21 de Janeiro de 2022
Segunda semana do tempo Comum- Sexta-feira
- por Pe. Alexandre
SEGUNDA FEIRA – SANTA INÊS VIRGEM E MÁRTIR
(vermelho, pref. Comum ou dos santos, ofício da memória)
Antífona da entrada
– Esta é uma virgem sábia, do número das prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada acesa.
Oração do dia
– Deus eterno e todo-poderoso, que escolheis as criaturas mais frágeis para confundir os poderosos, dai-nos, ao celebrar o martírio de santa Inês, a graça de imitar sua constância na fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: 1Sm 24,3-21
– Leitura do primeiro Livro de Samuel: Naqueles dias, 3Saul tomou consigo três mil homens escolhidos em todo o Israel e saiu em busca de Davi e de seus homens, até os rochedos das cabras monteses. 4E chegou aos currais de ovelhas que encontrou no caminho. Havia ali uma gruta, onde Saul entrou para satisfazer suas necessidades. Davi e seus homens achavam-se no fundo da gruta 5e os homens de Davi disseram-lhe: “Este certamente é o dia do qual o Senhor te falou: ‘Eu te entregarei o teu inimigo, para que faças dele o que quiseres’. Então Davi aproximou-se de mansinho e cortou a ponta do manto de Saul. 6Mas logo o seu coração se encheu de remorsos por ter feito aquilo, 7e disse aos seus homens: “Que o Senhor me livre de fazer uma coisa dessas ao ungido do Senhor, levantando a minha mão contra ele, o ungido do Senhor”.
8Com essas palavras, Davi conteve os seus homens, e não permitiu que se lançassem sobre Saul. Este deixou a gruta e seguiu seu caminho. 9Davi levantou-se a seguir, saiu da gruta e gritou atrás dele: “Senhor, meu rei!” Saul voltou-se e Davi inclinou-se até o chão e prostrou-se. 10E disse a Saul: “Por que dás ouvidos às palavras dos que te dizem que Davi procura fazer-te mal? 11Viste hoje com teus próprios olhos que o Senhor te entregou em minhas mãos, na gruta. Renunciando a matar-te! Poupei-te a vida, porque pensei: Não levantarei a mão contra o meu senhor, pois ele é o ungido do Senhor, 12e meu pai. Presta atenção, e vê em minha mão a ponta do teu manto. Se eu cortei este pedaço do teu manto e não te matei, reconhece que não há maldade nem crime em mim, que não pequei contra ti. Tu, porém, andas procurando tirar-me a vida. 13Que o Senhor seja nosso juiz e que ele me vingue de ti. Mas eu nunca levantarei a minha mão contra ti. 14‘Dos ímpios sairá a impiedade’, diz o antigo provérbio; por isso, a minha mão não te tocará. 15A quem persegues tu, ó rei de Israel? A quem persegues? Um cão morto! E uma pulga! 16Pois bem! O Senhor seja juiz e julgue entre mim e ti. Que ele examine e defenda a minha causa, e me livre das tuas mãos”.17Quando Davi terminou de falar, Saul lhe disse: “É esta a tua voz, ó meu filho Davi? E começou a clamar e a chorar. 18Depois disse a Davi: “Tu és mais justo do que eu, porque me tens feito bem e eu só te tenho feito mal. 19Hoje me revelaste a tua bondade para comigo, pois o Senhor me entregou em tuas mãos e não me mataste. 20Qual é o homem que, encontrando o seu inimigo, o deixa ir embora tranquilamente? Que o Senhor te recompense pelo bem que hoje me fizeste. 21Agora, eu sei com certeza que tu serás rei, e que terás em tua mão o reino de Israel”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 57, 2-4.6.11 (R: 2a)
– Piedade, Senhor, tende piedade.
R: Piedade, Senhor, tende piedade.
– Piedade, Senhor, piedade, pois em vós se abriga a minha alma! De vossas asas, à sombra, me achego, até que passe a tormenta, Senhor!
R: Piedade, Senhor, tende piedade.
– Lanço um grito ao Senhor Deus Altíssimo, a este Deus que me dá todo o bem. Que me envie do céu sua ajuda e confunda os meus opressores! Deus me envie sua graça e verdade!
R: Piedade, Senhor, tende piedade.
– Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus, vossa glória refulja na terra! Vosso amor é mais alto que os céus, mais que as nuvens a vossa verdade!
