17 de Março de 2023

3 semana da quaresma- Sexta - Feira

- por Pe. Alexandre

 

SEXTA FEIRA DA III SEMANA DA QUARESMA
(roxo, ofício do dia)
Antífona da entrada
– Senhor, não há entre os deuses nenhum que se vos compare, porque sois
grande e fazeis maravilhas: só vós, Senhor, sois Deus (Sl 85,8.10).
Oração do dia
– Infundi, ó Deus, vossa graça em nossos corações, para que, fugindo aos
excessos humanos, possamos, com vosso auxílio, abraçar os vossos
preceitos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
1ª Leitura: Os 14,2-10
– Leitura da profecia de Oséias: Assim fala o Senhor Deus: 2 “Volta, Israel, para
o Senhor, teu Deus, porque estavas caído em teu pecado. 3 Vós todos,
encontrai palavras e voltai para o Senhor; dizei-lhe: ‘Livra-nos de todo o mal e
aceita este bem que oferecemos; o fruto de nossos lábios. 4 A Assíria não nos
salvará; não queremos montar nossos cavalos, não chamaremos mais ‘Deuses
nossos’ a produtos de nossas mãos; em ti encontrará o órfão misericórdia”. 5 Hei
de curar sua perversidade e me será fácil amá-los, deles afastou-se a minha
cólera. 6 Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio e lançará
raízes como plantas do Líbano. 7 Seus ramos hão de estender-se; será seu
esplendor como o da oliveira, e seu perfume como o do Líbano. 8 Voltarão a
sentar-se à minha sombra e a cultivar o trigo, e florescerão como a videira, cuja
fama se iguala à do vinho do Líbano. 9 Que tem ainda Efraim a ver com ídolos?
Sou eu que o atendo e que olho por ele. Sou como o cipreste sempre verde: de
mim procede o teu fruto. 10 Compreenda estas palavras o homem sábio, reflita
sobre elas o bom entendedor! “São retos os caminhos do Senhor e, por eles,
andarão os justos, enquanto os maus ali tropeçam e caem”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 81,6c.8a.8bc-9.10-11ab.14.17 (R: 11.9a)
– Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
– Eis que ouço uma voz que não conheço: “Aliviei as tuas costas de seu fardo,
cestos pesados eu tirei de tuas mãos”. Na angústia a mim clamaste, e te salvei.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
– De uma nuvem trovejante te falei, e junto às águas de Meriba te provei. Ouve,
meu povo, porque vou te advertir! Israel, ah! se quisesses me escutar.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

– Em teu meio não exista um deus estranho, nem adores a um deus
desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te
arranquei.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
– Quem me dera que meu povo me escutasse! Que Israel andasse sempre em
meus caminhos. “Eu lhe daria de comer a flor do trigo, e com o mel que sai da
rocha o fartaria”.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 12,28b-34
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
– Convertei-vos, nos diz o Senhor, está próximo o reino de Deus! (Mt 4,17).
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 28b um escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o
primeiro de todos os mandamentos?” 29 Jesus respondeu: “O primeiro é este:
Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30 Amarás o Senhor teu
Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e
com toda a tua força! 31 O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como
a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”. 32 O mestre da
Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o
único Deus e não existe outro além dele. 33 Amá-lo de todo o coração, de toda a
mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do
que todos os holocaustos e sacrifícios”. 34 Jesus viu que ele tinha respondido
com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém
mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

São Patrício da Irlanda e sua couraça - reze agora mesmo!

- por Pe. Alexandre

Origens
São Patrício nasceu na Grã-Bretanha por volta de 380. Oração, penitência e uma vida de entrega a Deus foram capacitando São Patrício a responder, em Cristo, diante das tribulações da vida.

 

Os piratas
Aos 16 anos, foi capturado e preso por piratas irlandeses. No perdão, na oração e na atenção de encontrar um espaço para a fuga, conseguiu fugir para a França, onde continuou seu discernimento na busca da vontade de Deus.

Sacerdote e missionário
Tornou-se sacerdote missionário, evangelizando na Inglaterra e na Irlanda. Já como bispo, salvou muitas almas através de seu testemunho de santidade, a ponto de tornar a antiga Irlanda toda católica, do empregado ao rei.

São Patrício: Padroeiro da Irlanda

Páscoa
A história da Irlanda ficou marcada com a contribuição de São Patrício, que, através da construção que fez de diversos mosteiros, deixou nesse lugar a fama de “ilha dos mosteiros”. Faleceu com cerca de 80 anos.

A Couraça de São Patrício
De acordo com a tradição, São Patrício escreve “A Couraça” por volta de 433 d.C., para invocar a proteção divina, depois de converter com êxito, do paganismo ao cristianismo, o rei irlandês e seus súditos.

Minha oração
Submeta os anseios de sua alma à Cristo, rezando a oração da Couraça de São Patrício.

A Couraça

Levanto-me, neste dia que amanhece,
Por uma grande força, a invocação da Trindade,
Pela fé na Tríade,
Pela afirmação da unidade
Do Criador da criação.

Levanto-me, neste dia que amanhece,
Pela força do nascimento de Cristo e de seu batismo,
Pela força de sua crucificação e sepultamento,
Pela força de sua ressurreição e ascensão,
Pela força de sua descida para o julgamento dos mortos.

