20 de Março de 2023

4 semana da quaresma - Segunda- Feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA DA IV SEMANA DA QUARESMA
(roxo, ofício do dia)
Antífona da entrada
– Confio em vós, ó Deus Alegro-me e exulto em vosso amor, pois olhastes,
Senhor, minha miséria! (Sl 30,7s).
Oração do dia
– Ó Deus, que renovais o mundo com admiráveis sacramentos, fazei a vossa
vontade, sem que jamais lhe faltem neste mundo os auxílios de que necessita.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Is 65,17-21
– Leitura do livro do profeta Isaías: Assim fala o Senhor: 17 Eis que eu criarei
novos céus e nova terra, coisas passadas serão esquecidas, não voltarão mais
à memória. 18 Ao contrário, haverá alegria e exultação sem fim em razão das
coisas que eu vou criar; farei de Jerusalém a cidade da exultação e um povo
cheio de alegria. 19 Eu também exulto com Jerusalém e alegro-me com o meu
povo; ali nunca mais se ouvirá a voz do pranto e o grito de dor. 20 Ali não haverá
crianças condenadas a poucos dias de vida nem anciãos que não completem
seus dias. Será considerado jovem quem morrer aos cem anos; e quem não
alcançar cem anos, passará por maldito. 21 Construirão casas para nelas morar,
plantarão vinhas para comer seus frutos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 30,2-4.5-6.11-12a.13b (R: 2a)
– Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!
– Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus
inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava
já morrendo!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!
– Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome!
Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida
inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a
alegria.
R: Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!
– Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo
protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus,
eternamente hei de louvar-vos!

R: Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes!
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 4,43-54
Honra e glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Honra e glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– Buscai o bem, e não o mal, pois assim vivereis; então o Senhor, nosso Deus,
convosco estará (Am 5,14).
Honra e glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 43 Jesus partiu da Samaria para a Galileia. 44 O próprio Jesus
tinha declarado, que um profeta não é honrado na sua própria terra. 45 Quando
então chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, porque tinham visto
tudo o que Jesus havia feito em Jerusalém, durante a festa. Pois também eles
tinham ido à festa. 46 Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia, onde havia
transformado água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário do rei que
tinha um filho doente. 47 Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a
Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu
filho, que estava morrendo. 48 Jesus disse-lhe: “Se não virdes sinais e
prodígios, não acreditais”. 49 O funcionário do rei disse: “Senhor, desce, antes
que meu filho morra!” 50 Jesus lhe disse: “Podes ir, teu filho está vivo”. O homem
acreditou na palavra de Jesus e foi embora. 51 Enquanto descia para Cafarnaum,
seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo.
52 O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles
responderam: “A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde”. 53 O pai
verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia
dito: “Teu filho está vivo”. Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua
família. 54 Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da
Judeia para a Galileia.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

Santa Maria Josefa, padroeira dos doentes e dos cuidadores

- por Pe. Alexandre

Origens
Maria Josefa do Coração de Jesus foi a primogênita de Barnabé Sancho, serralheiro, e de Petra de Guerra, doméstica. Nasceu na Espanha, dia 7 de setembro de 1842, e foi batizada no dia seguinte. Ficou órfã de pai muito cedo; e foi sua mãe quem a preparou para a primeira comunhão, recebida aos dez anos. Completou a sua formação e educação em Madri, na casa de alguns parentes e, desde muito cedo, começou a demonstrar uma grande devoção à Eucaristia e a Nossa Senhora. Também teve uma forte sensibilidade em relação aos pobres, aos doentes e uma inclinação para a vida interior.

 

A descoberta vocacional
Aos dezoito anos, Maria Josefa voltou a sua cidade natal, Vitória, e logo manifestou a sua mãe o desejo de entrar para um mosteiro. Sentia-se atraída pela vida de clausura. Mais tarde, costumava dizer: “Nasci com a vocação religiosa”. Logo decidiu entrar no Instituto Servas de Maria, recentemente fundado em Madri, por madre Soledade Torres Acosta.

Nova fundação – inspiração de Deus
Ao aproximar-se de seus votos, foi assaltada por graves dúvidas e incertezas sobre seu chamado para aquele Instituto. Admitiu essa disposição a vários confessores, chegando até a dizer que tinha se enganado quanto à própria vocação. Mas os constantes contatos com o arcebispo de Saragoça, futuro santo, Antônio Maria Claret, e as conversas serenas com madre Soledade Torres Acosta, amadureceram nela a possibilidade de fundar uma nova família religiosa, que se dedicasse aos doentes em casa ou hospitais. Assim, aos vinte e nove anos, ela fundou o Instituto das Servas de Jesus, na cidade de Bilbao, em 1871.

Padroeira dos doentes e dos cuidadores e intercessora do Instituto Servas de Jesus da Caridade

Doença e sofrimento
Por 41 anos, foi a superiora do Instituto. Acometida por uma longa e grave enfermidade, que a mantinha no leito ou numa poltrona, sofreu muito antes de morrer, contudo sem deixar sua atividade de lado. Por meio de uma intensa e expressa correspondência, solidificou as bases dessa nova família mesmo doente.

