14 de Setembro de 2022

24a Semana do Tempo Comum- Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ
(vermelho, glória, creio, pref. próprio – ofício da festa)

 

Antífona da entrada

 

– A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou (Gl 6,14).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que, para salvar a todos, dispusestes que o vosso Filho morresse na cruz, a nós, que conhecemos na terra esse mistério, dai-nos colher no céu os frutos da redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Nm 21, 4b-9

– Leitura do livro dos Números- Naqueles dias, 4os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”.  Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 78,1-2.34-35.36-37.38 (R: 7c)

 

– Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

 

– Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.

R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

 

– Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.

R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

 

– Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.

R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

 

– Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furor.

R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, porque pela cruz remistes o mundo!

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 3,13-17

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos 13Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. Do mesmo modo 14como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, 15para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna. 16Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 17Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

Exaltação da Santa Cruz

- por Pe. Alexandre

Reunimo-nos com todos os santos, neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus, por isso: “Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos” (I Cor 1,23).

Essa festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém, por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma construída sobre o Monte do Gólgota; e a outra em Anástasis, local em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus. A dedicação dessas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis.

Encontrada por Santa Helena, a Santa Cruz foi roubada pelo rei persa Cosroe Parviz, durante a conquista da cidade Santa; e, a partir do século VII, comemora-se a recuperação da preciosa relíquia, pelo imperador Heráclio, em 628. Historiadores contam que o imperador levou a Santa Cruz às costas, desde Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao patriarca Zacarias, no dia 3 de maio de 630, tendo sido a Festa da Exaltação da Santa Cruz também a ser celebrada no Ocidente.

Graças a Deus, a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro cristão, por isso, neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos: “Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore esplêndida bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna só tu foste achada”. “Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!”

Santa Cruz, sede a nossa salvação!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Deu o seu Filho único… (Jo 3,13-17)

 

Ainda há pessoas que contemplam a Cruz e apenas veem naquele madeiro um cruel instrumento de tortura: seu olhar se detém no sofrimento. E, com isso, perdem a oportunidade de contemplar o Amor. Um amor sem medidas nem barreiras, amor que abraça a morte para nos salvar.

 

Em outra passagem do Evangelho, Jesus havia ensinado: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos”. (Jo 15,13.) Como sempre, Jesus pratica o que ensina. Por isso subirá o Calvário e morrerá na Cruz.

 

Muitos perguntam: Deus não poderia ter encontrado diferente meio de nos salvar? Precisava ser a Cruz, um “método” tão doloroso? E tendo como vítima propiciatória logo o seu próprio Filho? A resposta pode ser mais simples do que se imagina: Deus queria mostrar a que extremos seu Amor por nós pode chegar… Seu Filho se faz homem e morre por nós, salvando a Humanidade “de dentro para fora”.

 

E há mais: essa “entrega” do Filho único à morte tem um objetivo bem definido: “para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”… Devemos pensar como o apóstolo Paulo: Cristo “me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20b). E quem ama está disposto a tudo.

 

Claro que um amor assim pede resposta, pede correspondência. A recusa de um amor tão extremado não pode ficar sem um preço. Se a Luz vem aos homens e eles a rejeitam, recusam a própria salvação. A ação do Espírito Santo em nós visa à nossa adesão a Cristo, que deu a vida por nós. A recusa dessa graça que salva é, em suma, o “pecado contra o Espírito Santo”.

Escreve o Papa João Paulo II em sua primeira Encíclica: “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se o não experimenta e se o não torna algo próprio, se nele não participa vivamente. E por isto precisamente Cristo Redentor […] revela plenamente o homem ao próprio homem. Esta é – se assim é lícito exprimir-se – a dimensão humana do mistério da redenção”. (Redemptor Hominis, 10.)

 

Foi contemplando a Jesus Crucificado, que deu a vida por nós, que os santos, os mártires e os missionários “descobriram” que eles também eram capazes de dar a vida por seus irmãos.

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