18 de Novembro de 2021

33a semana do tempo comum Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA – COMEMORAÇÃO DAS BASÍLICAS DE S. PEDRO E S. PAULO, APÓSTOLOS.
(banco, pref. dos apóstolos I – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Vós os fizestes príncipes sobre toda a terra; vosso nome será lembrado de geração em geração. E os povos vos louvarão por todos os séculos (Sl 44,17).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, guardai sob a proteção dos Apóstolos Pedro e Paulo a vossa Igreja, que deles recebeu a primeira semente do Evangelho, e concedei que por eles receba, até o fim dos tempos, a graça que a faz crescer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Mc 2,15-29

 

– Leitura do primeiro livro dos Macabeus: Naqueles dias, 15os delegados do rei Antíoco, encarregados de obrigar os judeus à apostasia, chegaram à cidade de Modin para organizar os sacrifícios. 16Muitos israelitas aproximaram-se deles, mas Matatias e seus filhos ficaram juntos, à parte. 17Tomando a palavra, os delegados do rei dirigiram-se a Matatias, dizendo: “Tu és um chefe de fama e prestígio na cidade, apoiado por filhos e irmãos. 18Sê o primeiro a aproximar-te e executa a ordem do rei, como fizeram todas as nações, os homens de Judá e os que ficaram em Jerusalém. Tu e teus filhos sereis contados entre os amigos do rei. E sereis honrados, tu e teus filhos, com prata e ouro e numerosos presentes”. 19Com voz forte, Matatias respondeu: “Ainda que todas as nações, incorporadas no império do rei, passem a obedecer-lhe, abandonando a religião de seus antepassados e submetendo-se aos decretos reais, 20eu, meus filhos e meus irmãos, continuaremos seguindo a aliança de nossos pais. 21Deus nos guarde de abandonar sua Lei e seus mandamentos. 22Não atenderemos às ordens do rei e não nos desviaremos de nossa religião nem para a direita nem para a esquerda”. 23Mal ele concluiu estas palavras, um judeu adiantou-se à vista de todos para oferecer um sacrifício no altar de Modin segundo a determinação do rei. 24Ao ver isso, Matatias inflamou-se de zelo e ficou profundamente indignado. Tomado de justa cólera, precipitou-se sobre o homem e matou-o sobre o altar. 25Matou também o delegado do rei, que queria obrigar a sacrificar e destruiu o altar. 26Ardia em zelo pela Lei, como Finéias havia feito com Zambri, filho de Salu. 27E Matatias saiu gritando em alta voz pela cidade: “Quem tiver amor pela Lei e quiser conservar a aliança venha e siga-me!” 28Então fugiram, ele e seus filhos, para as montanhas, abandonando tudo o que possuíam na cidade. 29Também muitos, seguidores da justiça e do direito, desceram para o deserto e ali se estabeleceram.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 50,1-2.5-6.14-15 (R: 23b)

 

– A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
R: A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

– Falou o Senhor Deus, chamou a terra, do sol nascente ao sol poente a convocou. De Sião, beleza plena, Deus refulge.

R: A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

– “Reuni à minha frente os meus eleitos, que selaram a Aliança em sacrifícios!” Testemunha o próprio céu seu julgamento, porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.

R: A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

– Imola a Deus um sacrifício de louvor e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo. Invoca-me no dia da angústia, e então te livrarei e hás de louvar-me”.

R: A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (1Jo 4,10).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 19,41-44

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

– Naquele tempo, 41quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: 42“Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos! 43Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. 44Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio

- por Pe. Alexandre

Domingos Jorge nasceu em Vermoim da Maia, perto do Porto (Portugal). Muito jovem, partiu para a Índia, onde combateu pela fé e pela Pátria. Aventureiro por natureza, empreendeu viagem para o Japão, onde, nesse tempo, reinava perseguição furiosa. Todos os missionários eram mortos, e mortos também todos aqueles que os acolhessem em suas casas. Apesar de todos os riscos, não quiseram os missionários estrangeiros abandonar para os instruir, animar e lhes administrar os sacramentos.

