16 de dezembro de 2022

3a Semana do Advento ano A - Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA DA III SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento II – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor descerá com esplendor, para visitar o seu povo na paz e fazê-lo viver a vida eterna.

 

Oração do dia

 

– Nós o pedimos, ó Deus todo-poderoso, que vossa graça sempre nos preceda e acompanhe, para que, esperando ansiosamente a vinda do vosso Filho, possamos obter a vossa ajuda nesta vida e na outra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 56,1-3a.6-8

– Leitura do livro do profeta Isaías: 1Isto diz o Senhor: “Cumpri o dever e praticai a justiça, minha salvação está prestes a chegar e minha justiça não tardará a manifestar-se”. 2Feliz do homem que assim proceder e que nisso perseverar, observando o sábado, sem o profanar, preservando suas mãos de fazer o mal. 3aNão diga o estrangeiro que aderiu ao Senhor: “Por certo o Senhor me excluirá de seu povo”. 6Aos estrangeiros que aderem ao Senhor, prestando-lhe culto, honrando o nome do Senhor, servindo-o como servos seus, a todos os que observam o sábado e não o profanam, e aos que mantêm aliança comigo 7-a esses conduzirei ao meu santo monte e os alegrarei em minha casa de oração; aceitarei com agrado em meu altar seus holocaustos e vítimas, pois minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. 8Diz o Senhor Deus, que reúne os dispersos de Israel: “Ainda reunirei com eles outros, além dos que já estão reunidos”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 67,2-3.5.7-8 (R: 4)

 

–  Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.
R:Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.

– Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos.

R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.

– Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justiça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações.

R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.

– A terra produziu sua colheita: o Senhor e nosso Deus nos abençoa. Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra!

R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Vinde visitar-nos, ó Senhor, em grande paz e segurança, para que nos alegremos ante vós com reto coração!

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 5,33-36

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, Jesus disse aos judeus: 33“Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 34Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação. 35João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar, e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com a sua luz. 36Mas eu tenho um testemunho maior que o de João; as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santa Adelaide, amiga do Santo Odilo

- por Pe. Alexandre

Origens
Santa Adelaide nasceu em Borgonha, no ano 931. Seu pai era Rodolfo II, rei da Borgonha. Aos 16 anos, foi dada em casamento ao rei da Itália, Lotário II. Esse a fez infeliz, mas faleceu três anos após o casamento (em 950); após ser envenenado pelo duque Berengário de Ivreia, que queria tomar para si o reino de Lotário.

O Cárcere
Duque Berengário quis obrigar Adelaide a se casar com seu filho, mas ela recusou firmemente. Sendo assim, foi encarcerada, a mando de Berengário, em um castelo, onde mais tarde conseguiu fugir. Viajou para a Alemanha para pedir o auxílio de Otão I, rei da Alemanha.

Casamento com Otão
No Natal de 951, Otão casou-se com Adelaide, sendo em seguida proclamado rei da Itália. Otão reapareceu na Itália dez anos depois, chamado pelo Papa João XII, após os Estados terem sido invadidos. Otão expulsou os invasores e, como recompensa pelo bem feito, recebeu a coroa imperial que tinha usado Carlos Magno, desse modo nasceu o Sacro Império romano-germânico, que durou mais de oito séculos.

Santa Adelaide: a Imperatriz dos mais necessitados

Imperatriz
Adelaide mais uma vez ficou viúva, após a morte de Otão I. Exerceu o poder em nome do filho Otão II, que, neste período, ainda era muito novo para assumir o trono (973-978). Adelaide governou novamente o Império entre os anos 991 a 996, até o neto Otão III assumir o trono. Consagrou os três últimos anos de sua vida promovendo o bem da Igreja e auxiliando os pobres e necessitados.

O Mosteiro de São Martinho de Tours
Refugiada na Borgonha, após Otão revoltar-se com Adelaide, conheceu Santo Odilo, com quem espalhou grandes benefícios pelos mosteiros franceses das regiões vizinhas. Uma das principais construções feitas por eles foi o Mosteiro de São Martinho de Tours, que acabou sendo destruído após um incêndio.

Páscoa
Sentindo o fim de sua vida, Adelaide pediu que a transportasse para o mosteiro de Selz, onde faleceu no dia 16 de dezembro de 999. Entre as “Grandes mulheres na História do mundo”, no primeiro milênio, está Santa Adelaide. Exemplo de mãe, princesa, imperatriz, rainha e cristã.

Minha oração

“Mesmo tão nobre soube se igualar aos mais fracos e necessitados, colocou toda a tua realeza em função daqueles que são os mais nobres para Cristo, ajudai a crescer em nossos corações o dom da caridade e da generosidade para que a sociedade cresça em solidariedade. Amém ”

Santa Adelaide, rogai por nós! 

Meditação

- por Pe. Alexandre

João era a lâmpada… (Jo 5,33-36)

 

A imagem escolhida por Jesus para falar de João Batista, seu precursor, não é a “lâmpada” de nossos dias, com luz fria e imóvel. A antiga lâmpada da Palestina (lychnos, no texto grego de São João) era uma chama viva, capaz de queimar e brilhar. Uma vez acesa, ela bailava no ar, emitindo luz e calor.

 

Ora, o Evangelho de Lucas (1,15) registra as palavras do anjo a Zacarias, no secreto do Templo, dizendo que João Batista seria cheio do Espírito Santo “desde o ventre de sua mãe”. É exatamente essa íntima pulsação do Espírito de Deus que fez de João uma lâmpada, um foco de luz e calor para espantar as sombras que envolviam Israel.

 

Entre as várias imagens bíblicas para representar o Espírito Santo – vento / azeite / pomba / água viva etc. – destaca-se o FOGO. Na manhã de Pentecostes, quando se cumpriu a promessa do Pai (cf. At 1,4-5), que falava de um batismo “no fogo e no Espírito” (Lc 3,16), foram as línguas de fogo que caíram do céu e se repartiram por todos os presentes no Cenáculo, empoderando-os para dar continuidade à missão de Jesus Cristo.

 

Tal como o dinamismo do Espírito, são múltiplas as funções do fogo: afasta as trevas, aquece os corpos, cauteriza as feridas, purifica os objetos, derrete os sólidos, destrói as impurezas. Assim, a condição para arder e brilhar, atraindo os olhares para Cristo, é estar cheio do Espírito Santo.

 

Isto pode explicar o frequente fracasso dos ministros da Igreja, quando se dedicam, com suor e boa vontade, a realizar pesadas tarefas pastorais, mas sem previamente deixar-se queimar pela chama do Espírito, condição sine qua non para todo trabalho eclesial.

 

Aqui e ali, muita gente tem apostado em seus cursos de teologia, em suas dinâmicas sociais, em novas técnicas de comunicação e “marketing cristão”. Com tudo isso, suas igrejas se esvaziam. Em outros lugares, com extrema pobreza de meios e recursos, mas ardentes no Espírito, outros pastores atraem multidões e inflamam os corações.

 

A figura de João Batista, modelado pelo Vento do deserto, deve servir-nos de estímulo a buscar na plenitude do Espírito Santo as inspirações para nosso testemunho cristão. Não há outro caminho…

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