15 de Maio de 2020
5a Semana de Páscoa- Sexta-feira
- por Pe. Alexandre
SEXTA FEIRA – V SEMANA DA PÁSCOA
(Branco, ofício do dia)
Antífona da entrada
– O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra, aleluia! (Ap 5,12).
Oração do dia
– Preparai, ó Deus, nossos corações para vivermos dignamente os mistérios pascais, a fim de que esta celebração realizada com alegria nos proteja por sua força inesgotável e nos comunique a salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: At 15,22-31
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 22pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, de acordo com toda a Comunidade de Jerusalém, escolher alguns da Comunidade para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé. Escolhe-ram Judas, chamado Bársabas, e Silas, que eram muito respeitados pelos irmãos. 23Através deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. 24Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós. 25Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo, 26homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. 28Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: 29abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!” 30Depois da despedida, Judas e Silas foram para Antioquia, reuniram a assembléia e entregaram a carta. 31A sua leitura causou alegria, por causa do estímulo que trazia.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 57,8-9.10-12 (R: 10a)
– Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.
R: Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.
– Meu coração está pronto, meu Deus, está pronto o meu coração! Vou cantar e tocar para vós: desperta, minha alma, desperta! Despertem a harpa e a lira, eu irei acordar a aurora!
R: Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.
– Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos, dar-vos graças por entre as nações! Vosso amor é mais alto que os céus, mais que as nuvens a vossa verdade! Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus, vossa glória refulja na terra!
R: Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 15,12-17
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santo Isidro
- por Pe. Alexandre
Santo Isidro era um homem fiel, de perdão, que numa tremenda enfermidade não se revoltou.
O santo de hoje nasceu em Madri (Espanha), no ano de 1070.
Ele era lavrador, um camponês. Vocacionado ao matrimônio casou-se com Maria Turíbia e tiveram um filho, o qual perderam ainda cedo.
Vida difícil e sacrificante, Isidoro santificou-se ao aprender a mística de aceitar e oferecer a Deus suas dores. Participava diariamente da Santa Missa e trabalhava para um patrão injusto e impaciente.
Santo Isidro: um homem fiel, de perdão, que numa tremenda enfermidade não se revoltou. Consumiu-se por amor a Deus. Morreu no ano de 1130, em Madri, sendo enterrado sem nenhuma distinção.
Santo Isidro, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
A própria vida pelos amigos… (Jo 15,12-17)
Neste mundo, nós vivemos cercados de muitos amores, em diferentes gradações. Em sua obra magistral “Os Quatro Amores” (Ed. Martins Fontes, 2005), o escritor irlandês C. S. Lewis deixou bem clara a diferença que existe entre um amor-necessidade, mero egoísmo, e um amor-doação, que de algum modo se assemelha ao amor que Deus sempre manifestou por nós.
Os gregos antigos sabiam distinguir entre a afeição familiar, o erotismo da paixão, a amizade por escolha e, enfim, o amor-caridade que leva a dar a vida pelo outro. Por isso mesmo, utilizavam verbos diferentes para cada um desses “amores”: érein (amor de Eros), stérguein (amor parental, amor ‘do sangue’), phylein (amor de amizade) e, enfim, agapán (amor de caridade ou de adoração a Deus).
Neste Evangelho, Jesus nos fala do amor maior: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida pelos seus amigos.” E logo ele passaria à ação, abraçando a cruz salvadora e entregando-se à morte por nós – os amigos -, para mostrar a que culminância atingia o amor de Deus por nós!
Claro que esse amor não é merecido! Como observa Lewis, “existe em cada um de nós algo que não pode ser amado naturalmente. Não é defeito dos outros não amá-lo. Só o que é amável pode ser amado naturalmente. É como pedir às pessoas que gostem do sabor do pão embolorado ou do som da furadeira elétrica. Apesar disso, podemos receber perdão, misericórdia e amor pela Caridade – não há outro modo”.
É assim que Deus nos ama: apesar de nossos pecados, da lama malcheirosa que nos cobre, seu amor de ágape insiste em nos salvar e santificar, além de toda expectativa humana. Perdão e misericórdia sem limites são a marca de seu imenso amor por nós. Os santos – aqueles que mergulharam nesse amor de caridade – manifestam em sua vida o mesmo amor que não conhece fronteiras.
Abrindo mão de todo projeto pessoal – inclusive o de conservar a própria vida, como Maximiliano Kolbe, Gianna Beretta Molla e uma legião de mártires do Séc. XX -, os santos são impelidos pelo amor a se transformarem em hóstias vivas (Cf. Rm 12,1-2) e consagrar todos os seus esforços, tempo e recursos humanos para o bem-estar, o progresso e a salvação dos outros. E o fazem cheios de alegria, pois são impelidos pelo amor.
Por isso mesmo, quem se encontra com um santo, encontra-se com Deus…
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