20 de Junho de 2021

12a semana comum Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO DA XII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – IV semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor é à força de seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos, (Sl 27,8)

 

Oração do dia

 

– Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Jó 38, 1.8-11

– Leitura do livro de Jó – 1O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse: 8Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, 9quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas;
10quando marquei seus limites e coloquei portas e trancas, 11e disse: ‘Até aqui chegarás, e não além; aqui cessa a arrogância de tuas ondas?`

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl107, 23-24.25-26.28-29.30-31 (R 1b)

 

Dai graça ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!

R: Dai graça ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!

 

Os que sulcam o alto-mar com seus navios, para ir comerciar nas grandes águas, testemunharam os prodígios do Senhor e as suas maravilhas no alto-mar.
R: Dai graça ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!

– Ele ordenou, e levantou-se o furacão, arremessando grandes ondas para o alto;
aos céus subiam e desciam aos abismos, seus corações desfaleciam de pavor.
R: Dai graça ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!

– Mas gritaram ao Senhor na aflição, e ele os libertou daquela angústia. Transformou a tempestade em bonança, e as ondas do oceano se calaram.
R: Dai graça ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!

– Alegraram-se ao ver o mar tranquilo, e ao porto desejado os conduziu.
Agradeçam ao Senhor por seu amor e por suas maravilhas entre os homens!

R: Dai graça ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!

 

2ª Leitura: 2 Cor 5, 14-17

 

– Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos: 14O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram. 15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Um grande poeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou; é Deus que seu povo visita, seu povo meu Deus visitou (Lc 7,16).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 4, 35-41

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

– Glória a vós, Senhor!

 

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: ‘Vamos para a outra margem!’ 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo,
assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás,
dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: ‘Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?’ 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!’ O ventou cessou e houve uma grande calmaria.
40Então Jesus perguntou aos discípulos: ‘Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?’ 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros:
‘Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?’

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e Sancha

- por Pe. Alexandre

Teresa, Mafalda e Sancha, filhas de Dom Sancho I e da Rainha Dulce, eram portuguesas.

Teresa, a primogênita, nasceu em 1177. Desde de cedo, muito bem educada, sentiu o chamado à vida religiosa, mas, conforme o costume do tempo, acabou sendo dada em casamento com o Rei Afonso e tornou-se Rainha de Lion. Por diversos motivos, o casamento foi nulo. Ela voltou para casa e entrou para a vida religiosa. Afonso não gostou e armou uma guerra contra o pai de Teresa e contra Portugal. Ela, já no convento, consumiu-se na intercessão. Um exemplo a seguir de despojamento e de busca da vontade de Deus.

Mafalda teve momentos parecidos com o de Teresa. Casou-se  com Henrique I, mas este faleceu e ela retornou para casa, despojando-se de seus bens e entrando para a vida religiosa. Viveu a total dependência de Deus.

Sancha: uma jovem que não se casou como acontecera com suas irmãs. Fundou um convento da Ordem Cisterciense em Coimbra, onde viveu as regras com fidelidade até sua morte.

No ano de 1705, as três irmãs portuguesas foram beatificadas.

Que sigamos o exemplo dessas mulheres de oração, que buscaram a vontade de Deus.

Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e Sancha, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

A barca se enchia de água… (Mc 4,35-41

 

Quando meus avós maternos moravam em Angra dos Reis, RJ, fizeram um passeio de canoa até a Ilha Grande. Minha mãe contava que o casco do barco tinha gretas e minha avô Xandoca ia retirando a água com uma canequinha. Imagino a tensão…

 

No Evangelho de hoje, a situação era bem mais séria. A tempestade inesperada assustava mesmo os experientes pescadores do lago. E a presença de Jesus deveria ter bastado para serená-los, se eles o conhecessem de verdade.

Frei Raniero Cantalamessa diz que essa mensagem de confiança continua válida para nossos dias e deve ser a razão de nossa esperança. “A Igreja é sacudida pelo vento da contradição e da provação; as ondas do mar se atiram, por cima das bordas, para dentro da barca (há discussões e contendas também dentro da Igreja), dando a alguns um calafrio de naufrágio iminente. Mas o Mestre diz também a nós: ‘Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?’ Ele está dentro da mesma barca, conduz a barca da Igreja e é levado por ela. E Ele não pode perecer”.

Sem a fé, com base apenas na experiência dos sentidos e na avaliação racional, duvida-se do futuro da Igreja. Frei Cantalamessa – agora cardeal – acha graça: “Quando ouço homens, assim chamados, de cultura, dar como fato consumado o fim próximo da Igreja e a liquidação da fé, muitas vezes me dá vontade de sorrir: há milênios que a mesma profecia vem se repetindo e sendo sistematicamente atualizada. O mérito não é nosso – dos homens que formamos a Igreja -; nós teríamos naufragado o barquinho mil vezes, desajeitados como somos. Mas é exatamente esse um sinal de que há mais outro alguém no timão”.

Frei Cantalamessa não é o único que tem impulsos de riso. Jean Valette chama nossa atenção para o fato de que Jesus dormia sobre um travesseiro, num sono “relativamente confortável”. Este lado irônico contribui para mostrar o abismo entre a força dos inimigos da Igreja e o supremo poder de Cristo Senhor.

“A fé de que Jesus nos fala – comenta Valette – e cuja ausência nos discípulos chega a espantar, é a fé em Deus Pai. É ela que habita em Jesus mesmo em seu sono. É no poder do Pai que Jesus acreditou ao pronunciar a palavra para o mar. Ele não somente dispôs desse poder, mas Ele acreditou nele.”

É tempo de pandemia? É tempo de tempestade? Onde vamos procurar apoio e sustento? Certamente, não em nossa organização hierárquica… não em nossos projetos pastorais… não em nossos contatos políticos… não em nossas elucubrações teológicas. A velhinha que debulha as contas de seu rosário sabe muito bem onde se encontra o seu apoio.

 

            Ainda temos a canequinha da vovó Xandoca?

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