Levanto-me, neste dia que amanhece,
Pela força do amor dos Querubins,
Em obediência aos Anjos,
A serviço dos Arcanjos,
Pela esperança da ressurreição e do prêmio,
Pelas orações dos Patriarcas,
Pelas previsões dos Profetas,
Pela pregação dos Apóstolos
Pela fé dos Confessores,
Pela inocência das Virgens santas,
Pelos atos dos Bem-aventurados.

Levanto-me, neste dia que amanhece,
Pela força do céu:
Luz do sol, clarão da lua,
Esplendor do fogo, pressa do relâmpago,
Presteza do vento, profundeza dos mares,
Firmeza da terra, solidez da rocha.

Levanto-me, neste dia que amanhece:
Que a força de Deus me dirija,
Que o poder de Deus me ampare,
Que a sabedoria de Deus me guie,
Que o olhar de Deus me vigie,
Que o ouvido de Deus me ouça,
Que a palavra de Deus me faça eloquente,
Que a mão de Deus me guarde,
Que o caminho de Deus me esteja à frente,
Que o escudo de Deus me proteja,
Que o exército de Deus me defenda
Das armadilhas do demônio,
Das tentações do vício,
De todos os que me desejam mal,
Longe e perto de mim,
Agindo só ou em grupo.

Conclamo, hoje, tais forças a me protegerem contra o mal,
Contra qualquer força cruel que me ameace corpo e alma,
Contra a encantação de falsos profetas,
Contra as leis negras do paganismo,
Contra as leis falsas dos hereges,
Contra a arte da idolatria,
Contra feitiços de bruxas e magos,
Contra saberes que corrompem o corpo e a alma.

Cristo guarde-me hoje
Contra veneno, contra fogo,
Contra afogamento, contra ferimento,
Para que eu possa receber e desfrutar a recompensa.

Cristo comigo,
Cristo à minha frente,
Cristo atrás de mim,
Cristo em mim,
Cristo embaixo de mim,
Cristo acima de mim,
Cristo à minha direita,
Cristo à minha esquerda,
Cristo ao me deitar,
Cristo ao me sentar,
Cristo ao me levantar,

Cristo no coração de todos a quem eu falar,
Cristo na boca de todos os que me falarem,
Cristo em todos os olhos que me virem,
Cristo em todos os ouvidos que me ouvirem.

Levanto-me, neste dia que amanhece,
Por uma grande força, pela invocação da Trindade,
Pela fé na Tríade,
Pela afirmação da Unidade,
Pelo Criador da Criação.

São Patrício, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

De toda a tua alma! (Mc 12,28b-34)

Exigente, não? Esta é a medida do amor devido ao Senhor. E não se
trata de alguma novidade, pois o mandamento – o primeiro e o maior de todos!
– vem da aurora da Primeira Aliança, conforme anotado no livro do
Deuteronômio 6,5. E a palavra grega que nossas versões traduzem como

“alma” [psiché] também pode ser traduzida por “vida”. É com a totalidade da
vida que se mostra o amor a Deus.
Em um comentário, Frei Raniero Cantalamessa se interroga: “Mas que
é, afinal, esse misterioso amor de Deus que precede qualquer prática e
qualquer resposta do homem, mas que também a desperta e a torna possível?”
E ele mesmo responde: “É a escolha de Deus, aquela a que os teólogos
chamam de “opção fundamental”: algo que nasce e cresce
contemporaneamente com a fé e com a esperança, é um dom (a virtude
teologal da caridade). Tal escolha é então possível, com uma condição: que
seja Deus a nos escolher e a nos amar primeiro. Mas essa condição já foi
realizada: ‘Nisso consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em
ter-nos ele amado. Amamos porque Deus nos amou primeiro’. (1Jo 4,10.19)”
A conclusão é que o amor “devido” a Deus não é um “dever”, mas
simples resposta de amor a um Amante que toma a iniciativa de nos amar. E,
como cantava a pequena Teresa de Lisieux, “amor com amor se paga”. Isto
devia ser óbvio: não se ama por dever, mas por paixão. Nenhum apaixonado
diria que ama por “dever”; ama porque não pode resistir ao impulso amoroso
que o arrasta para a outra pessoa.
Então, por que tantos falham nessa relação de amor? Certamente,
porque ainda não experimentaram esse amor. Lembro-me de uma senhora
que, encontrando-me após longos anos de ausência, em plena festa junina,
voltou-se para mim e disse: – “Você foi a primeira pessoa que me disse que
Deus me amava”.
E era esta a queixa e o pranto de Francisco pelas ruas de Assis: “O
Amor não é amado!” Nossas crianças crescem sem ouvir e receber os sinais
de que são amadas por Deus. Pais violentos e mães ausentes reforçam esse
vazio amoroso. Comunidades frias e legalistas virão confirmar a distância e a
ausência de Deus. Como responder a um amor que não se conhece?
Feliz daquele que “descobre” esse amor, mesmo que no crepúsculo da
existência, quando tudo parecia mergulhar no vazio. Feliz daquele que pode
repetir com Santo Agostinho: “Tarde te amei, Beleza tão antiga e sempre nova!
Tarde te amei! Tarde te encontrei!” Para esse bem-aventurado, o entardecer se
muda em límpida aurora, em manhã luminosa…

 

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