20 de Agosto de 2021

20a semana comum Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTATA FEIRA – SÃO BERNARDO ABADE E DOUTOR
(branco, pref. comum ou dos santos – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– O justo medita a sabedoria e sua palavra ensina a justiça, pois traz no coração a lei de seu Deus (Sl 36,30).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que fizestes do abade são Bernardo, inflamado de zelo por vossa casa, uma luz que brilha e ilumina a Igreja, dai-nos, por sua intercessão, o mesmo fervor para caminharmos sempre como filhos da luz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Rt 1,1.3-6.14-16.22

 

– Início do livro de Rute: 1No tempo em que os juízes governavam, houve uma fome no país e um homem de Belém de Judá foi morar nos campos de Moab com sua mulher e seus dois filhos. 3Entretanto, morreu Elimelec, marido de Noemi, e esta ficou sozinha com seus dois filhos. 4Eles casaram-se com mulheres moabitas, uma das quais se chamava Orfa, a outra, Rute. E ali permaneceram uns dez anos. 5Depois morreram também os dois, Maalon e Quelion e a mulher ficou só, sem os dois filhos e sem o marido. 6Então ela se dispôs a voltar do campo de Moab para a sua pátria com as duas noras, porque tinha ouvido dizer que o Senhor havia olha­do para o seu povo, e lhe tinha dado alimentos. 14bOrfa beijou sua sogra e partiu. Rute, porém, ficou com Noemi. 15Esta disse-lhe: “Olha, tua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses. Vai com ela”. 16Mas Rute respondeu: “Não insistas comigo para que te deixe e me afaste de ti. Porque para onde fores irei contigo, onde pousares, lá pousarei eu também. Teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus”. 22Assim Noemi voltou dos campos de Moab, acompanhada de sua nora Rute, a moabita. Regressaram a Belém, quando começava a colheita da cevada.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 146,5-7.8-9a.9bc.10 (R: 2a)

 

– Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
R: Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

– É feliz todo homem que busca seu auxílio no Deus de Jacó, e que põe no Senhor a esperança. O Senhor fez o céu e a terra, fez mar e o que neles existe.

R: Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

– Faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos.

R: Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

– O Senhor abre os olhos aos cegos o Senhor faz erguer-se o caído; o Senhor ama aquele que é justo. É o Senhor quem protege o estrangeiro.

R: Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

– Ele ampara a viúva e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará para sempre e por todos os séculos!
R: Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Fazei-me conhecer vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza!

(Sl 24,4).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 22,34-40

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 34os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36”Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37Jesus respondeu: “ ‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’ 38Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. 40Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Bernardo Claraval

- por Pe. Alexandre

Com muita alegria, celebramos a santidade do abade e doutor da Igreja: São Bernardo Claraval. Nascido no Castelo de Fontaine, em 1090, perto de Dijon (França), pertencia a uma família nobre, a qual se assustou com sua decisão radical de seguir Jesus como monge cisterciense.

São Bernardo Claraval é considerado pela Família Cisterciense um segundo fundador, pois atraía muitos para a Ordem, que as mães e esposas afastavam os filhos e maridos do santo; tamanho era real o poder de atração de Bernardo, que todos os irmãos, primos e amigos o seguiram. Homem de oração, destacou-se como pregador, prior, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, Reis, Bispos e também polemista, político e pacificador.

Aconteceu que São Bernardo Claraval, mesmo sendo contemplativo, entrou no concreto da realidade da sua época, a ponto de participar de várias polêmicas internas e externas da Igreja da época.

No ano de 1115, o seu abade Estevão mandou-o com doze companheiros fundar, no Vale do Absíntio, aquilo a que São Bernardo chamou Vale Claro (Claraval). Do Mosteiro de Claraval, o santo irradiava a luz do Cristianismo, isto também pelos escritos, como o Tratado do Amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos; a invocação é fruto de sua profunda e sólida devoção a Nossa Senhora: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria”. Pela Mãe do Céu, foi acolhido na eternidade em 1153.

Escreveu numerosas obras, milhares de cartas, mais de 300 sermões; interveio em todas as disputas doutrinais, em todas as grandes questões religiosas e seculares da época. Por ordem de tempo, considera-se o último dos Padres da Igreja. Um seu editor, falecido em 1707, Mabillon, escreveu sobre ele: “É o último dos padres mas iguala os maiores”.

São Bernardo Claraval, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O maior mandamento… (Mt 22,34-40)

Existe uma gradação no amor? Bem, ao menos devemos hierarquizar as normas, as leis e os mandamentos. Há coisas que estão no âmago da Lei, no coração da vida espiritual. Há outras são corolários, consequências das primeiras. Mesmo que o questionamento feito a Jesus, no Evangelho de hoje, tenha sido mero pretexto para “pegá-lo” em uma arapuca doutrinária, pelo menos valeu para que aprendamos bem sua lição. Há dois amores que se fundem num só: o amor a Deus e o amor ao próximo.

Sim, amamos a Deus e, por isso mesmo, não podemos deixar de amar aqueles que ele ama, criados à sua imagem e semelhança. Por outro lado, se amamos os nossos amados (pai e mãe, filhos, irmãos, amigos, benfeitores da humanidade etc.), como não amaríamos também o seu Criador? Afinal, nossos amados são sempre um dom de Deus que nos foi oferecido para dar sabor e alegria à nossa caminhada na terra.

A coisa fica mais incômoda quando o “próximo” não nos parece próximo… O mendigo que bate à nossa porta, o bêbado na calçada, o adversário na política, o membro de outras Igrejas que nos acusa de idolatrias e outros pecados… Como nos aproximar deles, ultrapassando os largos fossos e as altas muralhas que se foram acentuando ao longo dos séculos? Como gastar nosso azeite e nosso vinho para cuidar de suas feridas, tal como fez o samaritano da parábola (cf. Lc 10,30ss). Como chegar a esse “amor impossível”?

Além do mais, o mandamento de Jesus inclui uma cláusula assustadora: “amarás a teu próximo COMO A TI MESMO”. Tal como desejo manter a minha vida, busco segurança e conforto, e fico feliz quando alguém se ocupa de mim, é assim que deveria proteger a vida do próximo, zelar por sua segurança e gastar com ele tempo e dinheiro… Utopia? Pode parecer, quando se vive em uma sociedade fechada por muros e cercas elétricas. Se o individualismo e a ânsia de acumular petrificam nosso coração. Se a pobreza e a sobriedade deixam de ser virtudes para se tornarem uma desgraça…

No entanto, exatamente em nosso mundo – com seus crimes e defeitos – ainda há pessoas que adotam crianças abandonadas, cuidam de idosos carentes, lutam pela defesa do ambiente e dos direitos humanos. Assim, enquanto houver um único santo sobre a terra, não teremos desculpas para não amar…

 

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