16 de Outubro de 2021

28a tempo comum Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – XXVIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Senhor, se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel! (Sl 129,3).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Rm 4,13.16-18

– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 13não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé, que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. 16É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apoia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. 17Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. 18Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua posteridade”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 105,6-7.8-9.42-43 (R: 8a)

 

O Senhor se lembra sempre da Aliança.
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança.

– Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.

R: O Senhor se lembra sempre da Aliança.

– Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.

R: O Senhor se lembra sempre da Aliança.

– Ele lembrou-se de seu santo juramento, que fizera a Abraão, seu servidor. Fez sair com grande júbilo o seu povo, e seus eleitos, entre gritos de alegria.

R: O Senhor se lembra sempre da Aliança.

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– O Espírito Santo, a verdade, de mim irá testemunhar; e vós minhas testemunhas sereis em todo lugar (Jo 15,26).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: 12,8-12

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 8“Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, o Filho do Homem também dará testemunho dele diante dos anjos de Deus. 9Mas aquele que me renegar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. 10Todo aquele que disser alguma coisa contra o Filho do Homem será perdoado. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado. 11Quando vos conduzirem diante das sinagogas, magistrados e autoridades, não fiqueis preocupados como ou com que vos defendereis, ou com o que direis. 12Pois, nessa hora, o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santa Margarida Maria Alacoque

- por Pe. Alexandre

Deus suscitou este luzeiro, ou seja, portadora da luz, que é Cristo, num período em que na Igreja penetrava as trevas do Jansenismo (doutrina que pregava um rigorismo que esfriava o amor de muitos e afastava o povo dos sacramentos). O nome de Santa Margarida Maria Alacoque está intimamente ligado à fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Nasceu na França em 1647, teve infância e adolescência provadas, sofridas. Órfã de pai e educada por Irmãs Clarissas, muito nova pegou uma estranha doença, que só a deixou depois de fazer o voto à Santíssima Virgem.

Com a intercessão da Virgem Maria, foi curada e pôde ser formada na cultura e religião. Até que provada e preparada no cadinho da humilhação, começou a cultuar o Santíssimo Sacramento do Altar e, diante do Coração Eucarístico, começou a ter revelações divinas.

“Eis aqui o coração que tanto amou os homens, até se esgotar e consumir para testemunhar-lhe seu amor e, em troca, não recebe da maior parte senão ingratidões, friezas e desprezos”. As muitas mensagens insistiram num maior amor à Santíssima Eucaristia, à Comunhão reparadora nas primeiras sextas-feiras do mês e à Hora Santa em reparação da humanidade.

Incompreendida por vários, Margarida teve o apoio de um sacerdote, recebeu o reconhecimento do povo que podia então deixar o medo e mergulhar no amor de Deus. Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e o Papa Pio XIII recomendou essa devoção, que nos leva ao encontro do Coração Eucarístico de Jesus. Santa Margarida Maria Alacoque morreu em 1690 e foi canonizada pelo Papa Bento XV em 1920.

Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O Espírito Santo vos ensinará… (Lc 12,8-12)

 

Gosto muito de uma passagem do Antigo Testamento que define o Espírito de Deus como alguém encarregado de nos educar: “O Espírito Santo, educador das almas, fugirá da perfídia, afastar-se-á dos pensamentos insensatos…” (Sb 1,5.) De fato, temos no Espírito de Deus um “mestre interior” – o único que nos pode revelar o mistério divino que se encerra na pessoa de Jesus Cristo. Sem esse Mestre, a Palavra de Deus permanece como linguagem cifrada, impenetrável à lógica dos humanos.

 

Quando Jesus se preparava para entregar-se à Paixão e separar-se de seus discípulos, falou repetidamente do dom do Espírito Santo como um “revelador”, alguém que poderia devolver aos corações humanos o sentido perdido de sua existência e dos projetos de Deus.

 

Assim, em S. João, podemos ler: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós”. (Jo 14,16-17.)

 

            Ou, logo a seguir: “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14,26.) E reafirma, ainda, sua função pedagógica: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão”. (Jo 16,13.)

 

Desde Pentecostes, a Igreja percebeu que só poderia ser o “Corpo de Cristo” sendo habitada pelo Espírito Santo. O Vaticano II, na Constituição Lumen Gentium, reconhece a ação do Espírito na Igreja: “O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis como num templo (cf. 1Cor 3,16; 6,19). Neles ora e testemunha a adoção de filhos (cf. Gl 4,6; Rm 8,15-16.26). Conduz a Igreja a toda a verdade (cf. Jo 16,13). Unifica-a na comunhão e no ministério. Dota-a e dirige-a mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos. E adorna-a com seus frutos (cf. Ef 4,11-12; 1Cor 12,4; Gl 5,22).” (LG, 4.)

 

Pairando sobre as águas primordiais da Criação, ungindo os profetas da Primeira Aliança, gerando na Virgem Maria a natureza humana do Salvador, descendo sobre Jesus no Rio Jordão, inflamando os discípulos em Pentecostes – eis a presença universal do Espírito de Deus na história dos homens…

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