R: Piedade, Senhor, tende piedade.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Em Cristo, Deus reconciliou consigo mesmo a humanidade; e a nós ele entregou essa reconciliação (Mc 9,7).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 3, 13-19
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou doze, para andarem com ele e para enviá–los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “Filhos do trovão”; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santa Inês
- por Pe. Alexandre
Seu nome vem do grego, que significa pura. Ela pertenceu a uma família romana e, segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma aia (uma babá) que só a deixaria após o casamento.
Santa Inês tinha cerca de 12 anos quando um pretendente se aproximou dela; segundo a tradição, era filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com Deus.
De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor; e fez este compromisso. O jovem não sabia e, diante de tantas propostas, ela sempre dizia ‘não’. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque sob o império de Diocleciano, era correr risco de vida. Quem renunciasse Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, se tornava um mártir. Foi o que aconteceu com esta jovem de cerca de 12 ou 13 anos.
Tão conhecida e citada pelos santos padres, Santa Inês é modelo de uma pureza à prova de fogo, pois diante das autoridades e do imperador, ela se disse cristã. Eles começaram pelo diálogo, depois as diversas ameaças com fogo e tortura, mas em nada ela renunciava o seu Divino Esposo. Até que pegaram-na e a levaram para um lugar em Roma próprio da prostituição, mas ela deixou claro que Jesus Cristo, seu Divino Esposo, não abandona os seus. De fato, ela não foi manchada pelo pecado.
Auxiliada pelo Espírito Santo, com muita sabedoria, ela permaneceu fiel ao seu voto e ao seu compromisso; até que as autoridades, vendo que não podiam vencê-la pela ignorância, mandaram, então, degolar a jovem cristã. Ela perdeu a cabeça, mas não o coração, que ficou para sempre em Cristo.
Santa Inês tem uma basílica que foi consagrada a ela no lugar onde foi enterrada.
Santa Inês, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Para andarem com Ele… (Mc 3,13-19)
Desde o início de sua vida pública, Jesus cercou-se de seguidores. Do grupo maior, ele escolheu Doze como colunas de sua futura Igreja. Como Deus sempre faz, trata-se de uma “eleição”. Um ato de livre escolha da parte d’Aquele que é a liberdade infinita.
Tais escolhas costumam incomodar. Os outros se sentem preteridos, como Caim diante de Abel. Como Esaú diante de Jacó. Como os outros irmãos diante de José do Egito. Incomoda a eles que alguém seja objeto de amor especial. “Eles” nem mesmo fazem questão de serem mais amados, apenas não podem admitir que um outro o seja…
Pior ainda: os critérios da eleição divina não “batem” bem com nossos critérios humanos. Se fôssemos nós a escolher os Doze, teríamos entre eles um especialista em propaganda e marketing, para a difusão da Boa Nova. Teríamos um financista, para garantir os fundos. Teríamos alguém ligado ao Palácio, para “mexer os pauzinhos” … E daí por diante.
Jesus elege pobres pescadores, dois zelotas (isto é, guerrilheiros!), um publicano (vendilhão da pátria?), semianalfabetos… Natural que fossem alvo de zombaria e irrisão. Bela troupe!
Nós também somos escolhidos. Também nós somos missionários da Boa Nova. E quando o Senhor nos chama, logo nos perguntamos o que é que temos de fazer. Filhos de uma civilização utilitária, dinâmica, de produção e consumo, estamos acostumados a valorizar a pessoa por aquilo que ela faz, seu produto, sua eficácia.
Decepção! Não é isso – ao menos no primeiro momento – que Jesus espera de nós. Ele nos chama “para estar com ele”. Toda missão começa com um tempo de permanência junto a Jesus. Ali, bem perto, podemos ouvir suas palavras e contemplar os seus gestos. Depois de algum tempo (só ele sabe quanto!), assimilaremos, quem sabe, o seu jeito de ser e, só então, teremos condição de sair em direção ao outro para transmitir a única mensagem que vale a pena: o próprio Senhor.
Sim, “ele os enviaria a pregar e a expulsar os demônios” do mundo pagão; Mas depois. Só depois. Por enquanto, é tempo de “ficar”, permanecer ao seu lado, no silêncio da adoração, saturando-nos de sua Palavra.
Missionários verdes não dão fruto…
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