18 de Junho de 2021
11a semana comum Quarta-feira
- por Pe. Alexandre
SEXTA FEIRA – XI SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador!
(Sl 26,7.9)
Oração do dia
– Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao meu apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: 2Cor 11,18.21-30
– Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos, 18já que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei. 21bO que outros ousam dizer em vantagem própria, eu também o digo a meu respeito, embora fale como insensato. 22São hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São da descendência de Abraão? Eu também. 23São servos de Cristo? Como menos sensato digo: Eu ainda mais. De fato, muito mais do que eles: pelos trabalhos, pelas prisões, pelos açoites sem conta. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. 24Cinco vezes recebi dos judeus quarenta açoites menos um. 25Três vezes, fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia em alto-mar. 26Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em lugares desertos, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos. 27Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! 28E, sem falar de outras coisas, a minha preocupação de cada dia, a solicitude por todas as Igrejas! 29Quem é fraco, que eu também não seja fraco com ele? Quem é escandalizado, que eu não fique ardendo de indignação? 30Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei!
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 34,2-3.4-5.6-7 (R: 18b)
– O Senhor liberta os justos de todas as angústias!
R: O Senhor liberta os justos de todas as angústias!
– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
R: O Senhor liberta os justos de todas as angústias!
– Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
R: O Senhor liberta os justos de todas as angústias!
– Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
R: O Senhor liberta os justos de todas as angústias!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 6,19-23
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 19“Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. 20Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. 21Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23Se o teu olho está doente, todo o corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Gregório Barbarigo
- por Pe. Alexandre
Nasceu em Veneza, no ano de 1625, dentro de uma família nobre que proporcionou a ele uma formação intelectual muito boa e também integral. Ele conheceu o Cristianismo através do testemunho de sua família.
Seguir a Cristo supõe renúncia, cruz, decisões grandes e pessoais. No meio dos estudos ele se tornou um diplomata europeu e, ali, dava testemunho de Igreja e Cristianismo, mas dentro de si havia o chamado ao sacerdócio. Deixou tudo: bens e carreira e foi ordenado sacerdote. Tornou-se cada vez mais um servo na Igreja e foi escolhido para ser assessor do Papa. Não demorou muito e foi ordenado Bispo de Bérgamo (onde fez um maravilhoso trabalho apostólico). Em seguida, foi transferido para Pádua, onde cuidou principalmente da formação do Clero, para colocar em prática todas as decisões do Concilio de Trento.
Era um homem de oração. Não existirá um santo na Igreja que não tenha vivido seriamente a vida penitencial e a vida de oração. São Gregório era um homem de grandes atividades porque tinha grande intimidade com o Senhor.
Faleceu em Pádua, no ano de 1697. Em 1960 foi canonizado pelo Papa João XXIII, que elevou São Gregório para o posto que ele merecia ocupar na Igreja Católica.
São Gregório Barbarigo, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
A traça e a ferrugem… (Mt 6,19-23)
No “Google” imagens, vejo uma série de fotografias do navio “Titanic” no fundo do mar. O espetáculo impressiona: corrimões roídos pela água salgada, fileiras de porcelana fina, garfos com os dentes quebrados, garrafas de vinho ainda arrolhadas, uma hélice atacada pela corrosão, um pedaço de âncora…
Estas imagens falam por si. Remetem a sonhos e ilusões, símbolos de poder e de riqueza, ao lado da falência de nossa arrogância e de nossas seguranças. Estas imagens entoam uma ode à ruína humana. No fundo do abismo, o alegre salão de festas transformou-se em túmulo frio.
No Evangelho de hoje, Jesus vem contrastar os tesouros do céu e os tesouros da terra. Estes valores terrenos, pelos quais tantos dedicam laboriosamente todo o esforço e toda a vida, têm como sua marca natural a efemeridade: eles não duram. Para acentuar a ilusão de posse que nos ronda, Jesus cita três agentes dos quais ninguém consegue escapar: a traça, a ferrugem e os ladrões.
Não quer dizer que os “bens” materiais não tenham valor. O que está em questão é o risco iminente de ter o coração apegado a eles e, em consequência, tornar os olhos da alma velados para os valores eternos. A relação do homem com os “bens” torna-se uma relação de serviço, semelhante à relação do súdito com seu imperador.
Ora, a adesão plena a um “patrão” deste planeta – seja ele o dinheiro, a fama ou o poder – torna a alma incapaz de servir livremente a Deus. A frase que ilumina todo o contexto é de fato radical: “Ninguém pode ser vir a dois senhores”. (Mt 6,24) A opção por um deles implica a rejeição do outro. Não outra escolha: ódio ou amor!
Por isso mesmo, a alguém que pretendia segui-lo, Jesus advertiu: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. (Mt 19,21) Esta frase de Jesus está na origem dos chamados “conselhos evangélicos”, que se concretizam, para os consagrados, nos votos de pobreza, castidade e obediência.
Qual seria o sentido desse “despojamento” voluntário? Sem dúvida, a liberdade. A experiência vivida por Francisco de Assis e proposta aos seus seguidores era, acima de tudo, um convite àquele alto grau de liberdade que torna possível o serviço incondicional ao Senhor de todos os senhores.
E o apóstolo João arremata: “O mundo passa, e também a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. (1Jo 2,17)
Francisco, Teresa, Hélder… Eles escolheram bem…
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