19 de setembro de 2022

25a Semana do Tempo Comum -Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

 

SEGUNDA FEIRA – XXV SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se chamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.

 

Oração do dia

 

– Ó Pai, que resumistes toda lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Pr 3,27-34

 

– Leitura do livro dos Provérbios: Meu filho, 27não recuses um favor a quem dele necessita, se tu podes fazê-lo. 28Não digas ao próximo: “Vai embora, volta amanhã, então te darei”, quando podes dar logo! 29Não trames o mal contra o próximo, quando ele vive contigo cheio de confiança. 30Não abras processo contra alguém sem motivo, se não te fez mal algum! 31Não invejes o homem violento, e não escolhas nenhum de seus caminhos, 32porque o Senhor detesta o perverso, mas reserva sua amizade aos íntegros. 33O Senhor amaldiçoa a casa do ímpio, mas abençoa a morada dos justos. 34Ele zomba dos zombadores, mas concede o seu favor aos humildes.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 15,2-5. (R: 1b)

 

– O justo habitará no monte santo do Senhor.
R: O justo habitará no monte santo do Senhor.

– Senhor, quem entrará em vossa casa?  Aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua.

R: O justo habitará no monte santo do Senhor.

– Que em nada prejudica o seu irmão, nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá valor algum ao homem ímpio, mas honra os que respeitam o Senhor.

R: O justo habitará no monte santo do Senhor.

– Não empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente. Jamais vacilará quem vive assim!

R: O justo habitará no monte santo do Senhor.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos vossa luz. Vendo eles vossas obras, dêem glória ao Pai celeste! (Mt 5,16)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 8,16-18

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 16“ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz. 17Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá torna-se conhecido e claramente manifesto.  18Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; e àquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

 

São Januário

- por Pe. Alexandre

A história do santo deste dia se entrelaça com a cidade italiana de Nápoles, onde o corpo e sangue de Januário estão guardados. Esse santo viveu no fim do século III e se tornara Bispo de Benevento, cidade próxima a Nápoles.

Como cristão estava constantemente se preparando para testemunhar (se preciso com o derramamento do próprio sangue) seu amor ao Senhor, já que, naqueles tempos em que a Igreja estava sendo perseguida, não era difícil ser preso, condenado e martirizado pelos inimigos da Verdade.

Na função de Bispo foi zeloso, bondoso e sábio, até ser, juntamente com seus diáconos, preso e condenado a virar comida dos leões no anfiteatro da cidade de Pozzuoli (a primeira terra italiana que pisou o apóstolo Paulo a caminho de Roma). Igual ao profeta Daniel e muitos outros, as feras lamberam, mas não avançaram nestes homens protegidos por Jesus. Nesse caso, sob a ordem do terrível imperador Diocleciano (último grande perseguidor), a única solução era a espada manejada pela irracional maldade humana. Foram decapitados. Isso ocorreu no ano 305.

Alguns cristãos, piedosamente, recolheram numa ampola o sangue do Bispo Januário para conservá-lo como preciosa relíquia e seu corpo acabou na Catedral de Nápoles. A partir disso, os napolitanos começaram a venerar o santo como protetor da peste e das erupções do vulcão Vesúvio.

Dentre tantos milagres alcançados pela sua intercessão, talvez o maior se deve ao seu sangue, “aquele guardado na ampola”. Acontece que o sangue é exposto na Catedral, no dia da festa de São Januário, e o extraordinário é que há séculos, o sangue, durante uma cerimônia, do estado sólido passa para o estado líquido, mudando de cor, de volume e até seu peso duplica. A multidão edificada se manifesta com gritos, enquanto a ciência, que já provou ser sangue humano, silencia quanto a uma explicação para este fato, esclarecido somente pela fé.

Venerado desde o século V, sua canonização aconteceu em 1586 por Sisto V.

Hoje, o milagre do seu sangue se repete três vezes ao ano: no primeiro sábado de maio, em memória da primeira translação; em 19 de setembro, memória litúrgica do Santo e data do seu martírio; e em 16 de dezembro, para comemorar a desastrosa erupção do Vesúvio, em 1631, bloqueada por intercessão do Santo. As duas ampolas estão conservadas em uma teca de prata, por desejo de Roberto d’Angio, na Capela do Tesouro de São Januário, na Catedral de Nápoles.

São Januário, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Para que vejam a claridade… (Lc 8,16-18)

 

Em três versículos, apenas, o Mestre nos dá uma bela lição. Onde é que pusemos a luz que recebemos? O lugar da lamparina acesa é sobre o candeeiro. É um contrassenso acender a vela e, a seguir, ocultá-la debaixo de um pote de barro, o antigo “alqueire”, usado para medir cereais.

 

Quando Jesus assevera que “não há nada de oculto que não venha a ser revelado” (v.17), nós prontamente pensamos nos pecados cometidos (por nós ou por outros) que se tornarão manifestos por ocasião do Juízo Final. Esta leitura empobrece terrivelmente o ensinamento de Jesus. É preciso ler a mensagem em viés positivo: a ação do Espírito Santo em nossa vida, ainda que permaneça oculta por um tempo, acabará por se manifestar aos olhos do mundo!

 

Na Exortação apostólica “Gaudete et Exultate”, o Papa Francisco escreve: “Deixemo-nos estimular pelos sinais de santidade que o Senhor nos apresenta através dos membros mais humildes deste povo que ‘participam também da função profética de Cristo, difundindo o seu testemunho vivo, sobretudo pela vida de fé e de caridade’. Como nos sugere Santa Teresa Benedita da Cruz, pensemos que é através de muitos deles que se constrói a verdadeira história: ‘Na noite mais escura, surgem os maiores profetas e os santos. Todavia a corrente vivificante da vida mística permanece invisível. Certamente, os eventos decisivos da história do mundo foram essencialmente influenciados por almas sobre as quais nada se diz nos livros de história. E saber quais sejam as almas a quem devemos agradecer os acontecimentos decisivos da nossa vida pessoal, é algo que só conheceremos no dia em que tudo o que está oculto for revelado’”. (GeE, 8)

 

O Papa se refere à santidade ao alcance de todos, sem excluir os leigos atarefados com os deveres de cada dia. E procura ampliar o nosso olhar a esse respeito: “A santidade é o rosto mais belo da Igreja. Mas, mesmo fora da Igreja Católica e em áreas muito diferentes, o Espírito suscita ‘sinais da sua presença, que ajudam os próprios discípulos de Cristo’. Por outro lado, São João Paulo II lembrou-nos que o testemunho, dado por Cristo até ao derramamento do sangue, tornou-se patrimônio comum de católicos, ortodoxos, anglicanos e protestantes’. Na sugestiva comemoração ecumênica, que ele quis celebrar no Coliseu durante o Jubileu do ano 2000, defendeu que os mártires são ‘uma herança que fala com uma voz mais alta do que os fatores de divisão’. (GeE, 9)

 

            Muita gente já perdeu a esperança. Por que ainda escondemos a nossa luz?

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