19 de Julho de 2022

16a Semana do Tempo Comum - Terça-feira

- por Pe. Alexandre

TERÇA FEIRA – XVI SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – Ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– É Deus quem me ajuda, é o senhor que defende a minha vida. Senhor, de todo coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom (Sl 53,6.8).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, sede generoso com vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Mq 7,14-15.18-20

 

– Leitura da profecia de Miquéias: 14Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados; que eles desfrutem a terra de Basã e Galaad, como nos velhos tempos. 15E, como foi nos dias em que nos fizeste sair do Egito, faze-nos ver novos prodígios. 18Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia. 19Voltará a compadecer-se de nós, esquecerá nossas iniquidades e lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados. 20Tu manterás fidelidade a Jacó e terás compaixão de Abraão, como juraste a nossos pais, desde tempos remotos.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 85,2-4.5-6.7-8 (R: 8a)

 

– Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.
R: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

– Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. Perdoastes o pecado ao vosso povo, encobristes toda a falta cometida; retirastes a ameaça que fizestes, acalmastes o furor de vossa ira.

R: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

– Renovai-nos, nosso Deus e Salvador, esquecei a vossa mágoa contra nós! Ficareis eternamente irritado? Guardareis a vossa ira pelos séculos?

R: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

– Não vireis restituir a nossa vida, para que em vós se rejubile o vosso povo? Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, concedei-nos também vossa salvação!

R: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Quem me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 12,46-50

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”.
48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Símaco

- por Pe. Alexandre

Neste dia, celebramos um santo Papa que enfrentou um período da história em que a Igreja sofria com pressões internas e externas.

Nasceu na Ilha da Sardenha no século V. Pertenceu ao clero romano e foi eleito Papa em 498. No tempo de Símaco, a Igreja era duramente atingida por perseguições.

Muitas famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de todas as formas influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isso perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O santo Papa combateu e venceu esses “invasores”, recuperando, assim, a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina.

Com a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja do imperador do Oriente, que começou a perseguir os cristãos. Em resposta a essa atitude, corrigiu Símaco: “Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que, a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição”.

Símaco era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.

Em 514 ele partiu para a glória celeste e intercede por nós para que, nos tempos de hoje, por amor a Cristo e pela Igreja, sejamos promotores da paz.

São Símaco, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Minha mãe e meus irmãos… (Mt 12,46-50)

 

A entrada na Igreja, através do pórtico do Batismo cristão, enxerta o fiel em uma nova família, tornando-o membro do Corpo de Cristo. A partir daí, os laços naturais de sangue ficam realmente em segundo plano, pois a circulação da Graça pelos membros desse Corpo é muito mais forte e mais profunda que o feixe de afetos e sentimentos – cada vez mais frágeis, ao que se vê – tecidos entre pais e filhos, irmãos e irmãs.

 

Não admira que, ao longo da História, a opção por Cristo e sua Igreja tenha muitas vezes provocado rupturas definitivas entre os membros da mesma família, confirmando a frase de Jesus, em que ele se apresentava como a espada que separa. Lembrar o jovem Francisco de Assis e seu pai, quando este, comerciante, optava pelo acúmulo de bens, enquanto o filho desposava a Pobreza evangélica.

 

Neste Evangelho, se uma leitura epidérmica parece entender que Jesus rejeita Maria, sua mãe, outra leitura, mais atenta, verá que se trata, ao contrário, de um elogio para ela. Ao afirmar que sua verdadeira mãe e seus irmãos são os que fazem a vontade de seu Pai, longe de excluir Maria, ele realça o verdadeiro motivo de sua filiação.

 

Afinal, na Anunciação, ao se dizer simples escrava do Senhor [ancilla Domini], pronta a aderir ao inesperado desígnio divino para sua vida, Maria se tornava o modelo perfeito daqueles que “ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”. E ela o realiza em grau tão elevado, a ponto de gerar na carne dos mortais o próprio Verbo-Palavra de Deus. É a Mulher escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus.

 

Para Hébert Roux, “as palavras de Jesus nesta circunstância deixam compreender claramente que, para ele, não há nenhuma medida comum entre a carne e o sangue, por um lado, e o Reino dos céus, por outro. Ele não pretende aniquilar os laços naturais entre os homens, nem está em questão extrair desta declaração uma palavra anti-humana, destruidora dos vínculos naturais da família”.

 

De fato, quem não nascer para uma vida nova no Espírito jamais conseguirá penetrar nos mistérios do Reino de Deus. Pode ser que o mundo pagão continue postado no extremo oposto e não consiga compreender. Mas as mães que entregam seus filhos como sacerdotes, religiosos e missionários, sabem muito bem que existem vínculos muito mais fortes que as ligações do sangue…

 

            Estamos prontos a fazer a vontade de Deus?

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.