19 de Julho de 2019

15ª semana comum Sexta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

SEXTA FEIRA – XV SEMANA DO TEMPO COMUM

(Verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando manifestar a vossa glória. (Sl 1615)

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome . Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ex 11,10-12,14

 

– Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias, 10 Moisés e Aarão realizaram muitos prodígios diante do Faraó; mas o Senhor endureceu o coração do Faraó, e ele não deixou que os filhos de Israel saíssem da sua terra. 12,1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2 “Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3 Falai a toda a Comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa. 4 Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro. 5 O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6 e deveis guardá-lo preso até o dia catorze deste mês. Então toda a Comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7 Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerdes. 8 Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 9 Não comereis dele nada cru, ou cozido em água, mas assado ao fogo, inteiro, com cabeça, pernas e vís­ceras. 10 Não deixareis nada para o dia seguinte: o que sobrar devereis queimá-lo ao fogo. 11 Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a páscoa, isto é, a Passagem do Senhor! 12 E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13 O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14 Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua’”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 116B,12-13.15-16.17-18 (R: 13)

 

– Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

R: Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

 

– Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

R: Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

 

– É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, vosso servo que nasceu de vossa serva; mas me quebrastes os grilhões da escravidão!

R: Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

 

– Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessa ao Senhor na presença de seu povo reunido.

R: Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem

(Jo 10,27).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 12,1-8

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

1 Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado. Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer. 2 Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!” 3 Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele e seus companheiros sentiram fome? 4 Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? 5 Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no Templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma?

6 Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o Templo. 7 Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. 8 De fato, o Filho do Homem é O Senhor do sábado”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

 

São Símaco era conciliador

- por Padre Alexandre Fernandes

São Símaco, intercede por nós para que sejamos promotores da paz

Neste dia, celebramos um santo Papa que enfrentou um período da história em que a Igreja sofria com pressões internas e externas.

Nasceu na Ilha da Sardenha no século V. Pertenceu ao clero romano e foi eleito Papa em 498. No tempo de Símaco, a Igreja era duramente atingida por perseguições.

Muitas famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de todas as formas influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O santo Papa combateu e venceu estes “invasores”, recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina.

Com a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta a esta atitude corrigiu Símaco: “Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição”.

Símaco era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.

Em 514 ele partiu para a glória celeste e intercede por nós, para que nos tempos de hoje, por amor a Cristo e à Igreja, sejamos promotores da paz.

São Símaco, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

O Senhor do sábado… (Mt 12,1-8)

 

            De um lado, o legalismo estéril, que levaria alguém a trocar um gesto de caridade pela urgente necessidade de cumprir algum preceito; do lado oposto, o amor, que supera as barreiras da lei e os muros da indiferença. Mais de uma vez, nos Evangelhos, Jesus recebeu críticas e acusações por não se recusar a fazer o bem no dia que a Lei judaica consagrava ao descanso.

 

Certa vez, com alguma ironia, Jesus observou que seus acusadores não deixariam de tirar do fosso o burro que ali caísse, mesmo em dia de sábado, enquanto eles o acusavam de curar os enfermos no mesmo dia sagrado. Será que, para os legalistas, valemos menos que os animais irracionais?

Faz pensar em cenas de nossos dias, quando a mãe pobre é encarcerada por “pegar” um pão para o filho faminto…

 

            Lev Gillet, da Igreja Ortodoxa, comenta esta passagem:

 

            “Jesus atravessa um campo de trigo em dia de sábado”. Seus discípulos, que têm fome, colhem espigas e comem os grãos. Os fariseus protestam: ‘Eis que teus discípulos fazem o que não é permitido fazer durante o sabbat’. Mas Jesus declara: ‘O Filho do homem é senhor do sábado’.

 

            Senhor, tu não disseste: ‘O Filho de Deus é senhor do sábado’. Tu escolheste a expressão ‘Filho do homem’, que evocava alguma coisa de misterioso e de sagrado, mas aquela que mais se aproxima de nossa humanidade.

 

            Pois também declaraste: ‘O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado’ (Mc 2,27). Todo homem, em certo sentido, é senhor do sábado. Todo homem pode, eventualmente, violar a letra de uma lei, sob a condição de que isto seja para ficar mais fiel ao espírito dessa lei. E isto jamais deve ser uma escolha fácil ou mais adequada aos nossos desejos, mas a passagem para uma observância mais profunda.

 

            Senhor, quanto te proclamas senhor do sábado – tu que o foste no grau extremo -, não queres apenas dizer que tornas permitidas certas infrações à lei. Tu declaras também o inverso. Tu és aquele que pode permitir a infração do repouso sabático, mas também és aquele que santifica todos os dias úteis e tornas sagrado a cada um deles. A distinção entre o 7º dia e os outros seis dias muitas vezes fica mais ou menos apagada na alma que se consagrou a ti por inteiro. “Cada um de nós pode tornar-se um sábado – o sábado em espírito e verdade.”

 

Orai sem cessar: “Senhor, os meus dias estão nas tuas mãos!” (Sl 31,15)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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