16 de Dezembro de 2020

3a semana do Advento - Ano B. Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA DA III SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor vai chegar, não tardará: há de iluminar o que as trevas ocultam e se manifestará a todos os povos (Hab.2,3; 1Cor 4,5)

 

Oração do Dia

 

– Concedei nos ó Deus, onipotente, que as próximas festas do vosso Filho nos sejam remédio nesta vida e prêmio na vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 45,6b-8.18.21b-25

 

– Leitura do livro do profeta Isaías: 6b. Eu sou o Senhor, não há outro, 7eu formei a luz e criei as trevas, crio o bem-estar e as condições de mal-estar: sou o Senhor que faço todas essas coisas. 8Céus, deixai cair orvalho das alturas, e que as nuvens façam chover justiça; abra-se a terra e germine a salvação; brote igualmente a justiça: eu, o Senhor, a criei”. 18Isto diz o Senhor que criou os céus, o próprio Deus que fez a terra, a conformou e consolidou; não a criou para ficar vazia, formou-a para ser habitada: “Sou eu o Senhor, e não há outro. 21bAcaso não sou eu o Senhor? E não há deus além de mim. Não há um Deus justo, e que salve, a não ser eu. 22Povos de todos os confins da terra, voltai-vos para mim e sereis salvos, eu sou Deus, e não há outro. 23Juro por mim mesmo: de minha boca sai o que é justo, a palavra que não volta atrás; todo joelho há de dobrar-se para mim, por mim há de jurar toda língua, 24dizendo: Somente no Senhor residem justiça e força”. Comparecerão perante ele, envergonhados, todos os que lhe resistem; 25no Senhor será justificada e glorificada toda a descendência de Israel.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 85,9ab-10.11-12.13-14 (R: Is 45,8)

 

Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado!
R: Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado!

– Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração. Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra.

R: Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado!

– A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus.

R: Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado!

– O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus.

R: Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Tu que trazes boa-nova a Sião, levanta tua voz e anuncia: eis que vem o Senhor Deus com poderio! (Is 40,9s)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,19-23

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, João convocou dois de seus discípulos, 19e mandou-os perguntar ao Senhor: És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar por outro? ” 20Eles foram ter com Jesus, e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro? ’” 21Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista. 22Então, Jesus lhes respondeu: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a boa nova é anunciada aos pobres. 23É feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santa Adelaide

- por Pe. Alexandre

 

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.

Amém.

Hoje a Igreja celebra a MEMÓRIA  de Santa Adelaide.

Santa Adelaide nasceu NA BORGONHA, Itália, no ano 931. Dotada de um coração

EXTREMAMENTE  generoso, ela foi rainha DA ITÁLIA ,rainha DA ALEMANHAe a PRIMEIRA  imperatriz do Sacro Império.

De rainha tornou-se PRISIONEIRA, sofreu maus-tratos e passou por DIVERSAS privações

para, DEPOIS, finalmente, assumir UM IMPÉRIO! Tudo isso DENTRO da honestidade, vivendo uma existência PIEDOSA, de muita HUMILDADE e extrema CARIDADE para com os pobres e DOENTES!

Exemplo cristão de princesa, rainha, imperatriz e mãe, sua vida é um exemplo para as mães de família. Santo Odilo, seu biógrafo, nos informa que: “no seio da família mostrava soberana amabilidade, no trato com estranhos era de uma caridade prudente e reservada. Mãe dos pobres, era protetora das instituições eclesiásticas e religiosas. Boa e humilde para os bons, era severa em castigar os maus e os ímpios. Humilde na prosperidade, era paciente e conformada na adversidade; sóbria e modesta no comer e vestir; constante na prática dos exercícios de piedade, penitência e caridade, era o modelo de uma perfeita cristã. Colocada sobre o trono, o orgulho não tomou posse de seu coração.  A lembrança dos pecados não a entregou ao desânimo ou ao desespero, como também os bens deste mundo.  Honra e glória não conseguiram perturbar a paz da sua alma, pois em tudo se baseava sobre o fundamento de toda santidade: a humildade. Firme na fé, era imperturbável sua esperança. Intitulava-se “Adelaide, por graça de Deus Imperatriz, e por si mesma pobre pecadora e deficiente serva de Deus”. O seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação. Nos últimos anos de vida, Adelaide foi para o Convento beneditino de Selz, na Alsácia. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999. Algumas de suas relíquias são preservadas em um santuário na Alemanha. Adelaide está incluída no elenco das “Grandes mulheres na História do Mundo- primeiro milênio”.

Santa Adelaide, rogai por nós.

Abençoe-vos o Deus todo poderoso. Pai, e Filho e Espírito Santo. Amém.

 

Meditação

- por Pe. Alexandre

Ou devemos esperar por outro? (Lc 7,19-23)

 

A leitura do Antigo Testamento, desde a Aliança de Deus com o velho Abraão até a véspera de João Batista, mostra-nos Israel como um povo que espera. Herdeiro das alianças e receptor das promessas, Israel vivia em permanente tensão, como “vigia esperando a aurora” (cf. Sl 130, 6-7), olhos fixos no horizonte do futuro, de onde viria o Ungido de Deus, isto é, o Messias prometido.

Basta, por exemplo, um rápido exame do livro do profeta Isaías – conhecido como autêntico Proto-Evangelho – para ver todo o bem que se esperava com a vinda do Messias prometido por Deus: um novo caminho (2,3); espadas trocadas por arados (2,4), isto é, a Paz; luz nas trevas (9,1); libertação (19,20); lágrimas enxugadas (25,8); um derramamento do Espírito (32,15); o perdão dos pecados (33,24); a alegria definitiva (35,1) e, acima de tudo, a presença de Deus no meio de seu povo, na figura do Emanuel (7,14).

É natural que toda expectativa abra espaço a decepções. E elas vieram. Ao longo de sua história, Israel viu o surgimento de pseudoprofetas e falsos messias, que levaram o povo a graves desvios de corrupção e a revoluções tão sangrentas quanto inúteis. Por tudo isso, faz sentido a pergunta dos emissários de João: “És tu aquele que há de vir – isto é, o Messias prometido – ou devemos esperar por outro?”

Jesus não lhes dá uma resposta direta de imediato. Os enviados de João deviam presenciar pessoalmente os gestos e as ações de Jesus, que encarnavam na prática as promessas transmitidas pelos antigos profetas: enfermos curados, possessos libertados, paralíticos mobilizados, mas – acima de tudo – a Boa Nova anunciada aos pobres. Só então Jesus lhes diz: “Agora, voltem a João Batista e narrem para ele o que vocês viram e ouviram”.

Passaram 20 séculos. Jesus Cristo já morreu e ressuscitou. Seus discípulos mantêm acesa a chama que o Mestre acendeu, em um revezamento trans-histórico que atravessou as gerações e os impérios. Como Jesus prometeu voltar, para julgar os vivos e os mortos, levando a seu coroamento toda a Criação, em novos céus e nova terra (cf. Ap 21,1), o novo Israel, a Igreja, continua a esperar.

Podemos chamar esta virtude de “esperança”. Ou de “fidelidade”, se é que não são sinônimos. E ainda ressoa aos nossos ouvidos a bem-aventurança de Jesus: “Bem-aventurado aquele que não se escandaliza a meu respeito!” (Lc 7,23)

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