17 de Dezembro de 2019
3a semana do Advento Terça-feira
- por Padre Alexandre Fernandes
TERÇA FEIRA – III SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento iI – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Alegrem-se os céus e exulte a terra, porque o Senhor nosso Deus virá e terá compaixão dos pequeninos (Is 49,13).
Oração do dia
– Ó Deus, criador e redentor do gênero humano, quisestes que o vosso Verbo se encarnasse no seio da Virgem. Sede favorável à nossa súplica, para que o vosso Filho unigênito, tendo recebido nossa humanidade, nos faça participar da sua vida divina. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Gn 49,2.8-10
– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 2Jacó chamou seus filhos e disse: “Juntai-vos e ouvi, filhos de Jacó, ouvi Israel, vosso pai! 8Judá, teus irmãos te louvarão; pesará tua mão sobre a nuca de teus inimigos, prostrar-se-ão diante de ti os filhos de teu pai. 9Judá, filhote de leão: subiste, meu filho, da pilhagem; ele se agacha e se deita como um leão, e como uma leoa; quem o despertará?
10O cetro não será tirado de Judá, nem o bastão de comando dentre seus pés, até que venha Aquele a quem pertencem, e a quem obedecerão os povos”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 72,1-2.3-4ab.7-8.17 (R: 7)
– Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância para sempre.
R: Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância, para sempre.
– Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.
R: Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância, para sempre.
– Das montanhas venha a paz a todo o povo, e desça das colinas a justiça! Este Rei defenderá os que são pobres, os filhos dos humildes salvará.
R: Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância, para sempre.
– Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
R: Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância, para sempre.
– Seja bendito o seu nome para sempre! E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor!
R: Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância, para sempre.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Ó sabedoria do Altíssimo, que tudo determina, com doçura e com vigor: oh, vem nos ensinar o caminho da prudência!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 1, 1-17
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– 1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. 3Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; 4Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; 5Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. 6Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido mulher de Urias. 7Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; 8Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias; 9Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; 10Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. 12Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; 13Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; 14Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; 15Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó. 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 17Assim, as gerações desde Abraão até Davi são catorze; de Davi até o exílio na Babilônia catorze; e do exílio na Babilônia até Cristo, catorze.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Lázaro
- por Padre Alexandre Fernandes
Lázaro reviveu e este fato bíblico acabou levando muitos à fé em Jesus Cristo
A Igreja, neste tempo do Advento, se prepara para celebrar o aniversário de Jesus e se renova no desejo ardente de que Cristo venha pela segunda vez e instaure aqui o Reino de Deus em plenitude. Sem dúvida estão garantidos para este reinado pleno, que acontecerá em breve, os amigos do Senhor.
Hoje vamos lembrar um destes amigos de Cristo: São Lázaro. Sua residência ficava perto de Jerusalém, numa aldeia da Judéia chamada Bethânia. Era irmão de Marta e de Maria. Sabemos pelo Evangelho que Lázaro era tão amigo de Jesus que sua casa serviu muitas vezes de hospedaria para o Mestre e para os apóstolos.
Lázaro foi quem tirou lágrimas do Cristo, quando morreu, ao ponto de falarem: “Vejam como o amava!”. Assim aconteceu que, por amor do amigo e para a Glória do Pai, Jesus garantiu à irmã de Lázaro o milagre da ressurreição: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morto, viverá: e quem vive e crê em mim, não morrerá, Crês isto?” (Jo 11,26).
O resultado de tudo foi a ressurreição de São Lázaro, pelo poder do Senhor da vida e vencedor da morte. Lázaro reviveu e este fato bíblico acabou levando muitos à fé em Jesus Cristo e outros começaram a pensar na morte do Messias, como na de Lázaro. Antigas tradições relatam que a casa de Lázaro permaneceu acolhedora para os cristãos e o próprio Lázaro teria sido Bispo e Mártir.
São Lázaro, rogai por nós!
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
Maria, da qual nasceu Jesus… (Mt 1,1-17)
Desde Abraão, da Ur dos caldeus, até Maria, da Nazaré dos galileus, séculos de história. Séculos de promessas. Séculos de esperança…
Abrãao – antes, Abrão – é o pai do povo. É aquele que ouve o chamado de Deus e faz uma aposta baseada exclusivamente na fé. A meta apontada é uma terra e uma descendência. Sem mapas nem garantias, ele corta suas raízes e se lança no vazio do deserto. “E Abrão partiu.” (Gn 12,4)
Maria – ou Miriam – é a mãe de Jesus, o homem novo de um povo novo. É aquela que ouve o chamado de Deus e acolhe a proposta divina num gesto exclusivo de fé. A missão apontada é gerar um Filho para Deus. Sendo noiva, arrisca a própria vida, mas abre mão de seus projetos pessoais e se lança no vazio do amor: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc 1,38)
A genealogia de Jesus, tecida por São Mateus, não resiste a uma análise histórica. A própria Escritura traz passagens que a desmentem (cf. 1Crônicas, cap. 1 a 8), e a versão de São Lucas não confere com ela. Mesmo assim, a longa lista de nomes cumpre o seu papel: enraizar Jesus de Nazaré na história dos homens. Não um mito tombado do Olimpo, mas um Filho do homem concebido pela ação do Espírito Santo (cf. Mt 1,20; Lc 1,35).
Hébert Roux comenta: “Tal como as outras genealogias bíblicas, esta, a última de todas, tem como objetivo realçar as ligações, as ascendências de um personagem; ela indica a maneira como a existência deste personagem está condicionada, enraizada em um passado mais ou menos remoto que pode explicar quem ele é e de onde vem. Para Mateus, como para os outros autores da Bíblia, a existência dos seres e, em particular, desse Ser Único do qual ele dá testemunho, não se concebe em si mesma, independentemente de suas origens, de sua raiz. A vinda de Jesus, chamado Cristo, não é um evento inesperado ou acidental no curso da história. O nascimento terrestre em questão encontra suas origens, sua explicação, sua significação em todo um passado, em uma história cujas etapas estão cuidadosamente marcadas. Ao mesmo tempo, esse mesmo nascimento ilumina, com um dia verdadeiramente novo e decisivo, toda essa história que, sem a vinda de Cristo, não teria nenhum interesse.”
Sim, Jesus é ponto de chegada, o ponto de realização de toda uma linhagem humana, à qual Deus prometera um “Descendente” (cf. Gn 3,15) que esmagaria a serpente venceria o mal. Desde Eva até Maria, Deus promete e faz.
Orai sem cessar: “Um Filho nos foi dado…” (Is 9,5)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança
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