21 de janeiro de 2023

Segunda semana tempo comum- Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – SANTA INÊS VIRGEM E MÁRTIR

(vermelho pref. Comum ou dos santos, ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Esta é uma virgem sábia, do número das prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada acesa.

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, que escolheis as criaturas mais frágeis para confundir os poderosos, dai-nos, ao celebrar o martírio de santa Inês, a graça de imitar sua constância na fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Hb 9,2-3.11-14

 

– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 2foi construída uma primeira tenda, chamada o Santo, onde se encontravam o candelabro, a mesa e os pães da proposição. 3Atrás da segunda cortina, havia outra tenda, chamada o Santo dos Santos. 11Cristo, porém, veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não faz parte desta criação, 12e não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna. 13De fato, se o sangue de bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada sobre os seres impuros os santificam e realizam a pureza ritual dos corpos, 14quanto mais o Sangue de Cristo purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo, pois, em virtude do espírito eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 47,2-3.6-7.8-9 (R: 6)

 

– Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta!
R: Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta!

– Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria! Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo, o soberano que domina toda a terra!

R: Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta!

– Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta. Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa, salmodiai ao som da harpa ao nosso Rei!

R: Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta!

– Porque Deus é o grande Rei de toda a terra, ao som da harpa acompanhai os seus louvores! Deus reina sobre todas as nações, está sentado no seu trono glorioso!

R: Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Abri-nos, ó Senhor, o coração, para ouvirmos a palavra de Jesus (At 16,14).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 3,20-21

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

– Glória a vós, Senhor!  


– Naquele tempo, 20Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. 21Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

Santa Inês

- por Pe. Alexandre

Inês ou Agnes, seu nome vem do grego, que significa pura e casta. Ela pertenceu a uma família romana e, segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma aia (uma babá) que só a deixaria após o casamento.

Santa Inês tinha cerca de 12 anos quando um pretendente se aproximou dela. Segundo a tradição, ele era filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com Deus.

De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor, e ela fez este compromisso. O jovem não sabia [do compromisso de Inês] e, diante de tantas propostas, ela sempre dizia ‘não’. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque, sob o império de Diocleciano, ser cristã era correr risco de vida. Quem renunciasse a Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, tornava-se mártir. Foi o que aconteceu com esta jovem de cerca de 12 ou 13 anos.

Tão conhecida e citada pelos santos padres, Santa Inês é modelo de uma pureza à prova de fogo, pois, diante das autoridades e do imperador, ela se dizia cristã. Eles começaram pelo diálogo, depois as diversas ameaças com fogo e tortura, mas em nada ela renunciava o seu Divino Esposo. Até que a pegaram e levaram para um lugar em Roma próprio da prostituição, mas ela deixou claro que Jesus Cristo, seu Divino Esposo, não abandona os seus. De fato, ela não foi manchada pelo pecado.

Auxiliada pelo Espírito Santo, com muita sabedoria, ela permaneceu fiel ao seu voto e ao seu compromisso; até que as autoridades, vendo que não podiam vencê-la pela ignorância, mandaram então degolar a jovem cristã. Ela perdeu a cabeça, mas não o coração, que ficou para sempre em Cristo.

Sua iconografia é representada com um cordeiro sempre ao seu lado, pois seu destino foi semelhante a esses ovinos. Todos os anos, no dia 21 de janeiro, festividade de Santa Inês, dois cordeirinhos são abençoados. Com a lã deles, as Irmãs da Sagrada Família confeccionam os sagrados Pálios (espécie de estolas) que o Santo Padre envia aos novos Arcebispos metropolitanos.

Constância, filha de Constantino, sofria com uma lepra quando foi ao túmulo de Santa Inês clamar por sua intercessão. Após ter rezado e adormecido, Constância viu Santa Inês que lhe disse: “Age com constância. Logo que você acreditar em Cristo, será curada”. Após essas palavras, Constância acordou e estava curada de sua lepra. Por este motivo, Constância mandou que erguessem sobre o túmulo de Santa Inês uma Basílica, onde seus restos mortais foram colocados em uma urna de prata.

Santa Inês, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

 

Vieram para detê-lo… (Mc 3,20-21)

 

Dois versículos do Evangelho são suficientes para evidenciar as barreiras experimentadas por Jesus Cristo em seu ministério. Que ele fosse perseguido pelos saduceus, é natural: eles detinham o poder religioso e lucravam com isso; Jesus dá de graça a cura e o perdão. Que Jesus fosse contestado pelos fariseus, entende-se: eles pregavam a Lei na pedra fria; Jesus apontava para a misericórdia.

 

Desta vez, porém, os inimigos são “de dentro”: “Até o amigo em quem eu confiava, também aquele que comia do meu pão, levanta contra mim seu calcanhar”. (Sl 41[40],10.) São os familiares de Jesus que o procuram “para detê-lo”, pois um carpinteiro que se faz profeta e médico só pode ter enlouquecido…

 

Curar é sinal de loucura? Falar do amor do Pai é coisa de demente? Preferir os marginais é sintoma de desequilíbrio mental? Foi exatamente isto o que eles pensaram… Ainda hoje, parece loucura apostar na esperança. Optar por uma vida simples. Acreditar no amor e na fidelidade. Loucuras… para o mundo pagão.

 

Entre outras loucuras modernas, destaca-se a misericórdia. É neste momento que apontam o “bandido morto” como o “bandido bom”. É neste Séc. XXI que reclamam a pena de morte para justiçar o criminoso. É em nossos dias que os pobres são expulsos de seu lar quando não podem pagar as prestações da casa própria.

 

Eis as palavras do Papa Francisco em sua Carta “Misericordia et Misera”:

 

“Querer estar perto de Cristo exige fazer-se próximo dos irmãos, porque nada é mais agradável ao Pai do que um sinal concreto de misericórdia. Por sua própria natureza, a misericórdia torna-se visível e palpável numa ação concreta e dinâmica. Uma vez que se experimentou a misericórdia em toda a sua verdade, nunca mais se volta atrás: cresce continuamente e transforma a vida. É, na verdade, uma nova criação que faz um coração novo, capaz de amar plenamente, e purifica os olhos para reconhecerem as necessidades mais ocultas. […]”

 

“A misericórdia renova e redime, porque é o encontro de dois corações: o de Deus que vem ao encontro do coração do homem. Este inflama-se e o primeiro cura-o: o coração de pedra fica transformado em coração de carne (cf. Ez 36, 26), capaz de amar, não obstante o seu pecado. Nisto se nota que somos verdadeiramente uma ‘nova criação’ (Gl 6,15): sou amado, logo existo; estou perdoado, por conseguinte renasço para uma vida nova; fui ‘misericordiado’ e, consequentemente, feito instrumento da misericórdia.” (MeM, 16)

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.