos debaixo dos seus pés (Sl 109,1). 14De fato, com esta única oferenda levou à perfeição definitiva os que ele santifica. 18Ora, onde existe o perdão já não se faz oferenda pelo pecado.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Lc, 21,36)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 13, 24-32

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. 26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra. 28Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas. 30Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

São José Pignatelli

- por Pe. Alexandre

José Pignatelli nasceu em 1737, em Saragoça, do ramo espanhol de uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, veio para essa cidade onde recebeu de uma irmã uma ótima educação católica. Voltando para Espanha, aos quinze anos, entrou na Companhia de Jesus. Feito o Noviciado e emitidos depois os primeiros votos em Tarragona, aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e, depois, nos colégios de Bilbau e de Saragoça.

Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das Letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Levantou-se, porém, uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus e ele figurou entre os jesuítas, que foram expulsos da Espanha para a Córsega.

Entre as adversidades, Padre Pignatelli mostrou grande fortaleza e constância; por isso, foi nomeado Provincial de todos esses exilados. E recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara (Itália), onde fez a profissão solene de quatro votos.

Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus. Indo para Bolonha e estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, durante quase vinte e cinco anos, entregou-se totalmente ao estudo, reunindo uma biblioteca de valor, dando-se principalmente às obras de caridade para com os antigos membros da suprimida Companhia.

Logo, porém, que lhe foi possível, pediu para ser recebido na Família Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina que, sendo cismática, não aceitara a supressão vinda de Roma. Os jesuítas da Rússia ligaram-se ao bom número de ex-jesuítas italianos, e Padre Pignatelli uniu-se a todos eles, tendo-lhe sido permitido renovar a profissão solene. Com licença do Papa Pio VI, foi construída uma casa para noviços no ducado de Parma, onde o Padre Pignatelli foi reitor. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no reino de Nápoles, e o Padre Pignatelli vem a ser Provincial. Mas o exército francês aparece e dispersa este grupo de jesuítas.

Em 1806, transfere-se para Roma onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice. Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento da sua Companhia. Esse fato ocorre em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Mas o Padre Pignatelli já tinha morrido em 1811, com setenta e quatro anos. O funeral decorreu quase secretamente.

Foi beatificado por Pio XI, em 1933, que chamou o santo de “o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir(…). O restaurador dos Jesuítas”.

Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador (passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento), São José Pignatelli foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII.

São José Pignatelli, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Aprendei da figueira! (Mc 13,24-32)

 

Os homens de hoje estão dispostos a pagar bem caro pelas lições de um “coach”. Viajam ao Oriente em busca do mantra de um guru. Fazem acrobacias e cabalas para obterem informações “de dentro”. Aí vem Jesus de Nazaré, sempre na contramão, e clama aos quatro ventos: “Aprendam com a figueira!” Que será que a figueira tem para nos ensinar?

 

Eis o que diz Teofilacto de Ócrida, um Padre da Igreja nascido no século XI: “É como se Jesus dissesse: ‘Assim como quando nascem as folhas da figueira, imediatamente vem o verão, do mesmo modo, depois das grandes aflições do Anticristo, imediatamente, sem intervalo, será o Advento de Cristo, que será para os justos um verão depois do inverno, mas, para os pecadores, um inverno depois do verão”.

 

“Um verão depois do inverno.” As passagens escatológicas dos evangelhos – que muitos preferem entender como o “fim do mundo” – devem ser lidas pelo cristão com um misto de expectativa e de alegria. Não há nenhum desastre em ver o Cristo Senhor chegando sobre as nuvens.

 

Aliás, o próprio Jesus deixou este encontro marcado, pela boca dos anjos que estavam presentes em sua Ascensão, quando uma nuvem o ocultou: “Este mesmo Jesus que, do meio de vós, foi elevado ao céu, virá assim, do mesmo modo como o vistes partir para o céu”. (At 1,11)

 

Nestes dias difíceis, há muitas “figueiras” diante de nossos olhos: agitação política e pandemias, fome e genocídios, indústria do aborto e aquecimento global. Cada uma delas fala da fragilidade humana e da necessidade de uma reviravolta. Cada uma delas nos convida a desconfiar das promessas humanas e a erguer os olhos ao céu, à espera do Rei.

 

Mas nada de fanatismos e de medo: a vinda do Senhor é uma Boa Nova! Como reflete Raniero Cantalamessa, “o reino ainda está por vir; deve vir na sua forma e condição definitiva, que será inaugurada com o grande juízo e marcará o fim desta terra e destes céus e o princípio de uma nova terra e de novos céus, nos quais reinará estavelmente a justiça (cf. 2Pd 3,13). Aqui, sim, trata-se ‘daquele dia’ e ‘daquela hora’ que ninguém conhece.”

 

A figueira parece dormir, mas desperta ao primeiro sinal da primavera. O cristão também fica vigilante, com as lâmpadas acesas no meio da noite dos homens. O cristão é o homem do Advento…

 

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