Domingos Jorge, membro da Companhia do Rosário, casou com uma jovem japonesa, à qual o missionário português, Padre Pedro Gomes, oito dias após o nascimento, deu o nome de Isabel Fernandes. Vivia este casal modelo no amor de Deus, na paz e na felicidade, perto da cidade de Nagazáki. Por bondade e piedade, receberam em sua casa dois missionários jesuítas e, naquela noite (era o dia da festa de Santa Luzia), o governador de Nagasáki ordenou que fossem presos os dois missionários juntamente com Domingos Jorge. Após um ano de prisão, foram condenados à morte. Domingos Jorge, após escutar a sentença, pronunciou estas palavras: “Mais aprecio eu esta sentença do que me fizessem Senhor de todo o Japão”.

Era o ano de 1619. Domingos Jorge foi amarrado ao poste no chamado “Monte Santo” de Nagasáki, onde tantos cristãos deram a vida por Deus, e, ali, juntamente com outros mártires rezando a oração do Credo, Domingos Jorge foi queimado vivo.

Passados três anos, na manhã de 10 de novembro de 1622, o “Monte Santo” de Nagasáki, regado com o sangue de tantas centenas de cristãos, apresentava um aspecto solene e comovedor. Ali se apinhavam mais de 30.000 pessoas para assistirem ao Grande Martírio, isto é, à morte de 56 filhos da Santa Igreja Católica. Entre eles, encontravam-se Isabel Fernandes, de uns 25 anos de idade, viúva do Beato Domingos Jorge, e seu filhinho Inácio, de quatro anos. Os mártires foram divididos em dois grupos: 24 religiosos de várias Ordens, condenados a morrer a fogo lento; os outros 32 eram constituídos por 14 mulheres e 18 homens (a maioria deste segundo grupo recebeu como condenação serem decapitados). Isabel Fernandes, antes de ser degolada juntamente com seu filhinho Inácio, exclamou: “De todo o coração ofereço a Deus as duas coisas mais preciosas que possuo no mundo: a minha vida e a do meu filhinho”.

Domingos Jorge, com a esposa Isabel Fernandes e o filho Inácio, foram beatificados pelo Papa Pio IX em julho de 1867.

Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O tempo de tua visitação… (Lc 19,41-44)

 

Nosso Deus é um eterno Visitante. Desde que os homens deixaram o Éden e iniciaram sua aventura planeta a fora, a solidão é sua experiência comum. Mas o Criador não abandona sua criatura e, mesmo disfarçado, faz à criatura constantes visitas. Um exemplo clássico foi a visita dos “Três Peregrinos” a Abraão (cf. Gn 18) para anunciar-lhe o nascimento de Isaac e o fim da esterilidade de Sara.

Neste Evangelho, Jesus chora o destino da Cidade Santa, isto é, ele antevê a destruição de Jerusalém pelas legiões de Tito, filho de Vespasiano, no ano 70 de nossa era. E, como judeu praticante, Jesus não está pensando em algum tipo de vingança (bateu, levou…), mas sofre antecipadamente a dor daquela catástrofe.

 

Jerusalém fora visitada. O Filho de Deus, o Messias prometido, pisara as pedras ásperas de suas ruas e rezara no interior de seu Templo. Mas o Visitante não foi acolhido. Ao contrário, acabou rejeitado pelos chefes de Israel e condenado fora dos muros…

Cada visita de Deus tem sempre um caráter de oportunidade. A visita pode abalar nossas velhas seguranças, ao mesmo tempo que abre novos horizontes até então insuspeitados. E se vivemos imersos nas preocupações de cada dia, na luta pela sobrevivência, na competição da carreira profissional, na rotina de uma posição estável, é bem provável que a visita de Deus nos venha desinstalar.

Nem sempre, porém, percebemos que era uma visita do Senhor. Parecia apenas uma doença imprevista… uma demissão injusta… um abandono humilhante… No entanto, Deus batia à nossa porta e nos convidava a acolher sua Presença.

A Palestina da época estava sob dominação romana. No interior do Templo, os sacerdotes ouviam o tacão das botas dos legionários. Apesar disso, o culto prosseguia, as vítimas animais continuavam sendo comerciadas, as moedas dos peregrinos ainda caíam nos cofres dos saduceus. Por isso mesmo, o incômodo profeta da Galileia era uma ameaça para o status quo. Como acolher Jesus e o tal reino que ele anunciava?

            Hoje, em minha vida, Jesus insiste em bater à minha porta. Será bem recebido? Ou também para mim ele é mais uma ameaça do que uma promessa?

 

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