18 de Setembro de 2021
24a semana comum Sábado
- por Pe. Alexandre
SABADO – XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, ofício do dia)
Antífona da entrada
– Ouvi, Senhor, as preces de vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que vossos profetas sejam verdadeiros
(Eclo 36,18).
Oração do dia
– Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: 1Tm 6,13-16
– Leitura da primeira carta de são Paulo a Timóteo: Caríssimo, 13diante de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu o bom testemunho da verdade perante Pôncio Pilatos, eu te ordeno: 14guarda o teu mandato íntegro e sem mancha até a manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo. 15Esta manifestação será feita no tempo oportuno pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, 16o único que possui a imortalidade e que habita numa luz inacessível, que nenhum homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno. Amém.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 100, 2.3.4.5 (R: 2c)
– Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
– Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
– Sabei que o Senhor, só ele é Deus. Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
– Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
– Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente.
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Felizes os que observam a Palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 8,4-15
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 4reuniu-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam ter com Jesus. Então ele contou esta parábola: 5“O semeador saiu para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram. 6Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. 7Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos cresceram juntos, e a sufocaram. 8Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um”. Dizendo isso, Jesus exclamou: “Quem tem ouvidos para ouvir ouça”. 9Os discípulos lhe perguntaram o significado dessa parábola. 10Jesus respondeu: “A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas aos outros, só por meio de parábolas, para que olhando não vejam, e ouvindo não compreendam. 11A parábola quer dizer o seguinte: A semente é a Palavra de Deus. 12Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouviram, mas, depois, vem o diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não acreditem e não se salvem. 13Os que estão sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolhem a Palavra com alegria. Mas eles não têm raiz: por um momento acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. 14Aquilo que caiu entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo são sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da vida, e não chegam a amadurecer. 15E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto com sua perseverança”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São José de Cupertino
- por Pe. Alexandre
O santo de hoje nasceu num estábulo, a exemplo de Jesus, em Cupertino, no reino de Nápoles, a 17 de junho de 1603. Filho de pais pobres, tornou-se um pobre que enriqueceu a Igreja com sua santidade de vida.
José, quando menino, era a tal ponto limitado na inteligência que pouco aprendia e apresentava dificuldades nos trabalhos manuais, porém, de maneira extraordinária progrediu no campo da oração e da caridade.
São José foi despedido de dois conventos franciscanos por não conseguir corresponder aos ofícios e serviços comuns. Ele, porém, não desistia de recomendar sua causa a Santíssima Virgem, pela qual tinha sido anteriormente curado de uma grave e misteriosa enfermidade.
O poder da oração levou São José de Cupertino para o convento franciscano e ao sacerdócio, precisando para isso que a Graça suprisse as falhas da natureza. Desde então, manifestavam-se nele fenômenos místicos acompanhados de curas milagrosas, que o tornou conhecido e procurado em toda a região.
Dentre os acontecimentos espirituais o que muito se destacou foi o êxtase, que consiste naquele estado de elevação da alma ao plano sobrenatural, onde a pessoa fica momentaneamente desapegada dos sentidos e entregue totalmente numa contemplação daquilo que é divino.
São José era tão sensível a esta realidade espiritual, que isto acontecia durante a Santa Missa, quando rezava com os Salmos e em outros momentos escolhidos por Deus; somente num dos conventos onde viveu 17 anos, seus irmãos presenciaram cerca de 70 êxtases do santo. A fama das curas milagrosas se alastrava como uma epidemia, exaltando a imaginação popular, e obrigando o Frei José a ser transferido de convento para convento. Mas os fenômenos se repetiam e o povo lhe tirava todo o sossego.
Como na vida da maioria dos santos não faltaram línguas caluniosas que, interpretando mal esta popularidade, atribuiu-lhe poderes demoníacos aos seus milagres e êxtases, a ponto de denunciarem o santo Frei ao Tribunal da Inquisição de Nápoles. O processo terminou reconhecendo a inocência do religioso, impondo-lhe, porém, a reclusão obrigatória e a transferência para conventos afastados.
Depois de sofrer muito e de diversas maneiras, predisse o lugar e o tempo de sua morte, que aconteceu em 18 de setembro de 1663, contando com sessenta anos de humilde testemunho e docilidade aos Carismas do Espírito Santo.
Foi beatificado por Bento XIV, em 1753, e canonizado por Clemente XIII em 1767.
São José de Cupertino, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Entrai por suas portas! (Sl 100 [99])
Na Primeira Aliança, bem antes da revelação plenária, o povo que andava na escuridão (cf. Is 9,1) esperava igualmente por um desfecho nas sombras, no Xeol, mansão sombria, onde os mortos não louvam o Senhor (cf. Sl 115,17). Entretanto, as profecias falavam de uma iluminação por parte de Deus, de modo a expulsar as trevas do caminho e abrir o acesso ao Senhor.
Mesmo então, a meio caminho da História da Salvação, Israel é convidado a entrar pelas portas que Deus prepara ao seu povo. Palavra densa de significado nas Escrituras, a “porta” representa o “limiar”, a linha divisória a ser transposta pelo fiel, definindo quem estava “dentro” e quem ficava “fora”, como as virgens convidadas para o casamento (cf. Mt 25,10-11).
Lembrar, ainda, que as portas da cidade eram o local onde os litígios eram julgados, verdade e falsidade eram separadas. No mesmo portal o general vencedor era aclamado. Passar pelo pórtico do Templo era mergulhar no espaço sagrado do Deus Três Vezes Santo. Mas foi preciso esperar por Jesus para que a verdadeira porta estivesse disponível: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem”. (Jo 10,7.9)
Ao comentar este Salmo, Santo Agostinho faz uma inesperada aplicação do termo “porta”. Ele diz: “Os pórticos são o começo. Começai pela confissão. Confessai que não vos fizestes a vós mesmos, louvai vosso Criador. Ele seja teu bem, pois ao te afastares dele, praticaste o mal que vem de ti. ‘Transponde seus pórticos com cântico de confissão.’ O rebanho atravesse os pórticos. Não fique fora, em poder dos lobos. E como há de entrar? ‘Pela confissão.’ A porta, isto é, o início seja a confissão.”
É a mesma compreensão de nossa Liturgia, que inclui nos ritos de entrada um Ato Penitencial, recordando nossa condição de pecadores. Vem de longe a percepção de que não se pode atravessar de qualquer maneira o limiar do espaço sagrado. Outro salmo interroga: “Senhor, quem entrará no santuário para te louvar?” (Sl 15)
Em muitas igrejas, logo no portão de entrada se encontra a pia batismal, lembrando que o sacramento do Batismo foi o pórtico de entrada para a vida da Graça. Não seria o caso de encontrar também, nessa mesma linha divisória, o antigo confessionário que nos permite reentrar na mesma vida?
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