19 de Novembro de 2021

33a semana do tempo comum Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA – SANTOS ROQUE, AFONSO E JOÃO, PRESBÍTERO E MÁRTIRES
(vermelho, pref. comum ou dos mártires – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Por amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra. Por isso, sua recompensa é eterna.

 

Oração do dia

 

– Senhor, que vossa palavra cresça nas terras onde os vossos mártires a semearam e seja multiplicada em frutos de justiça e de paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1 Mc 4,36-37.52-59

 

– Leitura do primeiro livro dos Macabeus: 36Naqueles dias, Judas e seus irmãos disseram: “Nossos inimigos foram esmagados. Vamos purificar o lugar santo e reconsagrá-lo”. 37Todo o exército então se reuniu e subiu ao monte Sião. 52No vigésimo quinto dia do nono mês, chamado Casleu, do ano cento e quarenta e oito, levantaram-se ao romper da aurora 53e ofereceram um sacrifício conforme a Lei, sobre o novo altar dos holocaustos que haviam construído. 54O altar foi novamente consagrado ao som de cânticos, acompanhados de cítaras, harpas e címbalos, na mesma época do ano e no mesmo dia em que os pagãos o haviam profanado. 55Todo o povo prostrou-se com o rosto em terra para adorar e louvar a Deus que lhes tinha dado um feliz triunfo. 56Durante oito dias, celebraram a dedicação do altar, oferecendo com alegria holocaustos e sacrifícios de comunhão e de louvor. 57Ornaram com coroas de ouro e pequenos escudos a fachada do templo. Reconstruíram as entradas e os alojamentos, nos quais puseram portas. 58Grande alegria tomou conta do povo, pois fora reparado o ultraje infligido pelos pagãos. 59De comum acordo com os irmãos e toda a assembleia de Israel, Judas determinou que os dias da dedicação do altar fossem celebrados anualmente com alegres festejos, no tempo exato, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl (1Cr 29), 10-12 (R: 13b)

 

– Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– Bendito sejais vós, ó Senhor Deus, Senhor Deus de Israel, o nosso pai, desde sempre e por toda a eternidade!

R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– A vós pertencem a grandeza e o poder, toda a glória, esplendor e majestade, pois tudo é vosso: o que há no céu e sobre a terra!

R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– A vós, Senhor, também pertence a realeza, pois sobre a terra, como rei, vos elevais. Toda glória e riqueza vêm de vós!

R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– Sois o Senhor e dominais o universo, em vossa mão se encontra a força e o poder, em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce!

R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem

(Jo 15,16).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 19,45-48

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

– Naquele tempo, 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam um modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Roque González e companheiros mártires

- por Pe. Alexandre

Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito o ajudaram a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.

O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.

São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto, aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas – bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta – tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização.

Certa vez, numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos
colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste.

Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.

São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O tempo de tua visitação… (Lc 19,41-44)

 

Nosso Deus é um eterno Visitante. Desde que os homens deixaram o Éden e iniciaram sua aventura planeta a fora, a solidão é sua experiência comum. Mas o Criador não abandona sua criatura e, mesmo disfarçado, faz à criatura constantes visitas. Um exemplo clássico foi a visita dos “Três Peregrinos” a Abraão (cf. Gn 18) para anunciar-lhe o nascimento de Isaac e o fim da esterilidade de Sara.

Neste Evangelho, Jesus chora o destino da Cidade Santa, isto é, ele antevê a destruição de Jerusalém pelas legiões de Tito, filho de Vespasiano, no ano 70 de nossa era. E, como judeu praticante, Jesus não está pensando em algum tipo de vingança (bateu, levou…), mas sofre antecipadamente a dor daquela catástrofe.

 

Jerusalém fora visitada. O Filho de Deus, o Messias prometido, pisara as pedras ásperas de suas ruas e rezara no interior de seu Templo. Mas o Visitante não foi acolhido. Ao contrário, acabou rejeitado pelos chefes de Israel e condenado fora dos muros…

Cada visita de Deus tem sempre um caráter de oportunidade. A visita pode abalar nossas velhas seguranças, ao mesmo tempo que abre novos horizontes até então insuspeitados. E se vivemos imersos nas preocupações de cada dia, na luta pela sobrevivência, na competição da carreira profissional, na rotina de uma posição estável, é bem provável que a visita de Deus nos venha desinstalar.

Nem sempre, porém, percebemos que era uma visita do Senhor. Parecia apenas uma doença imprevista… uma demissão injusta… um abandono humilhante… No entanto, Deus batia à nossa porta e nos convidava a acolher sua Presença.

A Palestina da época estava sob dominação romana. No interior do Templo, os sacerdotes ouviam o tacão das botas dos legionários. Apesar disso, o culto prosseguia, as vítimas animais continuavam sendo comerciadas, as moedas dos peregrinos ainda caíam nos cofres dos saduceus. Por isso mesmo, o incômodo profeta da Galileia era uma ameaça para o status quo. Como acolher Jesus e o tal reino que ele anunciava?

 

            Hoje, em minha vida, Jesus insiste em bater à minha porta. Será ele bem recebido? Ou também para mim ele se apresenta mais como ameaça do que uma promessa?

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