Frutos em vida
No momento da sua morte, em 20 de março de 1912, havia milhares de religiosas espalhadas por quarenta e três casas.

Páscoa
A sua morte foi muito sentida em toda a região; e o seu funeral teve uma grande manifestação de pesar. Os seus restos mortais foram trasladados para a Casa-Mãe, em Bilbao, onde ainda se encontram. A causa da canonização de madre Maria Josefa começou em 1951; foi solenemente beatificada pelo Papa João Paulo II, em 1992, e, depois, canonizada, em 1 de outubro de 2000, pelo mesmo pontífice em Roma.

O Carisma e a Devoção

O carisma
Os pontos centrais da espiritualidade de madre Maria Josefa podem definir-se como: um grande amor à Eucaristia e ao Sagrado Coração de Jesus; uma profunda adoração do mistério da Redenção e uma íntima participação nas dores de Cristo e na Sua Cruz; e a completa dedicação ao serviço aos doentes, num contexto de espírito contemplativo. Afirma o diretório da congregação religiosa das servas de Jesus da caridade, “Desta maneira, as funções materiais do nosso Instituto, destinadas a salvaguardar a saúde corporal do nosso próximo, elevam-se a uma grande altura e fazem a nossa vida ativa mais perfeita que a contemplativa, como ensinou o Doutor angélico, São Tomás de Aquino, que falou dos trabalhos dirigidos à saúde da alma, que vêm da contemplação”.

Servas de Jesus
O serviço aos doentes tornou-se, assim, a oblação generosa das Servas de Jesus, seguindo o exemplo da sua Fundadora. Hoje, espalhadas pela Europa, América Latina e Ásia, as Servas procuram dar pão aos famintos, acolher os doentes e outros necessitados, criar centros para pessoas idosas, desenvolvendo sempre a pastoral da saúde e outras obras de caridade.

Oração
Deus onipotente, que concedestes grande santidade à vossa serva santa Maria Josefa, concedei-nos a graça que humildemente vos pedimos, sobretudo a força para perseverar no amor de vosso Filho. Que vive e reina para sempre. Amém.

Minha oração
“A nossa santa rogamos a graça da saúde aos enfermos, mas também pedimos uma santa morte. Aos cuidadores que seja concedido a força e o ânimo, o amor necessário para o ofício. E a nós pedimos a saúde do corpo e da alma.”

Santa Maria Josefa do Coração de Jesus, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Se não virdes milagres… (Jo 4,43-54)

Como incomodam esses milagres! Os milagres de antigamente e os
milagres de nossos dias. E corremos dois perigos em relação a eles…
O primeiro risco está em nos aproximarmos de Deus apenas na busca
de milagres, o que faria de nós uma gente interesseira, disposta a “usar” a
Deus em próprio benefício, sem nenhum compromisso com a verdadeira

adoração e o serviço ao próximo. Uma religião feita apenas de novenas,
promessas e romarias pode ser sintoma dessa “religião”. Afinal, quantos
pediram e receberam a cura e… se afastaram de Deus e da Igreja, pois já
tinham tudo o que desejavam! Neste caso, Deus se torna uma espécie de
banco de onde sacamos valores, ou um supermercado com mercadorias à
nossa disposição, que visitamos em caso de extrema necessidade.
O segundo risco está na atitude racionalista que nega ao próprio Deus o
direito de fazer milagres. Tendo o Criador estabelecido as leis físicas, químicas
e biológicas do Cosmo, Ele mesmo acaba prisioneiro de suas leis e proibido de
alterá-las quando lhe aprouver. Esses acadêmicos racionalistas realizam
tremendo esforço para “explicar” os milagres da Bíblia conforme seus
parâmetros intelectuais: o paralítico que andou era apenas um doente
psicossomático; o endemoninhado não passava de um caso de epilepsia;
Lázaro não estava morto, mas ficara em catalepsia; e Jesus não transformou
água em vinho coisa nenhuma, pois foram os discípulos que levaram o vinho
escondido. E esses escritores de ficção ainda se chamam de “doutores”!
Ora, nesta cena do Evangelho, a observação de Jesus por certo se
dirige àqueles que só se aproximam de Deus interessados em seus milagres. E
se os milagres faltarem, a fé acaba rolando pela sarjeta. “Não vou rezar mais,
pois Deus não me ouve!” “Já cansei de pedir, Deus está surdo!”
Enquanto isso, Jesus, o Filho de Deus, abre mão de seus poderes,
aceita a cruz e a morte, e ainda acha tempo de perdoar seus agressores. Isto
é, coloca a sua missão e a obediência ao Pai acima de qualquer interesse
pessoal. Sua “religião” se resume a fazer a vontade do Pai.
E nós? Qual é a essência de nossa religião? Queremos um Deus-na-
coleira, pronto a atender aos nossos caprichos? Ou estamos dispostos a
consagrar nossa vida ao serviço de Deus, para edificar o Reino e ajudar o
próximo?

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