19 de Setembro de 2021

25a semana comum Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – XXV SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio – I semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se chamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.

 

Oração do dia

 

– Ó Pai, que resumistes toda lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Sb 2,12.17-20

 

– Leitura do livro da Sabedoria: Os ímpios dizem: 12“Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. 17Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o que vai acontecer com ele. 18Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. 19Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; 20vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 54,3-4.5.6.8 (R: 6b)

 

– É o Senhor quem sustenta minha vida!
R: É o Senhor quem sustenta minha vida!

– Por vosso nome, salvai-me, Senhor; e dai-me a vossa justiça! Ó meu Deus, atendei minha prece e escutai as palavras que eu digo!

R: É o Senhor quem sustenta minha vida!

– Pois contra mim orgulhosos se insurgem, e violentos perseguem-me a vida; não há lugar para Deus aos seus olhos. Quem me protege e me ampara é meu Deus; é o Senhor quem sustenta minha vida!

R: É o Senhor quem sustenta minha vida!

– Quero ofertar-vos o meu sacrifício, de coração e com muita alegria; quero louvar, ó Senhor, vosso nome, quero cantar vosso nome que é bom!

R: É o Senhor quem sustenta minha vida!

2ª Leitura: Tg 3,16-4,3

 

– Leitura da carta de são Tiago: Caríssimos: 3,16Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. 17Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. 18O fruto da justiça é semeado na paz para aqueles que promovem a paz. 4,1De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? 2Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. 3Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Pelo Evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9,30-37

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará.
32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?” 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. “E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Januário

- por Pe. Alexandre

A história do santo deste dia se entrelaça com a cidade italiana de Nápoles, onde o corpo e sangue de Januário estão guardados. Este santo viveu no fim do século III e se tornara Bispo de Benevento, cidade próxima a Nápoles.

Como cristão estava constantemente se preparando para testemunhar (se preciso com o derramamento do próprio sangue) seu amor ao Senhor, já que, naqueles tempos em que a Igreja estava sendo perseguida, não era difícil ser preso, condenado e martirizado pelos inimigos da Verdade.

Na função de Bispo foi zeloso, bondoso e sábio, até ser juntamente com seus diáconos, preso e condenado a virar comida dos leões no anfiteatro da cidade de Pozzuoli (a primeira terra italiana que pisou o apóstolo Paulo a caminho de Roma). Igual ao profeta Daniel e muitos outros, as feras lamberam, mas não avançaram nestes homens protegidos por Jesus. Nesse caso, sob a ordem do terrível imperador Diocleciano (último grande perseguidor), a única solução era a espada manejada pela irracional maldade humana. Foram decapitados. Isso ocorreu no ano 305.

Alguns cristãos, piedosamente, recolheram numa ampola o sangue do Bispo Januário para conservá-lo como preciosa relíquia e seu corpo acabou na Catedral de Nápoles. A partir disso, os napolitanos começaram a venerar o santo como protetor da peste e das erupções do vulcão Vesúvio.

Dentre tantos milagres alcançados pela sua intercessão, talvez o maior se deve ao seu sangue, “aquele guardado na ampola”. Acontece que o sangue é exposto na Catedral, no dia da festa de São Januário, e o extraordinário é que há séculos, o sangue, durante uma cerimônia, do estado sólido passa para o estado líquido, mudando de cor, de volume e até seu peso duplica. A multidão edificada se manifesta com gritos, enquanto a ciência, que já provou ser sangue humano, silencia quanto a uma explicação para este fato, esclarecido somente pela fé.

São Januário, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Quem era o maior? (Mc 9,30-37)

 

Em casa, após longa caminhada, Jesus pergunta aos discípulos o motivo da discussão que ouvira entre eles. Barbas de molho, eles se calam, pois sabiam da sua infantilidade ao discutirem sobre a própria importância.

 

Parece que as pessoas continuam as mesmas, preocupadas com a própria imagem, ansiosas por conseguirem atenção, glória e aplausos. Mesmo no espaço das comunidades religiosas, fala-se na importância de projetar uma imagem positiva, uma espécie de “merchandising” espiritual para atrair novos fiéis.

 

É óbvio que o Evangelho se situa no polo oposto, aquele obscuro extremo ocupado por Francisco de Assis e sua pobreza, Teresa de Lisieux e seu apagamento, Oscar Romero e seu sangue derramado. Andrajos, silêncio e martírio: eis a imagem que cabe aos santos… Este é o seu “curriculum vitae”…

 

A criança que Jesus abraça neste Evangelho é símbolo da pequenez que devemos buscar. A procura de grandezas abre as portas à ruína espiritual. Nas palavras de Isaac, o Sírio [Séc. IX], “o humilde sempre recebe a compaixão de Deus”. E mais: “Desce mais baixo que tu mesmo e verás a glória de Deus em ti, pois ali onde germina a humildade, ali mesmo se espalha a glória de Deus. Se tens a humildade em teu coração, Deus te revelará sua glória. Despreza-te em tua grandeza e não te engrandeças em tua pequenez. Não busques ser honrado, pois estás cheio de feridas. Repele a honra e serás honrado. A honra foge daquele que corre atrás dela. Mas a honra persegue quem a afugenta, e prega a todos os homens a sua humildade”.

Quanto esforço, quanto desgaste em nossas vidas quando pagamos tributo à aparência e à imagem! Desde a dona de casa que impele o marido a comprar novas cortinas, já que a vizinha também comprou, até o adolescente que pede aos pais um tênis da moda, dez vezes mais caro que um calçado “normal”. As empresas da área de cosméticos veem seu faturamento subir às nuvens, pois a propaganda convence os usuários do imperativo de sua aparência, mesmo que o melhor creme – e o mais caro! – seja aquele produzido a partir da placenta humana, em abortos programados.

Quem era o maior? Qual a paróquia mais procurada? Qual o templo mais monumental? Qual o CD mais vendido? Qual o pregador mais aplaudido? Certamente não deve ser Jesus Cristo, que assumiu a forma de escravo… humilhou-se até a morte – e morte de cruz (cf. Fl 2,7-8). Com certeza, Jesus nunca foi o maior…

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