15 de janeiro de 2023

Segunda semana tempo comum- Domingo

- por Pe. Alexandre

II DOMINGO DO TEMPO COMUM 

(verde, glória, creio, II semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo!  (Sl 65,4).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a nossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 49,3.5-6

 

– Leitura do livro do profeta Isaías: 3O Senhor me disse: “Tu és o meu servo, Israel, em quem serei glorificado”. 5E agora diz-me o Senhor — ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo — que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória.
6Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 40,2.4ab.7-8a.8b.10 (R: 8a.9a)

 

– Eu disse: “Eis que venho, Senhor”, com prazer faço a vossa vontade!
R: Eu disse: “Eis que venho Senhor”, com prazer faço a vossa vontade!

– Esperando, esperei no Senhor, e, inclinando-se, ouviu meu clamor. Canto novo ele pôs em meus lábios, um poema em louvor ao Senhor.

R: Eu disse: “Eis que venho Senhor”, com prazer faço a vossa vontade!

– Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados.

R: Eu disse: “Eis que venho Senhor”, com prazer faço a vossa vontade!

– E então eu vos disse: “Eis que venho! ” Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei! ”

R: Eu disse: “Eis que venho Senhor”, com prazer faço a vossa vontade!

– Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!

R: Eu disse: “Eis que venho Senhor”, com prazer faço a vossa vontade!

2ª Leitura: 1Cor 1,1-3

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: 1Paulo, chamado a ser apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, 2à Igreja de Deus que está em Corinto: aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos junto com todos os que, em qualquer lugar, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. 3Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– A Palavra se fez carne, entre nós ela acampou; todo aquele que a acolheu, de Deus filho se tornou (Jo 1,14.12).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 1,29-34

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!  


Naquele tempo, 29João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”. 32E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

Santo Amaro, amigo de São Bento

- por Pe. Alexandre

Origens
Santo Amaro nasceu em Roma e entrou muito cedo para a vida religiosa. Filho espiritual e grande amigo de São Bento, tornou-se um beneditino com apenas 12 anos de idade. Realidades daquele tempo, mas que apontam para uma necessidade dos tempos atuais.

Exemplo de Silêncio
Ele foi apontado, desde muito cedo, como um exemplo de silêncio e também de correspondência às exigências da vida monacal. Vida de austeridade, de ação, de oração; “ora et labora” de fato.

Amigo de São Bento
Grande amigo de São Bento, viveu momentos que ficaram registrados. São Gregório foi quem deixou o testemunho de que, certa vez, São Bento, por revelação, soube que um jovem estava para se afogar em um açude. Disse ao então discípulo Amaro que fosse ao encontro daquele jovem. Ele foi. Sem perceber, com tanta obediência, ele caminhou sobre as águas e salvou aquele jovem; só depois ele percebeu que havia acontecido aquele milagre. Retribuíram a ele, mas, claro, ele atribuiu a São Bento, pois só obedeceu.

Santo Amaro: uma bela história de vocação e santidade

Vocação
História ou lenda, isso demonstra como Deus pode fazer o impossível aos olhos humanos na vida e por meio da vida naqueles que acreditam e buscam corresponder à vocação. Todos nós temos uma vocação comum, a mesma que Santo Amaro teve: a vocação à santidade. Esse santo foi quem sucedeu São Bento em Subiaco, quando este foi para Monte Casino. Ele foi exemplo de virtude, obediência e abertura à ação do Espírito Santo.

Páscoa
Ele morreu em 15 de janeiro de 584, aos 72 anos. Rezado contra resfriados, reumatismo e gota, contra dores musculares, Santo Amaro tornou-se muito querido pelo povo e venerado como santo taumaturgo.

Devoção
Aliás, na viagem para França conta-se o milagre da multiplicação dos pães num pobre convento que o acolheu, aliás os pobres monges, para acolher o santo peregrino, deram-lhe o único pão que restava na despensa, mas na manhã, por milagre, encontraram a despensa cheia de pão fresco e em abundância por mais de um mês, o símbolo da Eucaristia e da caridade está aqui claro; em muitos países ainda é costume abençoar os sanduíches, símbolo de partilha, na festa do santo.

Minha oração
“Fiel seguidor de São Bento, rogai por todos os que circundam sob esse mesmo carisma, de modo especial pelas vocações beneditinas e pelos monges que ali vivem, para que também sejam fiéis ao fundador até o fim do mundo. Amém.”

Santo Amaro, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

 

Eis o Cordeiro de Deus! (Jo 1,29-34)

 

Um gesto apenas, uma simples frase, e está cumprida a preciosa missão do Precursor: identificar diante dos homens de seu tempo Aquele que vinha como a vítima de Deus pela humanidade…

 

Para um judeu daquele tempo, a palavra “cordeiro” permanecia rica de ressonâncias. No presente, os cordeiros eram sacrificados sobre o altar do Templo, em rito de adoração ao Senhor Yahweh. No passado, um cordeiro (cf. Gn 22,13) dera a vida para que Isaac, o filho bem-amado, tivesse a vida preservada. Na noite da libertação, ao deixar o Egito, o povo de Israel fora preservado da incursão do Exterminador graças ao sangue de um cordeiro (cf. Ex 12,22-23) aspergido sobre as vergas dos portais. As marcas de sangue indicavam a proteção do Senhor sobre aquela família. Daí em diante, em cada Páscoa, um cordeiro sem mancha – tipo veterotestamentário do Messias – fazia-se presente à mesa de cada família judaica. Este era o Cordeiro Pascal.

 

Assim, para o primeiro Israel, dizer “cordeiro” era o mesmo que dizer “vitima”, “hóstia” a ser oferecida a Deus. O cordeiro é aquele que dá sua vida para que os outros não venham a perdê-la. Se, entretanto, por uma deriva que atingiu todo o inconsciente coletivo do povo escolhido, estavam à espera de um Messias vencedor, glorioso general libertador, não fora essa a imagem que Isaías lhes passara, ao retratar o Messias como um cordeiro mudo, que se deixa levar sem protestos até o matadouro. (Cf. Is 53,7.)

 

No retábulo de Issenheim, em Colmar – hoje no museu de Unterlinden -, a pungente pintura de Matthias Grünewald retrata a Crucifixão de Jesus. À direita do espectador, em intencional anacronismo, está João Batista. De pé, o Precursor traz na mão esquerda o livro aberto da Palavra de Deus, do qual se irradia a luz que ilumina todo o quadro. Com a direita, aponta para o Crucificado. No fundo, a frase: “Importa que ele cresça, e eu diminua.” (Cf. Jo 3,30.) E aos pés do Batista, vê-se alvíssimo cordeiro, de cujo peito corre um fluxo de sangue recolhido em um cálice de ouro. Entre o cordeiro e Jesus, na cruz, um processo de identificação.

 

No fundo da tela, a noite escura. Uma mancha que se espalha e desvanece o cenário. E no meio dessa noite o Cordeiro de Deus nos traz vida e salvação.

 

            Como João Batista, nós somos chamados a apontar o Cristo para o mundo, a identificar Aquele que o mundo não conhece. Aceitaremos a missão?

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