18 de Agosto de 2022

20a Semana do Tempo Comum - Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA – XX SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Ó Deus nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar e contemplai a face do vosso ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil

(Sl 83,10).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ez 36,23-28

 

– Leitura da profecia de Eze­quiel: Assim fala o Senhor: 23“Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus –, quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países, e vos conduzirei para a vossa terra. 25Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. 26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 51,12-15.18-19 (R: Ez 36,25)

 

– Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.
R: Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.

– Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

R: Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.

– Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.

R: Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.

– Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!

R: Eu hei de derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Oxalá ouvísseis hoje sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba!

(Sl 94,8).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 22,1-14

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 1Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, 2dizendo: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3E mandou os seus empregados chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. 4O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ 5Mas eles não fizeram caso: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. 7O rei ficou indignado e mandou suas tropas, para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. 8Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encon­trar­des’. 10Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. 11Quando o rei entrou para ver os convidados observou ali um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu. 13Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes’. 14Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santa Helena

- por Pe. Alexandre

Nascida no ano de 255 em Bitínia, de família plebeia, no tempo da juventude trabalhava numa pensão, até conhecer e casar-se com o oficial do exército romano, chamado Constâncio Cloro.

Fruto do casamento de Helena foi Constantino, o futuro Imperador, o qual se tornou seu consolo quando Constâncio Cloro deixou-a para casar-se com a princesa Teodora e governar o Império Romano. Diante do falecimento do esposo, o filho que avançava na carreira militar substituiu o pai na função imperial, e devido à vitória alcançada nas portas de Roma, tornou-se Imperador.

Aconteceu que Helena converteu-se ao Cristianismo, ou ainda tenha sido convertida pelo filho que decidiu seguir Jesus e proclamar, em 313, o Édito de Milão, o qual deu liberdade à religião cristã, isso depois de vencer uma terrível batalha a partir de uma visão da Cruz. Certeza é que, no Império Romano, a fervorosa e religiosa Santa Helena foi quem encontrou a Cruz de Jesus e ajudou a Igreja de Cristo, a qual, saindo das catacumbas, pôde evangelizar e, com o auxílio de Santa Helena, construir basílicas nos lugares santos.

Faleceu em 327 ou 328 em Nicomédia, pouco depois de sua visita à Terra Santa. Os seus restos foram transportados para Roma, onde se vê ainda agora, no Vaticano, o sarcófago de pórfiro que os inclui.

Santa Helena, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Um homem sem o traje nupcial… (Mt 22,1-14)

 

Desde o Antigo Testamento, a aliança com Deus é apresentada para nós na figura de um casamento. Este simbolismo chegou a seu ponto culminante nas bodas de Caná (cf. Jo 2), projetando-se elasticamente no livro do Apocalipse, onde se celebra em definitivo o festim nupcial do Cordeiro (cf. Ap 19,17).

 

A parábola que lemos neste Evangelho começa em clima bastante aceitável: os convidados ao banquete estão muito ocupados em seus afazeres terrenos e rejeitam o convite privilegiado para o festim. Mas a bondade do Rei é tão grande, que ele manda trazer (ou arrastar?!) pobres, mendigos e aleijados para deixar bem cheio o salão de festa. Até aqui, tudo bem. Inesperadamente, um dos convivas é lançado fora da festa sob a alegação de estar malvestido para a ocasião. Chocante! Como fica a misericórdia cristã?

 

O abade cisterciense André Louf nos ajuda a ler esta passagem:

 

“Existe uma resposta fácil, muitas vezes ouvida. Que consiste em dizer que a falta da roupa nupcial é sinal de uma negligência, uma infidelidade. Para entrar no Reino, seria preciso estar limpo e bem elevado. Mas a parábola não diz em lugar algum que o convidado expulso estava em roupa de trabalho ou de blue-jeans!

 

Não se trata de ter as mãos limpas para entrar no Reino, no qual Jesus diz em outra parte que os pecadores e as prostitutas irão preceder-nos. Ainda temos chance de estar entre os eleitos mesmo sendo pecadores, sob a condição de vestir, não um traje aqui de baixo, mas a única veste nupcial do Reino.

 

Qual será, pois, esta veste nupcial? São Paulo já nos disse: é a roupa nova do homem novo, criado em Jesus Cristo. Ela é Jesus Cristo. Necessitamos absolutamente despojar-nos do homem velho e de suas pretensões, tal como uma roupa usada, e revestir-nos, como de uma roupa novinha em folha, do próprio Jesus Cristo, a humildade de sua cruz e a força de sua ressurreição. O rei só tolera entre os convivas – se eles são bons ou maus, pouco importa! – aqueles que apresentam os traços de seu Filho. Aqueles que aceitam ser eleitos e bem-amados no único Eleito e no único Bem-Amado: Jesus.

 

E quais são os traços de Jesus? São Paulo os desenha em outra passagem: ‘Como eleitos de Deus e seus bem-amados, revesti-vos de terna compaixão, de bondade, humildade, doçura, paciência; perdoai-vos mutuamente; o Senhor vos perdoou’. (Cl 3,12-13) O semblante de Jesus é a doce piedade, é a misericórdia sem medida para com nossos irmãos. Esta é a veste nupcial, a única que Deus poderá reconhecer na hora do banquete. Esta é a veste que faz estremecer o coração de Deus.”

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