16 de Março de 2019

1ª Semana da Quaresma - Sábado

- por Padre Alexandre Fernandes

SABADO – I SEMANA DA QUARESMA

(Roxo, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– A lei do Senhor é perfeita conversão para alma. O testemunho do Senhor é verdadeiro, sabedoria para os simples (Sl 18,8).

 

Oração do dia

 

– Convertei para vós, ó Pai, nossos corações, a fim de que, buscando sempre o único necessário e praticando obras de caridade, nos dediquemos ao vosso culto. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Dt 26,16-19

 

– Leitura do livro do Deuteronômio: Moisés dirigiu a palavra ao povo de Israel e lhe disse: 16“Hoje, o Senhor teu Deus te manda cumprir esses preceitos e decretos. Guarda-os e observa-os com todo o teu coração e com toda a tua alma.  17Tu escolheste hoje o Senhor para ser o teu Deus, para seguires os seus caminhos, e guardares seus preceitos, mandamentos e decretos, e para obedecerdes à sua voz. 18E o Senhor te escolheu, hoje, para que sejas para ele um povo particular, como te prometeu, a fim de observares todos os seus mandamentos. 19Assim ele te fará ilustre entre todas as nações que criou, e te tornará superior em honra e glória, a fim de que sejas o povo santo do Senhor teu Deus, como ele disse”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 119,1-2.4-5.7-8 (R: 1b)

 

– Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
R: Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!

– Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! Feliz o homem que observa seus preceitos, e de todo o coração procura Deus!

R: Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!

– Os vossos mandamentos vós nos destes, para serem fielmente observados. Oxalá seja bem firme a minha vida em cumprir vossa vontade e vossa lei!

R: Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!

– Quero louvar-vos com sincero coração, pois aprendi as vossas justas decisões. Quero guardar vossa vontade e vossa lei; Senhor não me deixe desamparado!

R: Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 5,43-48

 

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!

 

– Eis o tempo de conversão; eis o dia da salvação  (2Cor 6,2).

 

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São João de Brébeuf e Companheiros

- por Padre Alexandre Fernandes

São João de Brébeuf nasceu em 1593, na França. Entrou para a Companhia de Jesus, tornando-se Jesuíta no dia em que completava 29 anos. Em 1625, junto com um grupo de missionários, partiu para o Canadá, com a missão era evangelizar os índios algonquinos.

A região dos grandes lagos, nos confins entre os Estados Unidos e o Canadá, era habitada no século XVII por tribos, peles vermelhas, que não conheciam a mensagem do Evangelho. Nossos irmãos enfrentaram as dificuldades próprias da adaptação nas terras diferentes, climas, línguas e principalmente tribos indígenas guerreiras, que faziam da missão um perigo, mas assim mesmo, os santos missionários preferiram arriscar a vida por Jesus.

João Brebéuf era admirado e respeitado pelos indígenas. Batizou cerca de sete mil índios. Vivia em extrema pobreza, dividindo comida e casa com os índios. Apesar disso, dava testemunho de alegria, de esperança e de paciência cristã, a ponto de os índios dizerem a seu respeito: "Jesus voltou"! Aprenderam rapidamente a língua indígena a ponto de escrever para eles uma gramática e livros de catequese.

No dia 16 de março de 1649, uma tribo adversária, os iroqueses, invadiu a missão. João foi amarrado num pau e tremendamente torturado, tendo inclusive suas unhas arrancadas. Impressionados com a coragem do missionário, os índios arrancaram-lhe o coração a fim de comê-lo e herdar sua força.

Com João de Brébeuf foram martirizados seus sete companheiros: Isac Jogues, Antonio Daniel, Carlos Garnier, Gabriel Lalemant, João de la Lande, Natal Chabanel e Renato Goupil.

  

Oração

Deus todo-poderoso, que destes aos mártires Santos João de Brébeuf e companheiros a graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

FONTE: A12

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Amai os vossos inimigos! (Mt 5,43-48)

 

            Aqui, estamos diante de um exclusivo cristão. Amar os amigos, todo mundo ama. É bem fácil: temos a mesma raça, o mesmo sangue, a mesma língua, a mesma religião, o mesmo Livro sagrado, o mesmo altar… Pode-se até rezar o salmo: “Ó como é bom e agradável irmãos unidos vierem juntos!” (Sl 133,1) Mas a ordem para o seguidor de Cristo é exatamente o impensável: amar o inimigo!

 

            Deve ser por isso que Jesus não mandou amar apenas o próximo, como no Antigo Testamento: mandou amar o inimigo! Aliás, os rabinos judeus do tempo de Jesus discutiam interminavelmente sobre a definição de quem seria o tal “próximo” que a Torá mandava amar (cf. Lv 19,18). Seria apenas outro judeu? Ou também o prosélito? Deveria ser incluído o estrangeiro com suas diferenças? E não chegavam a um consenso…

 

            A questão se torna mais aguda quando contemplamos Jesus e nos certificamos de que ele vai muito além das palavras. Ele pratica o mesmo mandamento que nos deu: na cruz, cravado no madeiro, Jesus não morre sem, antes, rezar ao Pai: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem…” (Lc 22,34) O primeiro mártir da Igreja, o diácono Estêvão, morreria apedrejado e repetindo quase as mesmas palavras de Jesus (cf. At 7,60).

 

            Que motivos têm alimentado o nosso ódio? Quais os seus estopins? Humilhações, zombarias, desprezo? O sucesso dos outros? A corrupção dos governantes? A agressão dos bandidos?

 

            Lembro-me do tempo de serviço na Pastoral Carcerária, na Grande BH, quando uma senhora visitava um jovem preso, aos domingos, levando um bolo, costurando-lhe a roupa e, creio, catando-lhe os piolhos. Era a mãe de sua vítima. E ela dizia: “Ele tem a mesma idade do meu filho morto. Posso fazer por ele o que eu faria por meu filho, se estivesse preso…”

 

            Claro que isto não se impõe. O amor é livre. E mais: o amor liberta! É como ensina Marko Ivan Rupnik: “O amor, na sua essência, é livre adesão. O amor é a comunhão das pessoas, mas de maneira livre, é a unidade vivenciada como livre adesão. Quanto mais o amor é maduro, mais ele está próximo do amor de Deus, e é mais livre de qualquer coerção, de qualquer necessidade. […] No entanto, o amor tem apenas uma fonte – Deus Pai -, um único comunicador – o Espírito Santo -, e um único realizador absoluto – Jesus Cristo.”

 

            Mais uma vez, estamos perante um “impossível” para os homens. Mais uma vez, não depende de esforço, de boa vontade e superação. Só temos uma saída: acolher a Graça! Abrir o coração ao Espírito Santo. Só ele ensina a amar assim…

 

Orai sem cessar: “Não me prives do teu Santo Espírito!” (Sl 51,13)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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