15 de Setembro de 2021

24a semana comum Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

 

QUARTA FEIRA – NOSSA SENHORA DAS DORES

(branco, seq. facultativa, pref. de Maria – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

– Simeão disse a Maria: Teu Filho será causa de queda e de ressurreição para muitos. Ele será sinal de contradição e teu coração será transpassado como por uma espada (Lc 2,34).

 

Oração do dia

– Ó Deus, quando o vosso Filho foi exaltado, quisestes que sua mãe estivesse de pé junto à cruz, sofrendo com ele. Dai à vossa Igreja, unida a Maria na paixão de Cristo, participar da ressurreição do Senhor. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Hb 5,7-9

– Leitura da carta aos Hebreus: 7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se a causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 31,2-3a.3bc-4.5-6.15-16.20 (R: 17b)

 

– Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente. Porque sois justo, defendei-me e libertai-me; apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me!

R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me!

R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!

R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!

R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

– Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Feliz a virgem Maria, que, sem passar pela morte, do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor!

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 2,33-35

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

33O pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: “Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição 35 e a ti, uma espada traspassará tua alma! – e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Nossa Senhora das Dores

- por Pe. Alexandre

Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”

Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucificação de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.

A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucificação , morte e sepultura de Jesus Cristo.

Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Uma espada de dor… (Lc 2,33-35)

 

A contemplação das dores de Maria é bem mais que uma piedosa tradição do povo católico. Trata-se de um remédio para muitos males de nosso tempo, como a doença de buscar a felicidade a todo preço, em qualquer circunstância, como se fosse possível passar pela Terra sem sofrer.

Maria de Nazaré é uma Mulher, escolhida por Deus para a missão única de ser a Mãe do Salvador. Mas esta escolha não faz dela um anjo, puro espírito, vacinado contra a dor. Não lhe dá privilégios neste vale de lágrimas onde vivemos. Ao contrário, profundamente humana, Maria participa em tudo de nossa humanidade, com suas angústias, até o clímax do Calvário.

E exatamente por conhecer na sua própria carne a dor humana, Maria sabe fazer o papel de nossa intercessora junto a Jesus, sempre terna e compadecida diante de nossas dores, nossas perplexidades, nossas angústias… e até mesmo de nossos pecados…

Certo exagero em ver a Mãe de Deus como rainha coroada, cercada de anjos, pisando em nuvens, revestida de tons dourados, pode nos dar uma visão falsa de Maria. Não podemos esquecer a jovenzinha de Nazaré, a mãe que amamenta o filho, a dona de casa que cozinha, lava roupa e varre a casa. Esta é a Maria real. Esta é a Maria que sofre.

Vem deste Evangelho o costume de retratar N. Sra. das Dores com uma espada no coração. A dor que ela experimenta brota da profecia de que seu Filho será um “sinal de contradição”, isto é, levará as pessoas a tomar uma decisão: ser a favor ou contra Jesus Cristo.

Assim como a espada separa a carne que ela atinge, assim também a pessoa de Jesus exige um corte radical entre o pecado e a salvação, entre o erro e a verdade, entre as trevas e a luz. “Simeão define Jesus como o sinal colocado por Deus, que obriga inevitavelmente todo homem a se decidir: para a morte ou para a vida. Embora ele seja sinal de salvação, sempre encontrará oposição. E aqui serão reveladas as perplexidades, as dúvidas e as maldades ocultas no coração do homem.”

Assim, as palavras de Simeão a Maria já antecipam o anúncio da Paixão de Cristo: “Uma espada transpassará a tua alma”. E como ninguém está tão unido a Jesus quanto Maria, a rejeição contra o Filho há de ferir também o coração da Mãe. Mas Ela será sempre fiel a seu Filho, sem se fazer de vítima, ou usar do sofrimento como desculpa para compensações.

O sofrimento de Maria é uma COM-PAIXÃO. Ela sofre a Paixão de seu Filho. Somos chamados a sofrer a mesma dor, ao ver que Jesus é rejeitado, caluniado. Sofrer quando recusam a salvação por ele oferecida e ver desperdiçado o sangue derramado por todos nós.

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