19 de Junho de 2022

12a Semana do Tempo Comum- Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – XII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio – IV semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor é a força do seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos.  (Sl 27.8)

 

Oração do dia

 

– Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Zc 12,10-11;13,1

 

– Leitura da profecia de Zacarias: Assim diz o Senhor: 10“Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de oração; eles olharão para mim. Ao que eles feriram de morte, hão de chorá-lo, como se chora a perda de um filho único, e hão de sentir por ele a dor que se sente pela morte de um primogênito. 11Naquele dia, haverá um grande pranto em Jerusalém, como foi o de Adadremon, no campo de Magedo. 13,1Naquele dia, haverá uma fonte acessível à casa de Davi e aos habitantes de Jerusalém, para ablução e purificação

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 63, 2-6.8-9 (R: 2ce)

 

– A Minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus!
R: A Minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus!

– Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A Minha alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja.

R: A Minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus!

– Como terra sedenta e sem água, venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor vale mais do que a vida: e por isso meus lábios vos louvam.

R: A Minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus!

– Quero, pois, vos louvar pela vida, e elevar para vós minhas mãos! A Minha alma será saciada, como em grande banquete de festa; cantará a alegria em meus lábios, ao cantar para vós meu louvor!

R: A Minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus!

– Para mim fostes sempre um socorro; de vossas asas à sombra eu exulto! Minha alma se agarra em vós; com poder vossa mão me sustenta.

R: A Minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus!

2ª Leitura: Gl 3,26-29

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Gálatas: Irmãos: 26Vós todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. 27Vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. 28O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo. 29Sendo de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Minhas ovelhas escutam minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,18-24

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Certo dia, 18Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?19Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”.  20Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou? ” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”.  21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.  23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Romualdo

- por Pe. Alexandre

Nasceu em Ravena (Itália) no ano de 952, numa família rica. Deixou-se influenciar livremente numa vida distante do Evangelho. Sua juventude era feita de caça, exercícios bélicos e diversões. A diversão era o centro de sua vida. A vaidade era o seu deus. Uma vida sem sentido acompanhava o jovem.

Um acontecimento foi o ponto da “virada” em sua história: seu pai tinha um temperamento nervoso e matou, na presença de Romualdo, um inimigo pessoal. Foi nesta altura que Romualdo percebeu os caminhos e ambições que a sua família vivia, e começou a repensar sua história, ao ponto de se dirigir para uma alta montanha e lá conhecer um Mosteiro Beneditino, onde pediu acolhida para reflexão.

Ficou ali durante três anos e tornou-se monge. Saiu das vaidades do mundo e encontrou em Deus o sentido para tudo.

Deus quis dele ainda mais: fez dele fundador da Ordem Camaldulense em 1012, marcada pelo silêncio, pelo trabalho e pela penitência.

São Romualdo formou dois homens em sua Ordem, que se tornaram Papas.

Morreu em 1027, aos 75 anos, consumido na vivência do carisma de sua Ordem. Viveu a radicalidade do Evangelho pela ação do Espírito Santo. Peçamos a transformação de nosso coração e que Jesus seja o centro de nossa vida.

São Romualdo, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Quem dizeis que eu sou? (Lc 9,18-24)

 

Neste Evangelho, mostra-se à luz do dia o contraste entre a multidão e o discípulo. A turba levanta hipóteses sobre Jesus, mas não o conhece. O discípulo, acima da carne e do sangue, sabe identificar o Mestre.

 

Eis a reflexão de André Louf: “Somente aquele que é discípulo conhece a Jesus em sua identidade profunda. O discípulo – isto é, aquele que deixou tudo para segui-lo, que caminha com ele, que vive em sua intimidade e que, como ele, não tem uma pedra onde repousar a cabeça. Só esta proximidade de cada dia, de cada hora, entreabre a porta do conhecimento de Jesus.

 

Mas é preciso não se enganar. Bem disse Pedro: o Messias de Deus. E Jesus não recusa essa identidade. Mas Pedro sabe exatamente o que isso significa? Quem esse Messias de Deus? Tão logo ele pronunciou este nome prestigioso, Jesus intervém para proibir que ele seja revelado. ‘Primeiro – acrescenta ele – é preciso que o Filho do homem sofra muito, que ele seja rejeitado pelos anciãos, que seja morto e, ao terceiro dia, ressuscite’.

 

Está claro que Pedro não pensava em tudo isto quando saudou Jesus com o nome de Messias. Ao menos por enquanto, ele não o saberia compreender, nem anunciar. Mais tarde ele o compreenderá. Quando o Messias tiver completado sua corrida, quanto tiver atravessado o sofrimento e a morte, quando for elevado sobre a cruz e, através da cruz, o Pai o tiver salvado e revestido de glória.

 

Mas será necessário algo a mais por parte de Pedro. Por sua vez, Pedro deverá ter caminhado sobre o mesmo caminho, ter carregado a mesma cruz. Para compreender a Deus, não há outro caminho a não ser Jesus crucificado. E não há outro caminho para compreender Jesus crucificado a não ser a cruz. A cruz só pode ser compreendida pela cruz, isto é, por aquele que a carrega, que a leva, por sua vez, atrás de Jesus.”

 

Não é uma pequena conversão, não é um breve trajeto aquele que nos permite abrir mão da imagem sonhada de um Messias glorioso, um Cristo vencedor, de cuja glória participaremos todos. Bem antes, vem o áspero tempo da cruz, a trilha do Calvário, o único lugar onde o Mestre e o discípulo chegam à verdadeira comunhão.

 

Sim, há grupos cristãos pregando a felicidade aqui na Terra e o fim de todo sofrimento. Deveriam aprender com Pedro…

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