17 de Junho de 2021

11a semana comum Terça-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA – XI SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

Antífona da entrada

 

– Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador!

(Sl 26,7.9)

Oração do dia

 

– Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao meu apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: 2Cor 11,1-11

 

– Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos, 1oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cris­to como virgem pura. 3Porém, receio que, como Eva foi enganada pela esperteza da serpente, também vossos pensamentos se corrompam, afastando-se da simplicidade e purezas devidas a Cristo: 4De fato, se aparece alguém pregando outro Jesus, que nós não pregamos, ou prometendo um outro Espírito, que não recebestes, ou anunciando um outro evangelho, que não acolhestes, vós o suportais de bom grado. 5No entanto, entendo que em nada sou inferior a esses “superapósto­los”! 6Mesmo que eu seja inábil na arte de falar, não o sou quanto à ciência: eu vo-lo tenho demonstrado em tudo e de todas as maneiras. 7Acaso cometi algum pecado, pelo fato de vos ter anunciado o evangelho de Deus gratuitamente, humilhando-me a mim mesmo para vos exaltar? 8Para vos servir, despojei outras Igrejas, delas recebendo o meu sustento. 9E quando, estando entre vós, tive alguma necessidade, não fui pesado a ninguém, pois os irmãos vindos da Macedônia supriram as minhas necessidades. Em todas as circunstâncias, cuidei – e cuidarei ainda – de não ser pesado a vós. 10Tão certo como a verdade de Cristo está em mim, essa minha glória não me será arrebatada nas regiões da Acaia. 11E por quê? Será porque eu não vos amo? Deus o sabe!

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 111,1-2.3-4.7-8 (R: 7a)

 

– Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.
R: Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.

– Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!

R: Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.

– Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.

R: Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.

– Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles, são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão.

R: Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Recebestes um espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai!  (Rm 8,15)

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 6,7-15

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós come­testes”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Rainério

- por Pe. Alexandre

Nasceu em Pisa, Itália, no ano de 1118. O santo de hoje teve a graça de nascer em um lar cristão, porém, optou por uma vida no pecado, e a consequência foi o vazio existencial.

Providencialmente, encontrou-se com Alberto de Córsega, uma grande testemunha em seu tempo, que deixara tudo por causa de Jesus.

Rainério retirou-se por um tempo em penitência e, nesse momento, aconteceu o seu chamado para deixar todos os seus bens. E ele o fez: foi para a Terra Santa, onde ficou muitos anos visitando os lugares santos e sendo instrumento de conversão para muitos.

Obediente a Deus, Rainério voltou para Pisa, tornou-se monge e, depois, formador dos monges. Pouco antes de abandonar este mundo, formulou uma prece de bênção para o pão e a água. A água e o pão, benzidos por ele ou por outro, mas com sua fórmula, serenavam tempestades, curavam numerosos doentes e libertavam possessos e prisioneiros.

Foi um grande apóstolo para o povo, consumindo-se pelo Evangelho. Veio a falecer em 1160. Após a sua morte, os milagres continuaram acontecendo, sobretudo, por meio da água que eram benzidas com o auxílio de sua oração.

No ano de 1591, suas ossadas foram encaminhadas para a catedral de Pisa, devido à fama dos milagres obtidos em seu nome. A canonização de São Rainério foi celebrada pelo papa Alexandre III.

São Rainério, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Seja feita a vossa vontade… (Mt 6,7-15)

É estranho como um ato essencialmente religioso – a oração – possa ser o campo de tantos desvios, tantos enganos, tanta corrupção! Que as tribos primitivas oferecessem “iscas” para amansar os espíritos e os orixás, entende-se. Mas um cristão fazer da oração uma ferramenta para dobrar Deus diante de suas próprias vontades, não dá para entender…

Entretanto, ainda existem cristãos dispostos a rezar para “dobrar” a Deus, dominá-lo por meio de “orações de poder” cujo efeito seria automático, sem perceber que estão confundindo a vida de oração com o exercício da magia.

Neste Evangelho, a pedido dos próprios discípulos (cf. Lc 11,1), Jesus de Nazaré nos ensina uma oração em que filhos se dirigem a um Pai. É a oração dominical ou o Pai-Nosso. Nela, expressamos três aspirações e fazemos três pedidos. Do mais profundo do fiel, brotam as aspirações pela santificação do Nome de Deus, pela vinda do Reino e pelo cumprimento da vontade divina aqui na terra, tal como se cumpre no céu. E seguem as súplicas pelo pão cotidiano, o essencial, pelo perdão de nossos pecados e pela libertação do maligno.

Se Jesus nos ensina a rezar assim, é porque tudo isto está de acordo com a vontade do Pai. E seria loucura total pretender que uma oração nossa – por mais engenhosa e sábia – pudesse forçar Deus a fazer alguma coisa que ele mesmo não quer. Pois acontece: cristãos que rezam para que o Senhor Onipotente faça a vontade… deles!

Como observa o exegeta Hébert Roux, “toda petição é vã se não se inspirar nas verdadeiras necessidades que Deus conhece e revela, que não se atenha ao dom de Deus e ao cumprimento de sua vontade. Aqui também trata-se da justiça do Reino, que se cumpre em Jesus Cristo, e não aquela que o homem natural acredita realizar. A verdadeira oração é uma ação de Deus no homem, e não uma ação do homem sobre Deus”.

Ridícula pretensão a nossa se pretendemos orientar Deus sobre o que fazer em nossas vidas: ele sabe o que fazer! A oração se torna autêntica quando aquele que reza se declara disposto a cumprir os desígnios do Senhor: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos; guia-me na senda reta!” (Sl 27,11)

O exemplo perfeito de oração Jesus no-lo deu em sua agonia: “Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; mas não se faça a minha vontade e, sim, a tua!” (Lc 22,42) Fica bem claro: toda preferência nossa, todo impulso pessoal, toda conveniência fica subordinada a uma vontade maior, que é a vontade do Pai. E seria um absurdo imaginar que nossa vontade fosse mais eficaz e justa que a vontade de Deus.

Logo antes da Comunhão, rezamos o Pai-Nosso. É que, entrando em simbiose com Jesus, o Filho, nós também somos filhos dispostos a cumprir a vontade do Pai.

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